Para perseguir a ex, ex-diretor da Polícia do DF usou até telefone de chefe de gabinete

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O ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, delegado Robson Cândido, usou o telefone de seu ex-chefe-de-gabinete - seu sucessor no comando da corporação -, José Werick de Carvalho, para perseguir a ex-namorada. Segundo denúncia do Ministério Público do DF, Cândido usou o terminal corporativo da Polícia Civil em nome de Werick para ligar e mandar mensagens à sua ex quando ela bloqueava as chamadas em meio a tentativas de rompimento do relacionamento.

Cândido foi preso preventivamente no dia 4 de novembro na Operação Vigia - Werick, então, o sucedeu. A ordem de prisão do delegado foi mantida no despacho judicial que o colocou no banco dos réus - na semana passada, o juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras, acolheu a denúncia formal da Promotoria e deu dez dias para a defesa se manifestar.

As ligações de Cândido, via telefone de Werick, novo diretor-geral da Polícia, foram realizadas entre 15 de abril de 2023 e 7 de agosto. Cândido não fez uso apenas do telefone de Carvalho para perseguir a ex, segundo o Ministério Público. Os ramais de outros três integrantes da Polícia Civil do DF também foram acionados pelo delegado acusado.

A Promotoria narra que o ex-chefe da corporação 'ultrapassava a barreira imposta' por Jéssica, no caso o bloqueio, 'perturbando sua tranquilidade e privacidade' usando as linhas corporativas da Polícia.

As informações constam da denúncia do Ministério Público que foi recebida pela Justiça do DF na sexta, 17.

Com a decisão, Cândido agora responde a ação penal sobre os crimes de stalking, violência psicológica e outros delitos relacionados ao uso indevido do cargo para conseguir informações sobre a ex - interceptação telemática sem autorização judicial e com objetivos não autorizados em lei, corrupção passiva privilegiada, peculato, e violação de sigilo funcional qualificado.

COM A PALAVRA, O DELEGADO ROBSON CÂNDIDO

A reportagem do Estadão buscou manifestação do ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF, delegado Robson Cândido, mas não houve resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto.

COM A PALAVRA, A POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informa que as recentes nomeações para cargos de gestão sinalizam o início de um novo período institucional.

A instituição também informa que participa das apurações, em colaboração com o Ministério Público, com autonomia e transparência para que os fatos seja completamente esclarecidos.

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Graciane Azevedo, dançarina que disputou o título de 'morena do Tchan' em 1997, morreu no último sábado, 19, aos 47 anos. A notícia foi confirmada pela família da bailarina nas redes sociais. Ela foi vítima de um enfarte.

"Com enorme pesar, informamos o falecimento de nossa querida Graciane Azevedo. Ela enfartou essa manhã e infelizmente não resistiu. Em breve, daremos mais informações sobre o sepultamento. Nesse momento de dor pedimos um pouco de paciência para que possamos resolver como daremos seguimento ao seu legado", diz a nota.

Manuel Azevedo, de 17 anos, filho de Graciane, também lamentou a morte da mãe. "Meu eterno amor, descansa em paz! Só tenho a te agradecer pela mãe perfeita que você foi para mim, só nós sabemos a magnitude do nosso amor; obrigado por todos os ensinamentos que você me deu e pelo homem que você fez eu me tornar. Só eu sei a dor que será não te ter mais e o quanto você vai fazer falta na minha vida."

Maurício Contrucci, pai de Manuel e marido da dançarina, morreu no mesmo dia. A causa da morte não foi revelada. No Instagram, Manuel também lamentou o ocorrido. "O que eu sinto agora é uma sensação que eu não desejaria nem ao meu pior inimigo, parece que foi arrancado um pedaço de mim [...] Eu nunca mais vou ser o mesmo Manuel", escreveu.

A bailarina ficou conhecida após disputar o concurso de morena do Tchan em 1997, ao lado de Viviane Araújo e Scheila Carvalho. Após não vencer, ela seguiu a carreira empresarial e abriu uma escola de dança em Campo Grande, no Rio de Janeiro.

Rosiane Pinheiro, que também esteve no concurso, lamentou a morte de Graciane. "Meu Deus! Que tristeza! Uma mulher guerreira, de fé e com muita alegria! Todo meu sentimento a família, que Deus conforte o coração de vocês."

Um vídeo de Zeca Camargo como DJ tomou conta da web nos últimos dias. Com bom humor, o jornalista foi visto comandando as pick-ups na Semana Criativa de Tiradentes, em Minas Gerais.

O evento ocorreu no sábado, 19, e Zeca viralizou, não apenas pelo carisma, mas também pela eclética setlist. Entre os hits que embalaram o público estavam o álbum Brat, de Charli XCX, Bole Rebole, da Banda Los Bregas, Conga, Conga, Conga, de Gretchen, e o clássico Hey Ya!, do Outkast.

Nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), o momento gerou grande repercussão: "Zeca Camargo simplesmente ligou o f... e está fazendo o que quer. Virou DJ e tá arrasando nas festas!", comentou um usuário. "Ícone, tá?" postou outro. "Acabei de ver o Zeca Camargo tocando Brat e me pergunto por que nunca chamamos ele para tocar nas festas da atlética", brincou mais um.

Novo capítulo profissional

Longe da TV, Zeca Camargo tem se dedicado à sua carreira como DJ, paralelamente aos preparativos para seu novo programa de viagens na CBNC Brasil, emissora que chega ao Brasil em novembro. O apresentador está afastado da televisão desde junho de 2024, após seu desligamento do Grupo Bandeirantes.

Na época, ele se despediu em um post no Instagram: "Acabo de saber que não sigo mais no programa. Quero agradecer à equipe incrível, à Bandeirantes, à Glenda [Kozlowski], que é uma parceira maravilhosa, e a você, que sempre me acompanhou. Agora é seguir novos caminhos. Muito obrigado, Band. Muito obrigado, Melhor da Noite. Muito obrigado, Glendinha".

Confira aqui

Alerta de gatilho: Este texto aborda temas sensíveis como abuso sexual e violência.

Anitta revelou que foi vítima de abuso sexual aos 14 anos de idade. A declaração foi feita durante a participação da cantora no documentário de J Balvin, A Great Day with J Balvin.

A brasileira revelou que foi abusada por uma pessoa que conhecia, o que fez com que ela se culpasse. "Para mim, foi uma mistura de sentimentos. Não sabia como reagir, não contei para a minha família, para ninguém... só vivi com aquilo por muitos anos", começou.

A cantora ainda disse que se sentia suja, miserável e culpada. Ela também refletiu sobre o pensamento de que as mulheres sentem que tudo é culpa delas. "Eu tinha em mente uma foto de um sonho sobre como eu queria que as coisas fossem."

Em 2020, Anitta lançou seu documentário, Anitta Made in Honório, no qual falou sobre o ocorrido pela primeira vez. Aos prantos, ela falou sobre o abuso. "Eu sempre me coloquei em umas relações meio abusivas e, quando eu tinha de 14 para 15 anos, eu conheci uma pessoa. Eu tinha medo dele. Ele era autoritário comigo, falava de forma autoritária. Eu não sei, eu era diferente quando eu era adolescente, eu não era do jeito que sou hoje em dia."