Diretora da faculdade de Medicina da USP compara greve estudantil ao Holocausto e se retrata

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A professora Eloisa Bonfá, diretora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), se retratou após comparar uma greve estudantil realizada pelos estudantes ao Holocausto. Em nota divulgada no site da Instituição, a diretora afirma reconhecer a necessidade de esclarecimentos.

"Quero enfatizar que, ao mencionar eventos históricos de grande dor e sofrimento, como o Holocausto, em comparação com as ações tomadas durante a greve estudantil, fiz uma escolha de palavras inadequada e retifico minhas palavras", diz.

Eloisa garantiu que não teve intenção de comparar diretamente os contextos mas refletir sobre a importância da memória e respeito no ambiente acadêmico, "enfatizando que comportamentos marcados por desrespeito e agressividade devem ficar registrados para que não mais se repitam".

A declaração que gerou o pedido de desculpas foi dada em uma reunião com os representantes da greve na última segunda-feira, 18. Os estudantes reivindicam, entre outros pontos, revisão de prova de residência, que sofreu reformulação e não conta mais com provas práticas, e manutenção do subsídio de alimentação. O encontro estava sendo gravado e transmitido; no recorte compartilhado entre os alunos, Eloisa liga a colagem de cartazes na greve à memória do holocausto.

"Isso aqui vai ficar para a história dessa faculdade, é igual ao Holocausto, tu não pode deixar isso nunca mais acontecer", disse a diretora na reunião.

Na ocasião, o Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, entidade dos estudantes da Faculdade de Medicina, emitiu nota exigindo um pronunciamento e pedido de desculpas público com relação à fala. "Além disso, é crucial que a instituição se comprometa a promover um diálogo construtivo e respeitoso com os estudantes, buscando soluções para as questões levantadas e evitando comparações insensíveis e ofensivas no futuro", diz a publicação.

A diretora finaliza a retratação alegando acreditar na capacidade de resolução de conflitos através de diálogos abertos, compreensão e respeito pelas diferentes perspectivas, se comprometendo a "promover esses valores e a trabalhar incansavelmente para que nosso ambiente acadêmico seja um espaço de crescimento, aprendizado e respeito mútuo".

Eloísa Bonfá é a primeira mulher a assumir a diretoria da Faculdade de Medicina da USP e está em exercício de 2022 a 2026.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.