No centro da capital paulista, as marcas de um intelectual ímpar

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Em tempos em que muitos dos nomes mais influentes do País estavam no Rio, então capital federal, Luiz Gama entrou para a história do Brasil por uma trajetória majoritariamente vivida em São Paulo. Pouco daquela cidade ainda resta na paisagem urbana, mas alguns lugares paulistanos ainda guardam um pouco da memória do escritor.

Um desses lugares é o Largo de São Francisco. Negro, Gama não foi aceito como estudante formal da Faculdade de Direito, mas frequentou aulas como ouvinte e esteve presente em momentos marcantes. Desde 2017, dá nome a uma sala da instituição. Perto dali, na Rua São Bento, fundou, dirigiu e redigiu o semanário ilustrado O Polichinelo, em 1876, como destaca a pesquisadora Ligia Fonseca Ferreira. Era, contudo, na então Rua da Imperatriz, rebatizada de Rua 15 de Novembro depois da Proclamação da República, que ele mantinha um escritório.

Gama não vivia muito longe do hoje centro velho. Sua residência ficava na Rua do Brás, rebatizada décadas depois com o nome de outro abolicionista - a Avenida Rangel Pestana.

Após o histórico cortejo de sua morte, que movimentou algumas milhares de pessoas e fez o comércio fechar mais cedo, foi enterrado no Cemitério da Consolação. O túmulo segue preservado e se tornou um ponto simbólico em caminhadas realizadas pelo movimento negro para as décadas seguintes.

No mesmo ano, deu nome à Rua Luiz Gama (também grafada como Luís Gama), no Cambuci, que liga a Avenida do Estado e a Rua dos Lava-pés. Mais adiante, nos anos 1930, teve um monumento instalado no Largo do Arouche, também na região central. O busto continua até hoje no local.

Fora do centro, dois espaços ligados a Gama em São Paulo são as Bibliotecas Brasiliana Mindlin e o Instituto de Estudos Brasileiros, ambos na USP. Segundo a pesquisadora Ligia, são as únicas do País a ter exemplares da primeira edição de Primeiras Trovas Burlescas, único livro do autor, de 1859.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.