Como a polícia descobriu paiol no Guarujá com armas e munições destinadas ao PCC

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A Polícia Civil localizou nesta terça-feira, 18, em uma casa do Guarujá, no litoral de São Paulo, um paiol com armas e munições de grosso calibre que seriam destinadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre as armas, foram apreendidos dois fuzis de calibres 7.62 e 5.56, considerados armamento de guerra. Um homem de 42 anos foi preso durante a operação.

O suspeito não teve a identidade divulgada, o que impossibilitou o contato com sua defesa.

O arsenal foi localizado em uma residência na Rua Alagoas, no bairro Vila Cunhambebe, no distrito Vicente de Carvalho. O local vinha sendo monitorado pelos agentes da Delegacia Central há cerca de 30 dias. Durante a vigilância, eles perceberam que um homem tinha acesso apenas à garagem da casa. Ao chegar no local portando uma sacola, o suspeito foi abordado.

Na revista ao local, os policiais encontraram os dois fuzis (calibres 7.62 e 5.56), duas pistolas Glock 9mm, 12 carregadores para fuzis, uma capa de colete balístico e 1.041 munições de diversos calibres, incluindo 7.62, 5.56, 223 e 9mm. Também foram localizadas maletas para acondicionamento de armas e um carregador tipo "caracol" com capacidade para 100 tiros - um arsenal capaz de abastecer ações violentas, segundo a polícia.

O suspeito disse à polícia que alugou a garagem para um desconhecido por R$ 2 mil mensais, mas não apresentou qualquer dado do suposto locatário. Ele foi autuado em flagrante por posse de arma de fogo de uso restrito, conforme o Estatuto do Desarmamento, e ficou preso. A polícia suspeita que as armas e munições seriam usadas em alguma ação criminosa violenta planejada pelo PCC na Baixada Santista. A origem das armas também é investigada.

Investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Baixada Santista apontam que o PCC mantém o domínio territorial na região por utilizar o porto de Santos para escoar cocaína para a Europa e África. Nos últimos anos, foi apurada a existência de células da facção carioca Comando Vermelho (CV) atuando na região, em parceria com facções menores.

Em junho deste ano, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) deflagrou a Operação Chan Hol para combater facções criminosas que disputam o controle de territórios na Baixada Santista. Os alvos na época, segundo o MP, eram integrantes de organizações que usavam armas de fogo e recorriam à violência para intimidar moradores e impor domínio em comunidades vulneráveis da região.

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A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

Mineiro de Juiz de Fora, Daltony era violonista, arranjador, redator e tradutor, além de compositor. Começou a sua carreira nos anos 1960, usando alguns codinomes como Daltõ e Dal-Tom.

Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

Foi da parceria com Vannucci que surgiu o especial Plunct Plact Zum, que teve a participação de nomes como Raul Seixas, Maria Bethânia, Eduardo Dusek e Zé Rodrix. Ele é compositor também da música Turma do Pererê, que se desdobrou no livro homônimo de Ziraldo.

Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.