Brasileiros 'invadem' perfil de premiê alemão após crítica a Belém: 'Obrigado por irem embora'

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Brasileiros invadiram o perfil do primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, no Instagram, após o chanceler criticar Belém durante um discurso no Congresso Alemão do Comércio no último dia 13. Após passagem pelo Pará para a COP30, Merz afirmou que sua comitiva ficou feliz por ter retornado à Alemanha. "Todos ficaram felizes por termos retornado à Alemanha daquele lugar que tínhamos acabado de visitar", disse Merz.

Os usuários brasileiros encheram as publicações do premiê de comentários em defesa do País. "E quando você menos esperar, vamos estar em qualquer post, aqui é Brasil, não volte nunca mais!", escreveu uma usuária.

"Obrigado por irem embora! Agradecemos a estadia curta, nunca mais voltem!", disse outro perfil. Alguns comentários foram feitos também em inglês e até mesmo em alemão.

Uma brasileira escreveu, em alemão, que as declarações do chanceler "dizem mais sobre sua visão limitada do que sobre o Brasil".

"Nosso país não precisa do reconhecimento de alguém que passa apenas alguns dias aqui e depois tira conclusões superficiais. O Brasil é um país de riqueza única, pessoas resilientes e a maior biodiversidade do mundo, exatamente o que o resto do mundo tenta proteger", disse.

As declarações apenas mostram "que lhes falta sensibilidade, respeito e compreensão pela importância da Amazônia e pelos esforços diários dos brasileiros para proteger um patrimônio que é importante para toda a humanidade", concluiu.

Até mesmo a cantora Teresa Cristina comentou a publicação do chanceler pedindo respeito ao Brasil.

Outros perfis se limitaram a usar imagens de ídolos brasileiros para marcar posição no perfil do chanceler. Uma publicação do alemão feita nesta terça-feira, 18, já soma 1,6 mil comentários em apenas quatro horas. Muitos deles são apenas imagens animadas de figuras como o jogador de futebol Ronaldo Fenômeno, o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, o mascote oficial da Seleção Brasileira de Futebol, apelidado de Canarinho 'Pistola', e até a cantora Gretchen.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou o comentário do primeiro-ministro nesta terça-feira. O petista afirmou que Merz "deveria ter ido em um boteco no Pará", dançado e provado a culinária local.

"O primeiro-ministro da Alemanha esses dias se queixou: 'Fui no Pará e voltei logo porque gosto mesmo é de Berlim'. Ele, na verdade, deveria ter ido em um boteco no Pará. Deveria ter dançado no Pará. Deveria ter provado a culinária do Pará. Ele ia perceber que Berlim não oferece a ele 10% da qualidade que oferece o Estado do Pará e a cidade de Belém. Eu falava toda hora: 'Come a maniçoba, pô'" disse.

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A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

Mineiro de Juiz de Fora, Daltony era violonista, arranjador, redator e tradutor, além de compositor. Começou a sua carreira nos anos 1960, usando alguns codinomes como Daltõ e Dal-Tom.

Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

Foi da parceria com Vannucci que surgiu o especial Plunct Plact Zum, que teve a participação de nomes como Raul Seixas, Maria Bethânia, Eduardo Dusek e Zé Rodrix. Ele é compositor também da música Turma do Pererê, que se desdobrou no livro homônimo de Ziraldo.

Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.