'Nasci de novo', diz refém usado como escudo humano em Araçatuba (SP)

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Um dos reféns da quadrilha que atacou bancos e aterrorizou a cidade de Araçatuba (SP) na madrugada desta segunda-feira, 30, disse ter "nascido de novo" após escapar com vida do ataque. O homem foi uma das pessoas que foram obrigadas a se posicionar nos capôs e tetos dos veículos usados pelos criminosos - e que ficaram na linha de tiro em meio ao confronto.

Ao falar com a reportagem do Estadão, ele preferiu não ser identificado. O homem contou que seguia para a rodoviária da cidade quando foi parado pelos bandidos. "Mandaram eu sair do carro, arrancaram minha camisa, me puseram em cima do carro e mandaram eu segurar forte, pois, se eu caísse, me davam um tiro. Segurei o mais forte que pude e quase caí quando passaram com tudo em uma lombada."

Ele contou ainda que os bandidos atiraram contra os prédios e contra a polícia. "Fiquei no meio do tiroteio e uma bala me pegou de raspão." Após ser libertado, a vítima saiu correndo, depois foi a uma igreja rezar. "Nasci de novo", disse. Na ocorrência, três pessoas morreram e duas foram presas. Um dos moradores atingidos teve a perna amputada após ser atingido por um artefato explosivo.

Outro dos homens que foram obrigados pelos bandidos a ficar em cima de um veículo foi morto a tiros, segundo a família, que afirma ter identificado o parente pelas imagens. Ele recebeu, segundo os relatos, pelo menos dez disparos.

"Naquele momento, a ideia que me veio é de que não eu estava em Araçatuba, mas em Cabul sendo atacado pelos talebans", disse nesta segunda-feira, 30, o contador José Carlos Stuchi, morador do Jardim Planalto, a dois quilômetros do centro de Araçatuba. Stuchi abriu as redes sociais e soube que a cidade paulista, de 198.121 habitantes, estava refém de uma quadrilha armada com bombas, fuzis, metralhadoras e muita munição.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo em exercício, coronel Álvaro Batista Camilo, disse à Rádio Eldorado nesta terça-feira, 31, que é necessária mais integração entre a força de segurança estadual e os bancos federais para evitar ações criminosas.

O Estado não tinha conhecimento do elevado volume financeiro presente no local, segundo ele, dado que as informações sobre o local eram administradas pelas instituições financeiras em âmbito federal. "A informação estava reservada dentro do banco. Se soubéssemos que o risco era grande, poderíamos ter aumentado o efetivo na cidade. Poderia haver um contato maior", admitiu. Uma das agências invadidas funciona como uma tesouraria regional, por isso, guardava um montante expressivo de dinheiro. A Polícia Federal (PF) também vai investigar o caso.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.

A cantora Cristina Buarque morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. A informação foi divulgada por Zeca Ferreira, filho da artista, em uma publicação em sua página no Instagram.

Compositora e sambista, Cristina movimentava a Ilha de Paquetá, onde morava, com uma roda de samba. Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada. Nas redes sociais, seu filho prestou uma homenagem à mãe e comentou sobre sua personalidade "avessa aos holofotes".

"Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. 'Bom mesmo é o coro', ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto", escreveu Zeca, acrescentando que a mãe foi o "ser humano mais íntegro" que já conheceu.

Cristina também foi homenageada pela sobrinha Silvia Buarque. "Minha tia Christina, meu amor. Para sempre comigo", escreveu a atriz em suas redes. A artista deixa cinco filhos.

O bar Bip Bip, tradicional reduto do samba em Copacabana, fez uma publicação lamentando a morte da artista e destacando seu legado: "Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba."

Carreira

Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de "Quantas lágrimas", composição do sambista Manacéa.

Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), a cantora gravou 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente "Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia", de 2010. Além disso, a artista fez pelo menos 68 participações em discos.

Ao longo da carreira, Cristina foi respeitada não só por sua voz, mas também pela curadoria que fazia de sambas, valorizando artistas como Wilson Batista e Dona Ivone Lara. Portelense e conhecida por sua personalidade peculiar, a compositora recebeu o apelido de "chefia" nas rodas de samba cariocas.

Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.