Roberto Carlos: 'Eu defendo a vacina e tudo o que alguém diz em nome da ciência'

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Roberto Carlos, em um raro momento de sua carreira, resolveu falar. Com cerca de 70 perguntas enviadas por jornalistas do Brasil e do mundo, o cantor, que chega aos 80 anos na próxima segunda-feira, respondeu na tarde desta terça-feira, 13, a algumas delas. Sua agenda para 2022, se tudo correr bem com o ciclo da vacinação, é extensa e inclui uma turnê pelo México, o projeto do cruzeiro Emoções em Alto Mar, um show em sua terra natal Cachoeiro de Itapemirim e, em seguida, uma turnê pelos Estados Unidos.

Sobre a condição de ainda ser considerado "um rei" na música popular brasileira, apesar de todas as críticas negativas dispensadas a ele sobretudo nos anos 80, diz: "Encaro como uma grande demonstração de carinho que recebo das pessoas que me chamam assim e que agradeço muito, muito." A respeito das críticas negativas, responde assim: "Se eu tivesse 17, 18 anos, estaria fazendo o mesmo tipo de música que faço hoje. Esse cara sou eu e Sereia são exemplos disso."

Vai mais a fundo e diz que não faria nada de diferente do que fez desde o início da vida artística e que a pandemia o fez sentir falta como nunca antes da energia de seu público em sua atribulada agenda de shows: "Sinto muita falta, sim. Sinto falta de tudo isso, do palco, das luzes, e principalmente da plateia, estar de frente ao público em contato direto com as pessoas, dos sorrisos, dos olhares e desse carinho e desse amor que eu recebo nesse momento que eu estou no palco. Sinto falta sim, mas isso vai passar e daqui a pouco a gente está de volta."

Roberto fala mais de seus dias em quarentena: "Eu defendo, de verdade, a ciência. A ciência é que realmente pode orientar o povo, o que deve ser feito em relação a vacina, a importância da vacina. Defendo a vacina e tudo que alguém diz em nome da ciência. Me vacinei, estou mais tranquilo e agora estou para receber a segunda dose da vacina, mas estou mantendo os mesmos cuidados de sempre. E eu repito: a vacina é muito importante e todos devem se vacinar. VACINA SIM!!!", escreve ele, em letras maiúsculas. E fala com seus fãs em tom sério: "O que eu quero pedir é que levem a sério, que sigam rigorosamente as orientações das autoridades do setor de saúde. Usem máscaras, lavem as mãos, usem álcool em gel, mantenham o distanciamento social o máximo possível e tomem vacina. Isso com certeza vai ajudar muito a acabar com esse problema."

Seus 80 anos o trazem alguma limitação? Ele diz: "Eu sou aos 80 anos o mesmo de sempre e chegar aos 80 anos não me assusta porque isso vem acontecendo gradativamente. O importante é que eu me sinto bem e me sinto com menos idade do que a que tenho. Sou um cara com muitos sonhos aos 80 anos. O momento de aniversário é sempre um momento de muita reflexão, de se pensar muito na vida, no passado, no presente e no futuro.

Sobre seu Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), revelado nos anos 2000, ele diz que ainda não está curado: "Não, não estou curado totalmente do TOC. Na realidade do conjunto de coisas que tenho do TOC uma delas é a higienização, lavar as mãos, essa coisa toda e isso logicamente ficou mais rigoroso. Mas não estou curado do TOC totalmente não, ainda tem muita coisa, estou tentando, estou lutando." A respeito de novos projetos, ele comenta sobre o filme que será dirigido por Breno Silveira, mesmo diretor de Dois Filhos de Francisco, a partir de 2022: "Um filme sobre a minha vida dirigido por Breno Silveira começa a ser rodado no início de 2022 e contando tudo da minha vida, desde que nasci. Vamos contar tudo."

O velho amigo Erasmo Carlos também é lembrado por Roberto: "A minha amizade com Erasmo continua a mesma de sempre, Erasmo é meu grande irmão, meu parceiro em quase todas as canções que tenho feito até hoje, mas nós respeitamos muito as regras de distanciamento social. Vamos nos falar por telefone com o abraço de sempre e quando tudo isso passar a gente vai comemorar com um outro grande abraço."

Roberto diz que está compondo novas canções e que é fã do BBB. "Sou fã, assisto todos os dias, me divirto muito." Ele conta que vai comemorar o aniversário na próxima segunda "sem aglomerações" e que, entre suas maiores satisfações de hoje, estão "a saúde, o amor, a felicidade e as bênçãos do nosso Deus de bondade. Amém." O amor de sua vida, conta, ainda é Maria Rita, mulher que perdeu a luta para o câncer.

Adianta também de um dueto que gravou com a cantora Liah Soares para a próxima novela das 21h da TV Globo, Um Lugar ao Sol, e se despede com uma mensagem aos fãs: "Agradeço de coração esse presente maravilhoso que é esse carinho e esse amor que tenho recebido de todos sempre. Amo vocês. Abraços e beijo a todos. Muito obrigado por tudo e que Deus abençoe a todos"

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Vale Tudo estreia nesta segunda-feira, 31. O remake traz diversos personagens já conhecidos do público, em versões adaptadas com algumas diferenças. Confira abaixo quem é quem e os principais nomes do elenco da novela.

Entre os protagonistas estão Raquel (Taís Araújo) e Maria de Fátima (Bella Campos). Mãe e filha, vivem em Foz do Iguaçu. Interessada em ascender socialmente e encantada por César (Cauã Reymond), ela vai ao Rio de Janeiro após pegar a maior parte da herança deixada pelo avô, Salvador (Antonio Pitanga).

Sua mãe, então, vai atrás da filha e se muda para a capital fluminense, em Vila Isabel, onde encontrará personagens diversos, como Poliana (Matheus Nachtergaele) e Aldeíde (Karine Teles). Ela também se apaixonará por Ivan (Renato Góes), funcionário que aceita um cargo baixo cargo na empresa TCA, mas almeja voos maiores.

Também vivem na região Consuelo (Belize Pombal), Jarbas (Leandro Firmino), André (Breno Ferreira), Jessica Marques (Daniela), Lucimar (Ingrid Gaigher), Vasco (Thiago Martins), Jorginho (Rafael Fuchs) e Gilda (Letícia Vieira).

Os Roitman e TCA

O núcleo da família Roitman envolve os donos da empresa TCA, sendo focados principalmente na figura de Odete (Débora Bloch), que vive fora do Brasil e acaba tendo que retornar ao País que detesta em determinado momento da trama. Marco Aurélio (Alexandre Nero), ex-marido de Heleninha (Paolla Oliveira), é quem comanda as coisas na empresa, tendo Freitas (Luis Lobianco) como braço direito.

Marco e Helena, que tem problemas com o alcoolismo, são pais do jovem Tiago. Ainda há espaço no núcleo para Afonso (Humberto Carrão), outro filho de Odete Roitman, e Celina (Malu Galli), a quem a matriarca tem confiança, e o mordomo Eugênio (Luis Salém).

Agência Tomorrow

Ainda há destaque para a Agência Tomorrow - na versão original de Vale Tudo, uma revista de moda - que gerencia conteúdos de influenciadores. Lá trabalham Renato (João Vicente), Solange (Alice Wegmann), Sardinha (Lucas Leto), Marieta (Cacá Ottoni) e Suzana (Bruna Aiiso).

Personagens e atores do elenco de 'Vale Tudo'

- Raquel (Taís Araújo)

- Maria de Fátima (Bella Campos)

- Ivan (Renato Góes)

- Afonso Roitman (Humberto Carrão)

- Odete Roitman (Débora Bloch)

- Helena Roitman (Paolla Oliveira)

- Tiago Roitman (Pedro Waddington)

- Marco Aurélio Roitman (Alexandre Nero)

- Freitas (Luis Lobianco)

- Carlos (Felipe Ricca)

- Cecília (Maeve Jinkings)

- Aldeíde (Karine Teles)

- Poliana (Matheus Nachtergaele)

- Celina (Malu Galli)

- César (Cauã Reymond)

- Consuelo (Belize Pombal)

- Daniela (Jessica Marques)

- Mordomo Eugênio (Luis Salém)

- Eunice (Edvana Carvalho)

- Fernanda (Ramille)

- Flávia (Ywyzar Guajajara)

- Gilda (Letícia Vieira)

- Jarbas (Leandro Firmino)

- Jorginho (Rafael Fuchs)

- Laís (Lorena Lima)

- Leila (Carolina Dieckmann)

- Luciano (Licínio Januário)

- Lucimar (Ingrid Gaigher)

- Marieta (Cacá Ottoni)

- Renato (João Vicente de Castro)

- Rubinho (Julio Andrade)

- Sardinha (Lucas Leto)

- Olavo (Ricardo Teodoro)

- Solange (Alice Wegmann)

- Vasco (Thiago Martins)

- Suzana (Bruna Aiiso)

- André (Breno Ferreira)

- Bartolomeu (Luis Melo)

- Bruno Meireles (Miguel Moro)

Preta Gil participou do Domingão Com Huck deste domingo, 30. Ela cantou duas músicas, Brasil (tema da novela Vale Tudo) e Sinais de Fogo. A artista também falou sobre seu estado de saúde - ela passa por tratamentos após diagnóstico de um câncer no intestino em 2023.

A cantora foi elogiada por Luciano Huck: "Você está dando uma lição de vida para muita gente que está enfrentando o câncer. Você virou farolete, luz, de que dá para enfrentar com um sorriso, força, mesmo quando tudo parece estar muito escuro. Vou falar um palavrão. Você é f***, Preta. Que bom que está aqui."

Preta Gil fez um discurso emocionado: "Obrigada. Só gratidão de poder estar passando pelo que estou passando, que não é fácil, com apoio da minha família, dos amigos, dos médicos, podendo me tratar com dignidade."

"Agora entro numa fase difícil, complicada. Porque aqui no Brasil a gente já fez tudo que podia. Agora as minhas chances de cura estão fora do Brasil, é para lá que eu vou para voltar para cá curada e poder voltar a fazer o que amo, voltar a cantar, vir aqui, ser jurada, brincar com minha neta, meus sobrinhos, ver o meu filho."

"Tenho muita coisa a fazer aqui, nessa vida. Então me recuso a aceitar que se findou para mim agora. Acho que ainda tenho uma caminhada. Fé, ciência e amor. Acreditar nas novas oportunidades que tem fora do Brasil. Se tenho esse privilégio, e sei que sou uma mulher privilegiada e tenho essa condição, eu vou, porque tenho muito amor à vida, a isso aqui. Sei que temos que aprender a lidar com a finitude", concluiu Preta Gil.

O Lollapalooza Brasil já não é mais o mesmo. Se antes um público alternativo desembolsava uma boa grana para assistir às maiores bandas indie dos anos 2010, agora o festival se tornou mais mainstream com os principais nomes do pop.

Mas, neste domingo, 30, a banda Foster The People levou o Lollapalooza "raiz" ao Palco Budweiser, o principal do festival, ao se apresentar pela quinta vez no Brasil. O grupo é um dos principais nomes da leva indie de 15 anos atrás e tocou no palco antes de Justin Timberlake.

Estava claro que era Timberlake a quem o público esperava. Em grande parte do show, os presentes assistiam à apresentação da banda norte-americana de braços cruzados, tiravam fotos ou aproveitavam para descansar depois de um dia intenso.

O Foster The People resolveu fazer o "arroz com feijão". Recentemente, o grupo lançou o álbum Paradise State of Mind com o mesmo estilo contagiante e as letras sombrias de Mark Foster. Mesmo com apenas Mark sobrando da formação original, a banda optou por concentrar boa parte do setlist em seu primeiro disco de estúdio, Torches.

Mas nem a nostalgia foi suficiente para puxar a plateia. Até pérolas como Sit Next To Me fizeram o público permanecer indiferente.

Mark até tentou arriscar frases em português - com direito a "obrigado" e "cantem comigo". Foi apenas com a controversa Pumped Up Kicks, que já fez a banda até cogitar a deixar de tocá-la nos shows pela letra que descreve um ataque em uma escola, que a plateia se juntou e elevou os celulares para filmar cada segundo.

Com o show, a banda mostrou que ainda é interessante: abusou de intervalos instrumentais e de efeitos de voz. Tocou também a ótima Lost In Space, do novo álbum.

Ficou claro, porém, que o público do festival não é mais o mesmo da última década. "Oito anos é muito tempo", disse Mark pouco antes do fim do show sobre o tempo em que a banda demorou para voltar ao País. Ele está certo.