Julho teve o dia mais quente já registrado na média global; entenda por quê

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A Terra registou o dia mais quente de toda a série histórica de medição de temperatura neste domingo, 21 de julho. E em pleno verão no hemisfério norte, muitas partes do Mediterrâneo enfrentam riscos extremos de incêndios florestais.

O valor mundial registrado quebrou o recorde anterior, estabelecido há um ano, de acordo com dados provisórios do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia.

As temperaturas médias globais já atingiram ou ultrapassaram um limiar climático chave durante 12 meses, destacando o desafio de limitar o aquecimento global a menos de 1,5ºC acima da era pré-industrial, como estabelece o Acordo de Paris.

- O Acordo de Paris, firmado em 2015, procura limitar o aquecimento planetário a menos de 2ºC acima da média pré-industrial e, idealmente, a 1,5ºC.

As alterações climáticas estão aumentando a frequência e a intensidade das ondas de calor, provocando fenômenos meteorológicos extremos, desde inundações a incêndios florestais - no Brasil, as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas no Pantanal e na Amazônia são exemplares.

No sul da Europa, o aquecimento global está provocando temperaturas superiores a 40ºC, como ocorreu nas últimas duas semanas na Grécia. Por isso, as ameaças a incêndios florestais são cada vez maiores.

Na Grécia, ocorreram ao menos 33 incêndios florestais entre domingo e segunda-feira, 22. Atenas, e partes do sul do país permanecem em alerta máximo.

O clima mais frio trará algum alívio esta semana à nação mediterrânea, embora ainda se espere que as temperaturas ultrapassem os 39ºC em algumas partes do continente europeu nesta terça-feira, 23.

A Espanha também corre risco extremo de incêndio esta semana, à medida que as temperaturas aumentam no sul do país. Sevilha e Córdoba se aproximarão de 43ºC na quarta-feira, 24, conforme a agência de meteorologia espanhola AEMET.

Partes do sul de França e da Itália também correm risco de incêndios florestais. Mais ao norte, Berlim e Paris - que vai receber os Jogos Olímpicos a partir desta semana - deverão enfrentar ondas de calor no início de agosto. A temperatura média na capital alemã deverá subir até 28ºC em 6 de agosto, oito graus acima do normal para 30 anos.

O calor extremo já causou estragos em muitas partes da economia global este ano, afetando desde viagens aéreas, até redes elétricas.

A temperatura média para o ano até junho foi 1,64°C mais alta do que a da era de 1850 a 1900, de acordo com Copernicus. O mês passado foi o mais quente de todos, recorde que se deu pela 13ª vez consecutiva nos últimos meses.

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Memórias de um Caracol, animação australiana indicada ao Oscar de melhor animação, ganhou data de estreia nos cinemas brasileiros. Com distribuição da Mares Filmes, o longa chega às telonas no dia 1º de maio no País.

Ambientada nos anos 1970 na cidade de Melbourne, na Austrália, a trama apresenta uma tocante mensagem sobre resiliência. A protagonista é a menina Grace, órfã de mãe e criada por um pai alcoólatra. Apesar das dificuldades, ela busca ver o lado bom da vida. Porém, depois da morte do pai, Grace e o irmão gêmeo Gilbert são enviados para lares adotivos diferentes.

A separação leva a anos de solidão e tristeza, e a menina encontra conforto em sua peculiar coleção de caracóis e porquinhos-da-índia. Até que ela faz amizade com uma idosa excêntrica, Pinky, com quem compartilha histórias, sejam elas felizes ou dolorosas, e aventuras hilárias. Grace começa então a sair de sua concha, e volta a ver a beleza da vida.

Memórias de um Caracol ganhou o prêmio principal do Festival de Cinema de Animação de Annecy, na França. No Oscar, concorreu com Robô Selvagem, Divertida Mente 2, Wallace & Gromit: Avengança e Flow, que levou a estatueta. Também foi indicado ao Globo de Ouro.

Com animação em stop-motion, o filme é dirigido e roteirizado por Adam Elliot. Em 2004, o australiano venceu o Oscar de melhor curta-metragem de animação por Harvie Krumpet.

O cantor Belo, ex-marido de Gracyanne Barbosa, publicou um longo pronunciamento nas redes sociais, na noite de sábado, 15, após a musa fitness revelar aos colegas de confinamento no Big Brother Brasil 2025 que já passou fome.

Confinada no reality show da Globo, a sister reuniu os brothers na sala e pediu desculpas por ter roubado comida de outros participantes enquanto estava na Xepa. Ela desabafou sobre um período de sua vida em que passou tanta dificuldade que precisou comer do lixo.

No Instagram, Belo falou sobre o assunto: "Eu conheço a Gracyanne como poucos. Durante 17 anos, estive ao lado dela, vi sua força, suas batalhas e tudo que ela superou para se tornar a mulher incrível que o Brasil não conhece. Mas o que muitos não sabem - e, talvez, ela nunca tenha tido coragem de contar antes - é o que realmente ficou marcado em sua trajetória."

"Quando a Gra chegou ao Rio de Janeiro, ela não tinha nada. Nada além de um sonho e a vontade de vencer. Teve dias em que não teve o que comer, noites em que não tinha onde dormir. Ela passou dificuldades. Fome. Parte disso ela já tinha conseguido contar publicamente, parte não", contou.

O cantor afirmou que sabe de toda a trajetória da empresária e que o assunto ficou guardado entre os dois durante os 16 anos em que foram um casal. "Isso não é algo fácil de dizer, nem para mim, nem para ela. Mas é uma verdade que agora veio à tona e que explica muito sobre as reações dela dentro da casa do BBB 25. Tem a dificuldade com a comida, que ela expôs hoje. E também a desconfiança em relação a tudo e a todos, muito compreensível, quando se observa todo o passado", explicou.

Belo completou dizendo que "o medo de passar por tudo aquilo de novo deixa marcas que ninguém vê, mas que influenciam até as pequenas escolhas". Ele afirmou que não pretendia justificar as atitudes de Gracyanne, mas que queria pedir respeito "por alguém que passou por mais do que muita gente pode imaginar."

"A Gra sempre teve uma relação distante com sua família, e só quando já era independente financeiramente conseguiu se aproximar. Tudo o que ela conquistou foi com suor, dedicação e sacrifício", continuou. O artista afirmou que, no BBB 25, a ex-mulher está vivendo um "turbilhão emocional" e que reviver traumas não é fácil.

"Ela tem o meu apoio incondicional. Nada do que vivemos juntos será apagado, e eu sei da grandeza do coração dela. Que ela possa sair dessa experiência mais forte do que entrou. E que a gente aprenda a olhar as pessoas além do que a TV nos mostra", finalizou.

Marcelo Rubens Paiva confirmou que, assim como é mostrado no filme Ainda Estou Aqui, Gilberto Gil realmente acolheu sua irmã, Vera Paiva, em Londres, Inglaterra, quando a jovem foi morar no exterior e o cantor estava exilado, em 1971.

O escritor, autor do livro que deu origem ao longa vencedor do Oscar, fez a revelação na rede social X neste domingo, 16, ao comentar um vídeo do encontro entre Gil e a atriz Valentina Herszage, intérprete de Vera (a Veroca) na produção de Walter Salles.

O cantor e a atriz conversaram nos bastidores da turnê Tempo Rei, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Valentina compartilhou o momento nas redes sociais e revelou que os dois falaram sobre a cena do filme em que Vera manda uma carta à família e conta ter dançado com ele em uma festa na capital inglesa.

"Essa cena rolou de verdade em 1971. Gil, sabendo do que tinha acontecido com a nossa família no Brasil, acolheu a Veroca exilado em Londres. Décadas depois, minha mãe foi advogada da sua fundação", escreveu Marcelo.

Ainda Estou Aqui conta a história real de Eunice Paiva, mãe de Marcelo, que teve de se reinventar após o marido, o engenheiro civil e ex-deputado Rubens Paiva, ser preso e morto pela ditadura militar, no Rio de Janeiro, no início dos anos 1970. Quando Paiva foi levado, em 1971, Vera passava uma temporada em Londres com amigos da família, o que é retratado no filme.

Eunice é vivida por Fernanda Torres, indicada ao Oscar pelo trabalho no longa. A produção também foi indicada à categoria de Melhor Filme e levou para casa a estatueta de Melhor Filme Internacional, inédita para o Brasil.