Apesar de melhora, Brasil é o país onde mais se morre pela covid no mundo em 2021

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Mesmo com o avanço da vacinação e queda de casos da covid-19 no último mês, o Brasil registra uma média de 72 vidas perdidas por hora ou um pouco mais de uma por minuto (1,2). É o maior patamar de mortes de todo o mundo, à frente de Estados Unidos e Índia, as outras duas nações com mais óbitos pelo coronavírus.

O levantamento é do demógrafo José Eustáquio, que já atuou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) por quase 20 anos. Agora, ele trabalha como pesquisador independente.

"A primeira vez que constatei essa média de uma morte por minuto no Brasil, fiquei escandalizado", diz Eustáquio. "Agora estamos com essa média para o ano inteiro; é impressionante." Para ele, mesmo com a melhora recente, a situação ainda exige cautela. "E parece que está tudo normal no Brasil, em termos de movimento, aglomeração, carros na rua, praias lotadas", continua.

Com a alta mortalidade que registrou entre abril e julho, o País acumulou nos primeiros 200 dias do ano 349 mil óbitos por covid-19. Foi seguido pela Índia, com 265 mil óbitos, e pelos EUA, com 261 mil. As médias da Índia são 0,92, e dos EUA, 0,91, conforme Eustáquio, que tratou pela primeira vez do assunto em artigo no site Colabora.

Na soma de 2020 e 2021, os Estados Unidos já têm 613 mil mortes, seguidos do Brasil (557 mil) e Índia (425 mil). Pelas contas de José Eustáquio, porém, no ritmo atual de aumento do número de óbitos, em no máximo dois meses o Brasil deve ultrapassar os EUA. "Em setembro ou outubro, infelizmente, teremos o maior número de mortes em toda a pandemia", concluiu.

Na Índia, país com cerca de 1,37 bilhão de habitantes onde uma segunda onda com a variante Delta fez explodir o total de mortes e sobrecarregou hospitais, especialistas apontam alta subnotificação. Estudo do Centro para o Desenvolvimento Global estima que o saldo de mortes no país asiático pode ser até dez vezes maior.

Já nos Estados Unidos, com população de 328,2 milhões de pessoas, o avanço da imunização desacelerou o aumento de vítimas. O desafio agora é ampliar a cobertura vacinal e convencer uma parcela resistente da população a receber as doses no país, que foi líder de vítimas na maior parte da crise sanitária global

Especialistas apontam que o número crítico no Brasil ocorreu por fatores como as dificuldades de isolamento social efetivo nas cidades, além da demora na aquisição e aplicação de vacinas. Nos dois casos, a atuação do governo Jair Bolsonaro é apontada como decisiva, uma vez que ele minimizou riscos da doença, desestimulou ações de quarentena e o atraso na compra dos imunizantes é alvo de CPI no Senado.

À medida em que avança a campanha de vacinação, por outro lado, as mortes por covid-19 vêm caindo no País. As médias diárias de óbitos das últimas semanas são as menores em quatro meses, e houve a desaceleração do número de novos casos da doença, segundo o especialista. A média de mortes ficou abaixo de mil no sábado, 31, pela primeira vez desde o fim de janeiro.

O porcentual de brasileiros completamente imunizados, com as duas doses das vacinas (ou dose única, quando for o caso), ainda não chega a 20%. Para Eustáquio, o otimismo excessivo pode ser prejudicial, num momento de disseminação da variante Delta, mais transmissível, e de redução das medidas de isolamento.

"As pessoas se comportam como se a pandemia estivesse acabando. O fato de 1.100 pessoas morrerem por dia é banalizado", constatou. "Acho que precisamos estar atentos à entrada da variante Delta, olhar para o que está acontecendo no resto do mundo. O número de casos está aumentando novamente em locais como os Estados Unidos e o México. Não quero ser pessimista, mas o Brasil vai registrar aumento também do jeito que as coisas estão indo. É questão de tempo."

De acordo com números do consórcio de veículos de imprensa, em julho (até o dia 27) o Brasil registrou 33.660 mortes por covid. O número representa uma queda muito expressiva (59%) em relação a abril, o pior da epidemia no País. No entanto, é superior aos registros de todos os meses de 2020.

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A atriz Millie Bobby Brown, de Stranger Things, visitou uma escola municipal de São Paulo na segunda-feira, 17, em uma ação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A artista foi até a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professora Olinda Menezes Serra Vidal, em Cidade Tiradentes, e se emocionou com a recepção dos alunos.

"Sou muito grata ao Unicef pela oportunidade de conhecer as adolescentes, assim como os professores. Fiquei especialmente emocionada por passar um tempo com várias adolescentes na escola, ouvindo e aprendendo sobre suas histórias e experiências pessoais", afirmou a atriz em comunicado divulgado pela instituição.

A atriz participou de uma roda de conversa com meninas de diferentes idades, onde elas conversaram sobre temas como igualdade de gênero e dignidade menstrual.

"Conversamos sobre a importância de nos apoiarmos mutuamente diante dos desafios, e quis que elas se sentissem fortalecidas para tomar decisões sobre seu futuro", afirmou Millie. "Elas são incrivelmente inspiradoras, e sei que continuarão sendo a mudança em suas comunidades."

A atriz também conheceu a Busca Ativa Escolar, projeto do Unicef que identifica e ajuda crianças e adolescentes que abandonaram os estudos a voltarem para a escola. Por fim, ela também fez uma aula de capoeira e ajudou a pintar um mural do colégio.

Millie Bobby Brown visitou o Brasil para divulgar o seu novo filme, The Electric State. O longa é a nova aposta da Netflix no gênero de ficção científica. Com Chris Pratt no elenco, a obra conta a história de uma realidade alternativa onde as máquinas dominaram o planeta Terra.

Leticia Sabatella retrucou o abrigo que doou seus cães sem consentimento por meio de uma amiga veterinária, em vídeo feito nas redes sociais nesta quinta-feira, 20. Ela pede para que os responsáveis "ouçam e admitam" que houve um equívoco na adoção dos animais sem o aval da atriz.

"Ela precisa ouvir e admitir que houve um erro, e que a gente precisa corrigir", diz a atriz, sobre a organizadora da feira responsável pela adoção.

A Cãorrijo, instituição que ajuda animais resgatados, explicou em vídeos feitos nos stories nessa quarta-feira, 19, que os animais alegadamente estariam sob os cuidados de casas de resgate desde 2022.

Uma das organizadoras também falou sobre os machucados de um dos animais que apresentou miíase em uma ferida profunda. A doença é causada por larvas de mosquito que parasitam o tecido vivo.

"Fui questionada sobre o cachorro não ter morado comigo [...] Quando esses cachorros moraram comigo, onde esses tutores estavam? Por que esses tutores não pagavam hospedagem?, disse a organizadora. Ela apresentou fotos que datam o recolhimento dos animais para a adoção.

Leticia, entretanto, rebateu que a veterinária responsável pelos pets os colocava em hospedagens (fora de seus cuidados) quando a atriz precisava ficar fora do sítio onde eles moravam, no Rio de Janeiro. Atualmente, ela se encontra em Curitiba, no Paraná, para cuidar da saúde da mãe, motivo pelo qual alegou não estar ciente de onde os animais estavam.

"O que eu sabia era que uma veterinária estava cuidando do meu cachorro [...] Ela colocou ele nessa hospedagem, que é um lugar onde as pessoas levam seus cães para ficar. Isso não significa abandono nem maus-tratos. Sim, em um sítio, um cachorro peludo, talvez o caseiro tenha falhado em observar isso, mas não foi uma vida de maus-tratos".

Ela completa: "Eu prefiro tratar essa história como um grande equívoco, mas tem uma hora que o equívoco tem que ser desfeito e a gente tem que admitir que: 'Opa, me enganei', 'agi por um impulso'".

Entenda o caso

Leticia Sabatella teve seus cães doados em uma feira de adoção no Rio de Janeiro, sem seu consentimento, enquanto estavam sob os cuidados de uma amiga, que é veterinária.

"Havia um marketing de adoção para eles, dizendo que cresceram e foram criados no abrigo. Tenho provas de que cresceram comigo", diz. Ela explica que os pets viviam em um sítio e que os machucados aconteciam por causa do local, já que estavam em contato com a natureza.

A veterinária e amiga que doou os animais realizou o serviço em troca de uma dívida pessoal que possuía com a atriz. "Eles ficaram sob uma guarda provisória com essa veterinária [...] Essa pessoa sempre conviveu com eles, sempre frequentou o sítio."

A icônica fachada do Brownstone no West Village, em Nova York, eternizada como a casa de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) em Sex and the City, continua atraindo fãs da série - mas a paciência dos moradores parece estar no limite.

Um vídeo que viralizou esta semana mostra um homem saindo da residência e pedindo que os turistas não fiquem aglomerados em frente à propriedade. Irritado, ele reforça: "Isso acontece o tempo todo. Não é a casa de Carrie, é minha".

O programa, que foi ao ar entre 1998 e 2004 e gerou dois filmes e o spin-off And Just Like That…, mantém o status de fenômeno global, atraindo turistas que disputam um espaço na escadaria para tirar fotos e gravar vídeos para redes sociais.

Os moradores já tentaram diversas medidas para conter o fluxo de visitantes, como instalar correntes na entrada e placas de "Proibido entrar". De acordo com o New York Post, em janeiro, o dono do imóvel chegou a solicitar à prefeitura autorização para colocar um portão de ferro e aço para restringir o acesso, alegando que sua casa havia se tornado um "destino turístico global" e que, em qualquer hora do dia ou da noite, havia grupos fazendo fotos, gravando vídeos e até tentando entrar no local.