Protestos contra projeto que muda regras do aborto são realizados em várias cidades do País

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Protestos contra o projeto de lei 1.904/24, que equipara o aborto ao homicídio, aumentando a pena, e proíbe sua realização em qualquer situação após 22 semanas de gestação, aconteceram na noite da quinta-feira, 13, em várias cidades do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis.

A maioria dos atos foi organizada pela Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. Na quarta-feira, 12, a Câmara dos Deputados, onde o projeto tramita, aprovou urgência para a votação dele - com essa medida, o texto pode ser votado diretamente no plenário, sem passar por discussão nas comissões. A aprovação de urgência foi anunciada 23 segundos após o início da votação.

Em São Paulo, os manifestantes se reuniram no vão livre do Masp, na avenida Paulista. "Estamos aqui contra o absurdo que foi feito pelo presidente [da Câmara dos Deputados] Arthur Lira, onde ele, em 23 segundos, conseguiu colocar em risco milhões de meninas e mulheres que são vítimas de violência sexual. Nossos direitos foram barganhados em 23 segundos ontem (quarta-feira) no Congresso Nacional", disse à Agência Brasil a advogada Rebeca Mendes, diretora-executiva do Projeto Vivas, entidade que auxilia mulheres que necessitam de acesso ao aborto legal.

"Esse projeto de lei é totalmente inconstitucional, uma vez que coloca em risco milhões de meninas que serão obrigadas a serem mães dos filhos de seus estupradores e mulheres que serão obrigadas a levar uma gestação sendo vítimas de violência sexual", completou Rebeca.

Se esse projeto de lei for aprovado, a pena para as mulheres vítimas de estupro poderá ser maior do que a dos estupradores, já que a punição para o crime de estupro é de 10 anos de prisão e as mulheres que abortarem, conforme o projeto, poderão ser condenadas a até 20 anos de prisão. "Esse PL protege o estuprador, não a vítima. E isso diz muito sobre a nossa sociedade", acrescentou a advogada.

Quem também participou do ato na Avenida Paulista foi Jennyffer Tupinambá, indígena do povo Tupinambá de Olivença e que sofreu violência sexual quando criança. "Estou muito emocionada. Fui vítima de violência sexual na primeira infância, entre os 3 e 11 anos, e poderia ter engravidado. Olho isso hoje sabendo que nossos representantes iriam me forçar a ter um filho de um estuprador. Esse é um trauma que até hoje, aos 40 anos, tento superar. E não há superação. Como é que uma vítima, que está totalmente abalada e traumatizada, poderia ser mãe?", questionou ela. "É inadmissível que o Brasil esteja aceitando isso e que deputados estejam direcionando o que o nosso povo deve fazer", ressaltou.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi realizada na Cinelândia, e em Brasília no Museu da República.

Atualmente, a legislação permite o aborto quando a gestação decorre de estupro, envolve risco de vida para a mãe e quando os bebês são anencefálicos. Não existe prazo máximo de gestação para que o aborto seja realizado.

Quando não ocorrem esses casos de aborto legal, ele é punido com penas que variam de um a três anos de prisão, quando provocado pela gestante; de um a quatro anos, quando médico ou outra pessoa provoque o aborto com consentimento da gestante; e de três a dez anos, para quem provocar o aborto sem o aval da mulher.

O projeto de lei estabelece que o aborto será proibido, em qualquer caso, a partir da 22ª semana de gestação. Também institui ao aborto a mesma pena do homicídio: seis a 20 anos para mulher que fizer o procedimento.

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A atriz Maria Gladys foi dada como desaparecida na quinta-feira, 10, após uma de suas filhas fazer uma publicação pedindo ajuda para encontrá-la, dizendo que a mãe não tinha dinheiro e estava 'confusa'.

Após Maria Thereza Mello Maron relatar o desaparecimento, Maria Gladys, de 85 anos, se pronunciou por meio de uma entrevista à rádio Tupi FM e afirmou que foi roubada por uma de suas filhas. "Tô maluca, não sei o que eu faço. Como eu vou dizer que não tenho dinheiro para pagar isso aqui? Como eu vou sair daqui? Não tenho dinheiro nem para pagar o táxi para ir embora. Onde eu vou ficar, na rua?", disse, aos prantos.

A atriz que fez parte de novelas como Vale Tudo explicou que viajou até Minas Gerais com o dinheiro de sua aposentadoria, mas alegou que uma de suas filhas, responsável por administrar sua conta, roubou todo dinheiro.

Gladys, que também é avó da atriz Mia Goth, explicou que saiu do Rio de Janeiro por conta dos altos gastos que tinha no local.

Também à rádio Tupi FM, outro filho da atriz, Glayson Gladis, afirmou que sua mãe não está bem de saúde. "Minha mãe não está bem da cabeça. Morou comigo por dez anos, depois voltou pro Rio para a casa da minha irmã, que hoje mora nos Estados Unidos. Desde então, está sem rumo", disse.

Ainda de acordo com Glayson, sua mãe gastou todo o dinheiro da herança e se recusou a morar no Retiro dos Artistas. "Ela quer voltar [para o Rio de Janeiro], mas não tem grana nem para passagem. E eu não vou ajudar", acrescentou.

Vinícius, que ganhou a última Prova do Anjo do BBB 25 na tarde desta sexta-feira, 11, escolheu imunizar Delma. Assim, a sogra de Guilherme se salvou da formação do Paredão.

"É a pessoa que está comigo desde o início. Quem sabe não chegamos juntos na final?", falou Vinícius ao justificar a escolha.

Renata já estava na berlinda. Ela foi a mais votada pela casa numa dinâmica envolvendo os participantes que foram pior na Prova do Líder, vencida por João Pedro nesta quinta, 10, logo após a após a eliminação de Maike.

O BBB 25 está previsto para terminar no dia 22. Neste domingo, 13, mais um participante vai deixar a casa.

O cantor e compositor Gilberto Gil traz para São Paulo Tempo Rei, sua turnê de despedida das grandes apresentações. O primeiro show ocorre nesta sexta-feira, 11, no Allianz Parque. Gil também se apresentará no sábado, 12, e nos dias 25 e 26 de abril. A previsão é que Gil leve 150 mil pessoas nos quatro dias de apresentações. Ainda há ingressos para alguns setores e camarotes (veja informações mais abaixo).

Nessa turnê, Gil se concentra em músicas que lançou entre os anos 1960 e 1980. A lista inclui seus grandes hits de carreira, como Palco, Tempo Rei, Vamos Fugir, Não Chores Mais e Andar Com Fé.

O cantor também abre espaço para músicas que há tempos estavam fora de suas apresentações, entre elas, Rock do Segurança, Se Eu Quiser Falar com Deus e A Gente Precisa Ver o Luar.

A surpresa fica por conta dos convidados especiais que Gil tem chamado a cada apresentação. Em Salvador, onde a tour estreou, o cantor recebeu Margareth Menezes e BaianaSystem. No Rio de Janeiro, os eleitos foram Caetano Veloso, Marisa Monte, Lulu Santos e Anitta. Em São Paulo, a expectativa é que a cantora Maria Rita apareça no palco para cantar com Gil.

Confira o setlist, com base nas apresentações em Salvador e Rio de Janeiro:

Palco

Banda Um

Tempo Rei

Eu só quero um xodó

Em vim da Bahia

Procissão

Domingo no parque

Cálice

Bate macumba

Back in Bahia

Refazenda

Refavela

Não chore mais

Extra

Vamos fugir

A novidade

Realce

A gente precisa ver o luar

Punk da periferia

Rock do segurança

Se eu quiser falar com Deus

Drão

Estrela

Esotérico

Expresso 2222

Andar com fé

Emoriô

Toda menina baiana

Bis

Esperando na janela

Aquele abraço

Gilberto Gil - Tempo Rei

11 e 12, 25 e 26/4, 20h

Onde: Allianz Parque. Av. Francisco Matarazzo, 1705, Água Branca.

Quanto: R$ 280/R$ 530 (baixa disponibilidade; camarotes oficiais vão de R$ 900 a R$ 2.200).