Como será o primeiro fim de semana de inverno em SP? Veja previsão e cuidados com baixa umidade

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O primeiro fim de semana do inverno será marcado por temperaturas elevadas para esta época do ano, assim como baixos índices de umidade no período da tarde na cidade de São Paulo, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

"A grande massa de ar seco que predomina sobre o interior do Brasil e impõe o bloqueio atmosférico continua mantendo o tempo estável e ensolarado, com temperaturas elevadas e baixos índices de umidade", afirma o órgão municipal. Nesta sexta-feira, 21, o dia segue com tempo seco e ensolarado. Não há expectativa de chuva na Grande São Paulo.

No sábado, 22, a expectativa é de mais um dia de sol e temperaturas em rápida elevação no decorrer do dia. "Atenção para os baixos índices de umidade, que devem atingir valores próximos aos 30% nas horas mais quentes", alerta o CGE. Para domingo, 23, a projeção é de um cenário semelhante.

Diariamente, o CGE observa os níveis de umidade relativa do ar na cidade. Desta forma, é importante ficar atento às medições e adotar medidas que possam ajudar a amenizar os impactos à saúde. Veja dicas abaixo.

A Meteoblue acrescenta que na segunda-feira, 24, as temperaturas devem se manter ainda elevadas, variando entre 16ºC e 29ºC. Para terça-feira, 25, há uma possibilidade de mudança na condição climática, ficando a máxima em torno dos 20ºC, com chance de garoa. Na quarta-feira, 26, no entanto, os termômetros voltam a subir, podendo chegar aos 26ºC.

Veja a previsão para os próximos dias:

Sábado: entre 11ºC e 25ºC;

Domingo: entre 13ºC e 26ºC;

Segunda-feira: entre 16ºC e 27ºC;

Terça-feira: entre 15ºC e 20ºC;

Quarta-feira: entre 16ºC e 26ºC.

O que esperar do inverno neste ano?

O inverno começou oficialmente na quinta-feira, 20, às 17h51 (horário de Brasília). Segundo a Climatempo, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer da estação neste ano.

Os primeiros efeitos serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa. O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do Brasil.

Confira algumas dicas para ajudar a amenizar os efeitos da baixa umidade:

Quando tomar banho, deixe a porta do banheiro aberta para o vapor se espalhar para os outros cômodos;

Realizar a limpeza do nariz com soro fisiológico também ajuda a retirar irritantes das narinas;

Colírio nos olhos ajuda na hidratação ocular;

Passe hidratante no corpo até três minutos após sair do chuveiro para reter a umidade adquirida durante o banho;

Deixe roupas secando na lavanderia com a porta aberta e janelas fechadas para umidificar outros cômodos;

Coloque toalhas umedecidas pela casa, assim como bacias com água;

Deixe plantas também nos ambientes da casa.

Em outra categoria

O cantor Ed Motta usou as redes sociais para expressar sua insatisfação com o que considera um tratamento desigual por parte da mídia e do público diante de reclamações feitas por artistas no palco. O desabafo veio após Marina Lima protestar contra o volume de sua guitarra durante sua apresentação no Lollapalooza 2025, no último sábado, 29.

No festival, Marina interrompeu a apresentação para pedir ajustes no som e reclamou: "Bando de homem lerdo, aumenta essa p... Isso aqui é um festival." A fala repercutiu amplamente, mas, segundo Ed Motta, a cantora recebeu apoio e elogios, enquanto ele já foi duramente criticado por atitudes semelhantes.

O cantor reforçou que a situação é normal, já que o artista fica responsável por receber as críticas positivas e negativas de uma apresentação, mas destacou que apenas ele é alvo quando passa por uma situação similar.

"Mais um capítulo das aventuras dois pesos, duas medidas. Mais uma cantora famosa, da música brasileira enguiçou no palco, fez um comentário agressivo. Isso é uma coisa que acontece, gente. Não que isso seja normal (....) É natural esse tipo de reação. O que não é natural e é desonesto num nível fora do comum, é mais uma vez o que eu passo quando acontece alguma coisa relativa ao meu nome com a imprensa brasileira", disse o cantor.

Em novembro de 2024, no festival Rock The Mountain, Motta repreendeu um técnico de som no palco por problemas técnicos. Na ocasião, ele afirmou que o profissional estava "fora" da equipe e, mais tarde, reconheceu ter agido de forma impulsiva, atribuindo o episódio a uma falta de "inteligência emocional".

Além de Marina Lima, Ed Motta mencionou também a reação do público ao caso de Maria Bethânia, que, durante um show na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, parou de cantar para reclamar do som e exigiu respeito da equipe técnica. A plateia aplaudiu a cantora.

Em seu desabafo, Ed Motta disse se sentir perseguido e injustiçado pela mídia brasileira. Ele afirmou que seu episódio no palco gerou críticas desproporcionais e que, enquanto artistas consagrados são exaltados por protestos semelhantes, ele continua sendo cobrado pelo erro. O cantor também mencionou sua frustração com o reconhecimento no Brasil, destacando que tem público internacional, mas deseja continuar vivendo no País.

Em fevereiro de 1976, o colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014) e o peruano Mario Vargas Llosa encontraram-se na estreia do filme Os Sobreviventes dos Andes, de René Cardona, no Palacio de Bellas Artes, na Cidade do México. Ao se aproximar para abraçar o então amigo, com um sorriso no rosto, Gabo foi surpreendido com um soco. O resultado foi um olho roxo e um acordo mútuo de silêncio - que até hoje atiça especulações no mundo literário.

A misteriosa desavença, que resultou em rompimento, foi recuperada na internet por uma usuária do X (antigo Twitter), deleitando os fãs da literatura latino-americana com a fofoca. Quase 50 anos se passaram sem que nenhum deles revelasse o motivo da briga. Gabo morreu em 2014, e Vargas Llosa, com 89 anos recém-completos, garantiu que vai levar para o túmulo. "É um pacto entre García Márquez e eu. Ele respeitou isso até a sua morte e vou fazer o mesmo", afirmou.

O que garantiram, nas raras ocasiões em que mencionaram algo sobre o imbróglio, é que o estranhamento se deu por razões pessoais, e não por divergências políticas, como muito já se especulou. García Márquez foi militante de esquerda até o fim de sua vida, enquanto Vargas Llosa abandonou as ideias socialistas em uma forte guinada à direita liberal, chegando a disputar a presidência do Peru como candidato da direita nos anos 1990.

Há também quem tenha cogitado questões de rivalidade profissional. Dois grandes nomes da literatura latino-americana, escreveram os romances mais importantes em língua espanhola e ambos receberam o Prêmio Nobel de Literatura: Gabo em 1982 e Vargas Llosa em 2010.

Qual o motivo da briga entre García Márquez e Vargas Llosa?

García Márquez e Vargas Llosa se conheceram em 1967 e acabaram se tornando amigos próximos. Apreciavam o trabalho um do outro e tinham experimentado uma trajetória de dificuldades antes de alcançar o sucesso. Era tanta a admiração do peruano que ele chegou a estudar a obra do amigo, obtendo um doutorado em Filosofia e Letras na Universidade Complutense de Madri com uma tese sobre a literatura de Gabo.

Apesar do juramento de levar a briga para o túmulo, a versão mais popular da história, corroborada por várias testemunhas, é a de que o soco foi uma reação do peruano a um conselho dado à sua então esposa, Patricia, por Gabo.

Vargas Llosa sempre teve fama de "mulherengo". Na época, era casado com Patricia quando conheceu uma sueca durante uma viagem e decidiu abandonar a esposa.

Patricia buscou acolhimento com o amigo do marido, Gabo, e a esposa dele, Mercedes, que aconselharam que ela pedisse o divórcio. No entanto, Vargas Llosa voltou para casa e reatou com a esposa, que teria atiçado o ciúme dando a entender que Gabo flertou com ela. Outras versões são mais maliciosas, embora tenham pouco respaldo, e apontam traição.

Ao ficar sabendo do tal conselho, Vargas Llosa esperou o reencontro para desferir o golpe no amigo. "Como você se atreve a me abraçar depois do que fez com Patricia em Barcelona?", teria questionado o peruano, enquanto o rosto do colombiano sangrava. Não há consenso entre as testemunhas: Mario justificou o soco dizendo que era pelo que Gabo havia dito para sua mulher? Ou pelo que havia feito à ela? Arranjaram um bife congelado na tentativa de evitar um hematoma no olho de Gabo.

No dia seguinte, o colombiano de olho roxo foi clicado pelo fotógrafo de confiança Rodrigo Moya, mas as imagens só foram publicadas em 2007, trinta anos depois da briga. Em 2021, Moya contou ao Estadão sobre o incidente. Naquela manhã, Gabo chegou ao estúdio acompanhado por Mercedes, pedindo para que ele tirasse algumas fotos. "Perguntei: 'O que aconteceu?'. Ele fez uma piada, como 'Eu estava lutando boxe e perdi'. Quem explicou foi Mercedes", que teria chamado Mario de "um idiota ciumento", relembrou Moya.

Foi ideia dela registrar que Gabo, apesar do olho roxo, estava bem. "Gabriel não gostava de ser fotografado e, naquele dia, estava também deprimido", diz Moya, que precisou de várias tentativas até conseguiu capturar um sorriso do colombiano.

Livros registram a briga entre os dois escritores

Diversos livros sobre a trajetória literária dos autores (exploradas com enfoque individual ou paralelamente) e a amizade deles já foram publicados. Ambos pertencentes à geração de escritores do chamado boom latino-americano na literatura. O incidente cabeludo acaba aparecendo na maioria dessas narrativas.

Dasso Saldivar, autor de uma biografia de Gabo intitulada Viagem à Semente (Editora Record), explorou o motivo em seu livro. Na obra De Gabo a Mario, os acadêmicos Ángel Esteban e Ana Gallego também versam sobre a briga ao se debruçarem sobre o boom e a grandeza dos dois autores.

Entre críticos literários, há quem aponte que o soco, inclusive, não só acabou com a amizade como também simbolizou o fim desse importante momento da literatura local.

Há ainda Duas Solidões: Um Diálogo Sobre o Romance na América Latina (Editora Record) e Las Cartas del Boom, que reproduz a correspondência entre Gabo, Vargas Llosa, Julio Cortázar e Carlos Fuentes - os principais romancistas desse movimento. Enquanto isso, Jaime Bayly ficcionalizou a amizade e o rompimento no romance Los Genios, sendo duramente criticado por Vargas Llosa.

Em 2021, outra biografia de Gabo - Solidão e Companhia (Editora Crítica), da colombiana Silvana Paternostro - dedicou um capítulo ao incidente, reunindo versões da história e novos detalhes.

Segundo contou Plinio Apuleyo Mendoza, romancista e diplomata colombiano, após a traição de Mario, Gabo e Mercedes fizeram companhia à Patricia. Quando ela precisou voltar a Santiago, Gabo a levou até o aeroporto, e, como estavam atrasados, o colombiano disse: "Se o avião decolar sem você, faremos uma festa". "Gabo é caribenho, e foi nesse espírito que ele disse isso, e ela entendeu mal", apontou Mendoza.

O fotógrafo colombiano Guillermo Angulo, amigo próximo de García Márquez, contou que Patricia teria dito a Mario algo como: 'Não pense que não sou atraente. Amigos seus como o Gabo estavam atrás de mim'." O resto é história.

García Márquez e Vargas Llosa se reconciliaram?

Não há registros de que os dois autores tenham feito as pazes. Consta que várias tentativas de reconciliação foram empreendidas por amigos em comum depois do episódio agressivo. Em 2007, quando o autor de Cem Anos de Solidão fez 80 anos, voltaram a bater nessa tecla, mas Mercedes, que sempre incentivou o rancor do marido, teria dito: "Vivemos tão felizes esses 30 anos que não os necessitamos [Mario e sua mulher] para nada".

García Márquez morreu em 2014. Na ocasião, o ex-amigo enviou condolências à família do colombiano em uma rápida entrevista televisiva. "Morreu um grande escritor, cujas obras deram ampla publicidade e prestígio à literatura de nossa língua", disse. Mercedes morreu em 2020. Vargas Llosa separou-se de Patricia em 2015, e viveu um relacionamento com a filipina Isabel Preysler, ex-esposa de Julio Iglesias.

A atriz Leticia Sabatella voltou a falar sobre a polêmica envolvendo a doação de seus dois cães de estimação, Bebê e Bertoldo, em entrevista exibida neste domingo, 30, pelo programa Domingo Espetacular. Ela afirma que os animais foram entregues para adoção sem o seu consentimento, enquanto estavam sob os cuidados de uma veterinária amiga da família. O caso, que envolve acusações de maus-tratos e apropriação indébita, está sendo investigado pela polícia.

Leticia e o marido, o ator Daniel Dantas, acolheram os dois cães após a morte da mãe deles, atropelada em uma estrada. Os filhotes cresceram com o casal no sítio da família em Cachoeiras de Macacu (RJ), e, segundo a atriz, eram tratados com cuidado e afeto. "Eles eram como filhos. Sempre que vínhamos ao sítio, era uma alegria vê-los correndo em nossa direção. Era uma festa", disse.

A atriz contou que precisou se afastar temporariamente do sítio para cuidar da mãe em Curitiba, enquanto Daniel realizava tratamento médico no Rio. Por isso, os cães ficaram sob a responsabilidade da veterinária Adriene Firmo, que chegou a hospedar-se na propriedade e usá-la como abrigo para outros animais. "Foi uma necessidade que a gente acatou. Ela era a referência como veterinária. Em nenhum momento houve negligência da nossa parte."

Leticia afirma que nunca foi comunicada sobre a intenção de doar os animais. "Não houve nenhuma conversa. Quando ela mencionou a possibilidade, eu disse: 'vamos pensar nisso'. Dias depois, ela já tinha dado para adoção. Fiquei em choque."

A atriz também rebateu as acusações de maus-tratos feitas pela ONG que realizou a feira de adoção. A entidade afirma que os cães apresentavam feridas, inclusive uma bicheira. "Eu não fui causadora de maus-tratos. Não merecia passar pelo que estou passando, e muito menos eles. Foi uma ruptura muito dolorosa."

Segundo ela, o ambiente natural do sítio explicaria os machucados. "Sim, em um sítio, um cachorro peludo pode ter carrapatos ou feridas. Mas não viviam em abandono. Tinham acompanhamento, carinho, ração de qualidade. Eu mesma fazia comida para eles: arroz com frango orgânico."

Leticia também negou que tivesse determinado restrições alimentares, como alegou a veterinária. "Soube que funcionários disseram que eu mandei racionar comida. Eu duvido que você acreditasse nisso, Adriene. Você me viu batendo comida pra eles."

O caso foi registrado como apropriação indébita em uma delegacia do Rio. Leticia e Daniel dizem não saber quem são as famílias que adotaram Bebê e Bertoldo, e alegam que só conseguiram contato com um dos tutores. "Ele foi gentil no início, mas depois parou de responder. Disse que a filha estava apegada ao cachorro. Eu entendo. Só que essa adoção não foi combinada. A história toda foi construída em cima de mentiras."

Emocionada, Leticia fez um apelo público. "Espero que essa situação seja resolvida com delicadeza. Quero que os cães estejam bem, mas quero vê-los. Não é justo o que aconteceu. Eles foram tirados de mim de uma forma que ainda não consigo acreditar."

A ONG responsável pela feira de adoção afirma que apenas cedeu o espaço para os animais, a pedido de terceiros, e nega envolvimento direto com a denúncia de apropriação indébita.