Pfizer diz que vacina contra covid funciona em crianças de cinco a 11 anos

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Pfizer disse nesta segunda-feira, 20, que a sua vacina contra a covid-19 funciona para crianças de cinco a 11 anos. A farmacêutica afirmou que buscará em breve a autorização dos Estados Unidos para aplicar o imunizante nessa faixa etária - um passo fundamental para o início da vacinação de crianças.

A vacina fabricada pela Pfizer e seu parceiro alemão BioNTech já está disponível para qualquer pessoa com 12 anos ou mais em vários países, entre eles o Brasil. Mas com as crianças agora de volta à escola e a variante Delta extra-contagiosa causando um grande aumento nas infecções pediátricas, muitos pais estão aguardando ansiosamente para vacinar seus filhos mais novos.

Para crianças em idade escolar, a Pfizer testou uma dose muito mais baixa - um terço da quantidade que está em cada injeção dada agora. Mesmo assim, após a segunda dose, crianças de cinco a 11 anos desenvolveram níveis de anticorpos que combatem o coronavírus, disse o Dr. Bill Gruber, vice-presidente sênior da Pfizer, à Associated Press.

A dosagem para crianças também se mostrou segura, com efeitos colaterais temporários semelhantes ou mais leves que os experimentados pelos adolescentes, disse ele. "Acho que realmente acertamos no ponto ideal", disse Gruber, que também é pediatra.

Gruber disse que as empresas pretendem pedir autorização à FDA (órgão que regulamente o uso de medicamentos nos Estados Unidos) até o final do mês para uso emergencial nessa faixa etária. Em seguida, o pedido deve ser encaminhado a reguladores europeus e britânicos.

No início deste mês, o chefe da FDA, Dr. Peter Marks, disse à Associated Press que sua equipe avaliará os resultados do estudo assim que a Pfizer entregar os dados. Marks espera saber em questão de semanas se as injeções são seguras e eficazes o suficiente para as crianças.

Muitos países ocidentais até agora não vacinaram menores de 12 anos, aguardando evidências de qual é a dose certa e que funciona com segurança em crianças menores.

Mas Cuba começou na semana passada a imunizar crianças de dois anos com sua vacina Soberana 2 e os reguladores chineses liberaram duas de suas marcas até a idade de três anos.

Covid-19 em crianças

Embora as crianças corram menor risco de doença grave ou morte do que as pessoas mais velhas, mais de cinco milhões de crianças testaram positivo para a covid-19 nos EUA desde o início da pandemia e pelo menos 460 morreram, de acordo com a Academia de Pediatria Americana. Os casos em crianças aumentaram dramaticamente à medida que a variante Delta varreu o país.

"Sinto uma grande urgência" em disponibilizar a vacina a crianças com menos de 12 anos, disse Gruber. "Há uma demanda reprimida para que os pais possam ter seus filhos de volta a uma vida normal.''

Em Nova Jersey, Maya Huber, de 10 anos, perguntou por que ela não podia ser vacinada como seus pais e seus dois irmãos adolescentes fizeram. Sua mãe, Dra. Nisha Gandhi, médica intensivista do Hospital Englewood, inscreveu Maya no estudo da Pfizer na Rutgers University. Mas a família não diminuiu o uso de máscaras e outras precauções contra vírus até saber se Maya recebeu a vacina real ou um placebo.

Assim que ela souber que está protegida, o primeiro objetivo de Maya é fazer "uma grande festa do pijama com todos os meus amigos".

Maya disse que foi empolgante fazer parte do estudo, embora ela estivesse "super assustada" em levar uma injeção. Mas "depois de conseguir, pelo menos você se sente feliz por ter feito isso e aliviada por não ter doído", disse.

Estudo

A Pfizer disse que estudou a dose mais baixa em 2.268 alunos do jardim de infância e crianças em idade escolar. O FDA exigiu o que é chamado de estudo de "ponte" imune: evidências de que as crianças mais novas desenvolveram níveis de anticorpos já comprovados como protetores em adolescentes e adultos.

Isso é o que a Pfizer relatou na segunda-feira em um comunicado à imprensa, mas ainda não em uma publicação científica. O estudo está em andamento e não houve casos de covid-19 suficientes entre as crianças analisadas para comparar as taxas entre os vacinados e aqueles que receberam um placebo - algo que pode oferecer evidências adicionais.

O estudo não é grande o suficiente para detectar quaisquer efeitos colaterais extremamente raros, como a inflamação do coração que às vezes ocorre após a segunda dose, principalmente em homens jovens.

Marks, do FDA, disse que os estudos pediátricos devem ser grandes o suficiente para descartar qualquer risco maior para crianças pequenas.

Gruber, da Pfizer, disse que assim que a vacina for autorizada para crianças mais novas, elas serão cuidadosamente monitoradas para riscos raros, assim como qualquer outra pessoa.

Um segundo fabricante de vacinas dos EUA, Moderna, também está estudando suas vacinas em crianças em idade escolar. A Pfizer e a Moderna também estão estudando crianças ainda mais novas, de até 6 meses. Os resultados são esperados no final do ano.

Em outra categoria

Registros de ligações do celular de Betsy Arakawa, esposa do ator Gene Hackman, indicam que ela estava viva um dia depois da data estimada de sua morte. A informação foi confirmada na última segunda-feira à NBC News pelo gabinete do xerife de Santa Fé, Novo México.

O histórico de ligações encontrado pelas autoridades locais no aparelho telefônico da pianista aponta que ela tentou pedir ajuda antes de morrer. A mulher fez três ligações para uma clínica médica particular chamada Cloudberry Health na manhã do dia 12 de fevereiro. No mesmo dia, à tarde, a clínica retornou a ligação, mas Betsy não atendeu.

Questionada sobre a linha do tempo do caso, uma porta-voz do gabinete do xerife de Santa Fé, Denise Womack Avila, disse que as autoridades não haviam determinado o dia e a hora da morte de Betsy, mas reconheceu que a informação divulgada era a de que suas últimas atividades haviam sido no dia 11 de fevereiro.

Conforme a equipe médica, os registros do celular da mulher ainda não estavam nas mãos dos investigadores quando uma entrevista coletiva informou a causa das mortes de Betsy e Gene Hackman.

No último dia 7 de março, as autoridades revelaram que Betsy morreu pelos efeitos do hantavírus, que causa uma doença respiratória e está associado a fezes de roedores, aos 65 anos. Já Hackman teria morrido uma semana depois, vítima de doença cardíaca. A médica-legista-chefe Heather Jarrel informou que a doença de Alzheimer foi um fator contribuinte para a morte do ator.

As mortes de Hackman e Arakawa foram consideradas como sendo de causas naturais, mas a polícia de Santa Fé ainda não concluiu a investigação, com o objetivo de fazer uma linha do tempo com informações obtidas dos celulares coletados na casa. "O caso é considerado aberto até que tenhamos as informações necessárias para fechar a linha do tempo", disse uma porta-voz à Associated Press.

Uma homenagem de Rachel Zegler à atriz Adriana Caselotti, dubladora de Branca de Neve na animação original de 1937, gerou polêmicas no Instagram. A protagonista do live-action que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 20, foi criticada por referenciar o filme original, que já chamou de "datado" em uma ocasião anterior.

Na publicação, Rachel compartilhou uma foto sua caracterizada como a Branca de Neve em um estilo mais clássico, em que replica uma fotografia de Caselotti referenciando a animação. "Eu precisava prestar homenagem à Branca de Neve original, senhorita Adriana Caselotti, a quem devo tudo", escreveu na legenda.

Nos comentários, no entanto, muitos questionaram a ideia. "Você fala mal do filme e depois ele é sua inspiração", escreveu um. "É sério que você quer fazer homenagem agora, depois de todas as coisas ruins que você andou dizendo sobre o filme? Um pouco tarde para mim", criticou outro.

Mesmo assim, outros seguidores elogiaram a atriz e, sobretudo, o penteado usado para a foto, que se assemelha ao de Branca de Neve e os Sete Anões: "É esse o estilo de cabelo que você deveria ter usado no filme", opinou uma terceira pessoa. "Por que não fizeram o seu cabelo assim para o filme?", questionou outra.

Com Rachel Zegler e Gal Gadot, Branca de Neve vem envolto a polêmicas desde o anúncio da escalação das atrizes. Zegler, cuja família tem origem colombiana, foi alvo de comentários racistas nas redes sociais, e a onda de ódio aumentou quando ela apontou, em seu perfil no X, que o príncipe "literalmente persegue a princesa" na animação de 1937.

"Eu interpreto os sentimentos das pessoas como uma paixão pelo filme", declarou em entrevista à Vogue México, a respeito das críticas. "Que honra fazer parte de algo que desperta tanto a paixão nas pessoas. Nem sempre teremos os mesmos sentimentos que as outras pessoas ao nosso redor, tudo o que podemos fazer é dar o nosso melhor."

Dirigido por Marc Webb (O Espetacular Homem-Aranha, 500 Dias com Ela), o novo Branca de Neve sugere um novo olhar para a história da primeira princesa da Disney.

Confira o trailer

A atriz Fernanda Montenegro agradeceu nesta quarta, 19, ao público que foi assistir a Vitória nos cinemas. O longa, protagonizado por ela, estreou no topo das bilheterias na semana passada.

"A essa altura da minha vida, me coube fazer essa personagem. Eu estou muito agradecida ao acaso, ou a Deus, ou aos deuses", disse Fernanda em um vídeo publicado no Instagram.

Confira aqui

A trama do filme é baseada na história verídica de Joana da Paz, aposentada que desmascarou uma quadrilha de traficantes e policiais corruptos na Ladeira das Tabajaras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 2004.

Fernanda também celebrou o recente sucesso de produções brasileiras. "As plateias estão lotadas. É um momento especial para o cinema brasileiro, com tanto acerto, com tanta presença de público nos nossos cinemas, assistindo aos nossos filmes brasileiros", comentou.

"Por mais que eu fale, eu não dou conta da minha emoção", disse a atriz. "Muito obrigada pela presença da plateia que tem vindo ver Vitória. Uma história de coragem, de resistência."

O longa estreou na última quinta, 13. O roteiro é baseado no livro Dona Vitória da Paz, de Fábio Gusmão, jornalista que noticiou o caso.