Filme adota o ponto de vista de uma vítima de Alzheimer

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Anthony (Anthony Hopkins) tem 81 anos e parece um velhinho teimoso. Hostiliza as cuidadoras de idosos providenciadas por sua filha, Anne (Olivia Colman), e parece às vezes francamente desagradável. O problema mais urgente é que Anne decidiu se mudar para Paris em companhia do marido e, por isso, não pode mais se ocupar do seu velho pai.

A história, baseada numa peça teatral e dirigida por Florian Zeller, poderia ser mais um desses filmes sobre o envelhecimento, em que as pessoas idosas, vítimas de Alzheimer ou demência senil, já não podem cuidar de si mesmas. O que acarreta todo um drama familiar como sabe quem já passou por isso. Talvez o mais pungente - e duro - dessa série seja Amor, do alemão Michael Haneke.

Porém, sem deixar de lado essa questão fundamental nos dias de hoje, Meu Pai toma um caminho diferente - o longa está disponível para compra nas plataformas digitais, Now, Itunes (Apple TV) e Google Play. Surpreendente, e bastante perturbador. Ao adotar o ponto de vista de Anthony, envereda por um universo que poderíamos chamar, sem exagero, de "kafkiano". Ou seja, aquele mundo que, tido como normal e estável, de repente deixa de responder às nossas expectativas e se instala no domínio do absurdo.

Por exemplo, assistimos a um diálogo muito razoável entre filha e pai sobre como ele irá se virar no grande apartamento que habita sozinho depois da morte da mulher. Parece apenas uma conversa entre a filha amorosa e um pai renitente, que garante não precisar da ajuda de ninguém e deseja apenas ficar sozinho e ouvir suas óperas favoritas no fone de ouvido.

Mas, de repente, o chão parece faltar. Um homem que, para Anthony é desconhecido, lhe diz ser o verdadeiro dono do apartamento. Seria o marido de Anne e Anthony estaria apenas morando com eles de favor. E, para ser franco, atrapalhando mortalmente a vida do casal. A ponto de o suposto genro lhe perguntar, de maneira brutal, quando deixaria de perturbar a filha e a ele. Não é a única e nem a maior das brutalidades que serão praticadas contra o idoso. Mas serão mesmo? Ou tudo se passa apenas em sua cabeça, em sua fantasia? Não sabemos, e essa ignorância estimulante nos prende à história.

Da origem teatral, Meu Pai guarda a opção pelos cenários fechados e pela locação única. Tudo - ou quase - se passa no interior do apartamento. Mas, claro, trata-se de um espaço único, não realista, mas transfigurado pela percepção do personagem, que nunca sabemos se é acurada, distorcida ou simplesmente delirante. Pode ser que Anthony perceba perfeitamente que estão tentando lhe armar alguma arapuca. Ou pode ser apenas o sentimento paranoico de que os outros lhe querem fazer mal quando desejam apenas o seu bem. Talvez esteja ficando louco, como ele mesmo teme. Como será?

Essa situação mínima só pode ser conduzida por grandes intérpretes. Meu Pai tem Hopkins em estado de graça. Apenas com um olhar perdido podemos sentir toda a sua perturbação. E seu incômodo será também nosso, nesse milagre de transferência de sentimentos que é próprio da arte, mas exclusiva dos grandes intérpretes. Olivia também parece perfeita, embora o filme seja todo de Hopkins.

Produção de qualidade, sólida mas nada acadêmica, Meu Pai concorre ao Oscar em seis categorias: ator com Anthony Hopkins, melhor filme, atriz coadjuvante com Olivia Colman, montagem, design de produção e roteiro adaptado. Seria um grande prêmio para Hopkins, embora Chadwick Boseman continue favorito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Globo anunciou que, em 2026, haverá mais uma edição do Big Brother Brasil. O apresentador Tadeu Schmidt falou, no programa da última quinta-feira, 17, que as inscrições para participar já estão abertas.

Para tentar uma chance de entrar na casa, é preciso acessar este link. Segundo instruções da produção, ao entrar no link de inscrição, primeiro, é preciso selecionar a região onde mora ou nasceu.

Depois, é preciso responder um questionário. A produção ainda recomenda caprichar nas fotos e nos vídeos. As vagas são limitadas e se esgotam rapidamente.

Na noite de quinta-feira, 17, Diego Hypólito foi eliminado com 59,77% dos votos. Ele disputava a permanência na casa com Vitória e Renata. A temporada de 2025 do BBB tem data marcada para acabar no dia 22 de abril.

A icônica Odete Roitman está prestes a fazer sua aguardada estreia no remake de Vale Tudo. A personagem, agora vivida por Debora Bloch, entra na trama no capítulo previsto para ir ao ar em 26 de abril. Dona da companhia aérea TCA, Odete promete movimentar o núcleo empresarial da novela das 21h.

Enquanto Maria de Fátima (Bella Campos) tenta aplicar um golpe em Afonso Roitman (Humberto Carrão), a chegada da executiva pode virar o jogo. Com sua postura implacável e calculista, a personagem retorna ao Brasil com intenções que devem impactar diretamente o futuro dos Roitman.

De acordo com informações divulgadas pelo site gshow, a entrada de Odete coincide com uma nova crise envolvendo Marco Aurélio (Marcos Caruso), que deve sofrer um grande prejuízo financeiro nos próximos capítulos. A trama da TCA e os conflitos internos da família devem ganhar ainda mais destaque.

Além disso, o remake assinado por Manuela Dias deve trazer outras reviravoltas nos próximos dias - incluindo a morte de um personagem querido pelo público, Rubinho (Júlio Andrade).

Diego Hypolito, 16º eliminado do BBB 25 com 59,77% dos votos, participou do café da manhã com Ana Maria Braga no Mais Você e foi direto ao ponto ao falar sobre as relações que pretende continuar fora do confinamento. Questionado sobre quem não gostaria de manter contato aqui fora, o ginasta não hesitou ao citar Maike.

"Maike. Ele duvidou de muitas coisas minhas, duvidou da minha ansiedade. Eu achava que era um cara extremamente bacana, mas, principalmente depois que eu vi alguns vídeos, depois que eu saí, eu vi que na realidade partia muito do meu lado, e não era uma coisa, algo mútuo (...). Eu respeito ele, eu vou torcer pelo sucesso dele, mas não é uma pessoa que eu desejo, hoje em dia, ter amizade", afirmou.

Na entrevista, Diego comentou que enfrenta crises de ansiedade há alguns anos e que realiza acompanhamento com uma terapeuta, incluindo sessões de "terapia do amor". Ele contou que, mesmo com esse preparo emocional, preferiu esconder essa fragilidade dentro da casa, pois temia ser julgado por isso, já que era visto pelo público como um campeão olímpico.

Apesar das dificuldades, ele avaliou que o BBB representou um recomeço pessoal. Disse que entrou no programa sem muita esperança e que a experiência lhe devolveu ânimo para seguir acreditando nos próprios sonhos, mesmo diante das incertezas da vida.

Durante a entrevista, ele também relembrou sua história no esporte, marcada por desafios e superações. "Foram períodos muito complicados (...). Nesses 12 anos, foram 11 cirurgias (...) parecia que era improvável que isso acontecesse. Só que eu nunca perdi o ânimo e eu nunca deixei de seguir os caminhos do que a minha mãe me ensinou."

Diego elogiou o desempenho de alguns colegas de confinamento e apontou Aline como a maior jogadora do BBB 25. "Aline protagonizou muitas coisas importantes. As pessoas que eu mais admiro são o Gui e a Vitória, mas gostei muito do jogo da Aline (...). Ela foi muito corajosa."

Sobre o momento mais marcante do programa, o atleta destacou o sentimento de superação. "Superar os meus medos foi muito inexplicável. Não imaginaria conseguir ficar 95 dias em uma casa, onde é um estúdio, com tudo fechado. Nossas fragilidades ficam muito difíceis."

Ele também fez questão de demonstrar gratidão pela experiência e pelo carinho do público. "Jamais imaginei, Ana, que esse baixinho aqui poderia durar tanto tempo, de verdade. Agora você vai durar até o meu café da manhã terminar junto com você, porque o café tá ótimo."