Cármen nega habeas a acusado de matar João Alberto em Carrefour de Porto Alegre

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou trâmite a habeas corpus de Giovane Gaspar da Silva, ex-PM temporário acusado pelo assassinato de João Alberto Silveira Freitas - homem negro de 40 anos que foi espancado em uma unidade do Carrefour na capital do Rio Grande do Sul. A ministra considerou que as instâncias anteriores não apreciaram o mérito de habeas corpus lá impetrados, o que afasta a atuação do STF no caso.

João Alberto morreu no dia 20 de novembro de 2020 em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. O caso gerou uma série de protestos contra o racismo pelo País. Quase um mês depois do episódio, o Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou Giovane Gaspar da Silva e outras cinco pessoas por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe qualificado por racismo, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Filmados agredindo João Alberto, Giovani Silva e o segurança Magno Braz Borges foram presos em flagrante horas após o episódio. No mesmo dia, a Justiça estadual do Rio Grande do Sul converteu a custódia em prisão preventiva. A defesa do ex-PM entrou com pedidos de habeas corpus no Tribunal de Justiça gaúcho (TJ-RS) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo que ambos foram rejeitados em decisões monocráticas.

Ao Supremo, a defesa de Giovane alegou que o decreto de prisão preventiva "carece de fundamentação válida" e que a custódia estaria "alicerçada na gravidade abstrata do crime". "A despeito de todo o clamor social e da pressão política exercida pela opinião pública, (…) a conduta do Paciente não pressupõe gravidade concreta, posto que os golpes desferidos pelo Paciente não adquirem um caráter vil e repugnante ao ponto de justificar a manutenção da prisão preventiva do Paciente (Giovane). Além do mais, como já referido anteriormente, a violência é intrínseca ao crime de homicídio, porém isso, de per si, não torna-o grave", registrou a defesa no HC.

Os advogados sustentaram ainda que o ex-PM é réu primário, tem "ótimos antecedentes" e que "não agiu motivado por racismo", pedindo a revogação da preventiva com substituição por medidas cautelares alternativas.

Ao rejeitar o pedido, a ministra Cármen Lúcia ponderou que a jurisprudência do STF não admite o trâmite de habeas corpus para exame, com supressão de instâncias, de fundamentos não apreciados pelos órgãos judiciários antecedentes. A ministra não viu comprovação de flagrante constrangimento, manifesta ilegalidade ou abuso de poder no decreto prisional.

"Sem conhecimento e julgamento das ações contra as quais se insurge o impetrante na presente ação, se teria, no caso, dupla supressão de instância, o que não é admitido no sistema jurídico brasileiro", concluiu a ministra.

Em outra categoria

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a cobrança de uma dívida de R$ 1,6 milhão atribuída à apresentadora Ana Hickmann em uma ação movida pelo Banco Sofisa. A decisão considera a possibilidade de sua assinatura ter sido falsificada em contratos firmados com a instituição.

O valor é referente a contratos em nome da empresa Hickmann Moda Fashion, um dos negócios que a apresentadora mantinha com o ex-marido, Alexandre Correa. Em 2023, o banco acionou judicialmente Ana, Alexandre e a empresa, solicitando inclusive a pré-penhora de bens dos três como forma de garantir o pagamento, caso eles não fossem localizados para responder à ação.

Ana afirma ter sido vítima de falsificação de assinaturas em contratos bancários e, em outras ocasiões, chegou a declarar que essas irregularidades teriam sido cometidas por Alexandre. Agora, a Justiça suspendeu a execução da dívida após acolher o argumento da defesa da apresentadora de que sua assinatura pode ter sido falsificada.

O Estadão teve acesso ao processo que corre na 8ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, onde a Justiça suspendeu a execução da dívida de R$ 1,6 milhão movida pelo Banco Sofisa. Em nota, a defesa de Ana Hickmann afirmou que a decisão foi tomada "diante dos indícios de falsificação das assinaturas presentes no contrato". A equipe jurídica acrescentou ainda que outras ações - movidas por Safra, Valecred e Banco do Brasil - também estão suspensas pelas mesmas razões.

Segundo a nota, "perícias grafotécnicas judiciais já comprovaram que assinaturas atribuídas a Ana Hickmann em contratos com o Banco do Brasil e Itaú são falsas. Além disso, o Bradesco decidiu não seguir com uma cobrança contra a apresentadora após reconhecer a falsidade da assinatura".

O Estadão também entrou em contato com a equipe de Alexandre Correa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações de todas as partes envolvidas.

A polícia de Hamburgo abriu uma investigação para apurar a morte da escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, encontrada sem vida em sua casa flutuante no rio Elba.

Conhecida por seus romances que alcançaram o topo das listas de mais vendidos na Alemanha, Fröhlich apresentava sinais de violência. As informações são do jornal britânico The Guardian.

De acordo com a polícia, o corpo da autora foi descoberto na manhã de terça-feira passada, dia 22, pelo filho da vítima, a bordo da casa flutuante onde ela morava, na região de Holzhafen, em Moorfleet, no leste de Hamburgo. A suspeita é de que a morte tenha ocorrido entre a meia-noite e as 5h30.

"Familiares encontraram a mulher de 58 anos sem sinais vitais e acionaram o Corpo de Bombeiros, que apenas pôde confirmar o óbito", disse um porta-voz da polícia local à imprensa alemã.

Após a perícia no local, investigadores apontaram que Fröhlich morreu em decorrência de um ato violento. Fontes policiais ouvidas pela emissora NDR indicam que ela foi baleada. Mergulhadores foram acionados para fazer buscas no rio Elba, diante da possibilidade de que a arma tenha sido lançada na água.

A polícia pede a colaboração de testemunhas que tenham visto movimentações suspeitas nas imediações da embarcação. Os investigadores também apuram se o autor do crime era alguém próximo à vítima. Até o momento, não há informações oficiais sobre suspeitos.

A Rede Globo completou 60 anos com uma festa nesta segunda-feira, 28, que contou com atrações musicais como Ivete Sangalo, Lauana Prado, Roberto Carlos, além de Fábio Porchat, Tatá Werneck, Lilia Cabral e Susana Vieira, entre outros personagens marcantes da emissora.

Roberto Carlos iniciou as apresentações musicais da noite, logo após a abertura de William Bonner e Renata Vasconcellos. A dupla de jornalistas também curtiu um momento descontraído no programa especial.

Roberto cantou Emoções e Amigo e também falou sobre os 50 anos em que esteve diante das câmeras na emissora: "A Globo está festejando 60 anos e eu estou na Globo há 50."

Chacrinha foi um dos homenageados da noite, com imagens projetadas no cenário. Nas apresentações das atrações, destaque para Marcos Mion e Luciano Huck, que integram programas aos finais de semana na Globo.

Entretanto, o momento mais comentado da noite foi a reunião de vilãs clássicas das telenovelas, como Nazaré Tedesco e Carminha, vividas por Renata Sorrah e Adriana Esteves.

Glória Pires, Flávia Alessandra, Susana Vieira, Lilia Cabral, Leticia Colin e outras atrizes também compareceram ao evento com suas respectivas personagens. Em seguida, a atração musical foi Ivete Sangalo.

Fábio Porchat e Tatá Werneck também estiveram nas apresentações: ambos realizaram um quadro de humor, que abriu espaço para o show de Xuxa.

Quadros marcantes da emissora também foram relembrados, como o Zorra Total, além das aberturas de alguns de seus programas jornalísticos e o famoso som do "plantão" da Globo.

Camila Pitanga, Cláudia Raia, Lauana Prado, Simone Mendes prestigiaram a atração.

Por fim, o programa encerrou com a música Um Novo Tempo, cantada anualmente pelos artistas que compõem a equipe da emissora.