Coordenador da Operação Escudo e cabo da rota viram réus por morte na Baixada Santista

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Dois policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) vão responder por homicídio em razão de uma das 28 mortes atribuídas às ações da Polícia Militar durante a Operação Escudo, no ano passado, na Baixada Santista. O juiz Thomaz Correa Farqui, da 3.ª Vara Criminal do Guarujá, acatou denúncia do Ministério Público estadual tornando réus por homicídio qualificado o cabo Ivan Pereira da Silva e o capitão Marcos Correa de Moraes Verardino, coordenador da operação. Agora já são seis policiais denunciados por mortes durante a Operação Escudo.

A decisão, dada no último dia 16, foi confirmada nesta terça-feira, 23, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O processo, que tramita em segredo de Justiça, refere-se à morte do morador Fabio Oliveira Ferreira durante uma abordagem policial, em 28 de julho de 2023.

O juiz determinou também a suspensão do exercício das funções na PM do cabo Silva e do capitão Verardino, o primeiro oficial a ser denunciado em decorrência da operação. A defesa deles pode entrar com recursos. O Estadão não conseguiu contato com os advogados de Silva e Verardino.

Outros dois policiais da Rota que estavam na mesma viatura usada na abordagem da vítima não foram denunciados porque, segundo o MP, não participaram dos crimes.

Conforme a denúncia da promotoria, os policiais patrulhavam o distrito de Vicente de Carvalho quando viram Fabio e o abordaram, alegando que ele portava uma arma. Os PMs não usavam câmeras corporais na farda.

A investigação apontou que o capitão Verardino disparou três tiros de fuzil contra o rapaz, que estava com as mãos levantadas. O cabo Silva fez mais dois disparos contra o tórax do homem já caído.

Antes de deixar o local, os policiais recolheram imagens de câmeras de segurança instaladas em uma casa que, segundo a denúncia, funcionavam no momento dos disparos. Segundo a promotoria, essas imagens desapareceram, indicando que os policiais tentaram obstruir a investigação. Eles também foram denunciados por obstrução da Justiça.

Ferreira foi o primeiro dos 28 mortos pela PM na Baixada Santista durante os 40 dias da Operação Escudo, no ano passado, após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, da Rota, durante patrulhamento o Guarujá. Conforme organizações de direitos humanos, a ação foi desencadeada como suposta vingança pela morte do policial.

Esta é a terceira denúncia contra policiais que participaram da operação, totalizando seis réus. Em dezembro de 2023, os policiais militares Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira se tornaram réus pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Eles são acusados de matar Rogério Andrade de Jesus, no dia 30 de julho daquele ano, no Morro do Macaco Molhado, na Vila Zilda.

A investigação identificou que o rapaz era inocente.

Em abril de 2024, a Justiça tornou réus mais dois integrantes da Rota, os policiais Rafael Perestrelo Trogillo e Rubem Pinto Santos, acusados de matar Jefferson Junio Ramos Diogo. As câmeras corporais usadas pelos PMs demonstram que eles tentaram forjar um tiroteio.

Nova operação

Entre os dias 3 de fevereiro e 1.º de abril deste ano, o governo voltou a realizar operações na Baixada Santista, após novas mortes de policiais na região. Na chamada Operação Verão, 56 pessoas foram mortas em decorrência de ações policiais.

A Ouvidoria das polícias e a Defensoria Pública apontaram suspeitas de abusos dos policiais nas ações com mortes. À época, o governo estadual negou irregularidades e disse investigar todas as ocorrências.

Sobre a nova denúncia aceita pela Justiça, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que não comenta decisões judiciais. A pasta não forneceu os contatos para que fossem ouvidas as versões dos policiais.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.

A cantora Cristina Buarque morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. A informação foi divulgada por Zeca Ferreira, filho da artista, em uma publicação em sua página no Instagram.

Compositora e sambista, Cristina movimentava a Ilha de Paquetá, onde morava, com uma roda de samba. Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada. Nas redes sociais, seu filho prestou uma homenagem à mãe e comentou sobre sua personalidade "avessa aos holofotes".

"Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. 'Bom mesmo é o coro', ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto", escreveu Zeca, acrescentando que a mãe foi o "ser humano mais íntegro" que já conheceu.

Cristina também foi homenageada pela sobrinha Silvia Buarque. "Minha tia Christina, meu amor. Para sempre comigo", escreveu a atriz em suas redes. A artista deixa cinco filhos.

O bar Bip Bip, tradicional reduto do samba em Copacabana, fez uma publicação lamentando a morte da artista e destacando seu legado: "Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba."

Carreira

Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de "Quantas lágrimas", composição do sambista Manacéa.

Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), a cantora gravou 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente "Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia", de 2010. Além disso, a artista fez pelo menos 68 participações em discos.

Ao longo da carreira, Cristina foi respeitada não só por sua voz, mas também pela curadoria que fazia de sambas, valorizando artistas como Wilson Batista e Dona Ivone Lara. Portelense e conhecida por sua personalidade peculiar, a compositora recebeu o apelido de "chefia" nas rodas de samba cariocas.

Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.