Agência europeia veta comercialização de novo medicamento para tratamento de Alzheimer; entenda

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O Comitê de Medicamentos para Uso Humano, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), desaprovou a comercialização do Leqembi, remédio usado para o tratamento do Alzheimer detectado de forma precoce.

De acordo com o órgão, preocupações sobre os potenciais efeitos colaterais da droga, desenvolvida pela empresa norte-americana Biogen em parceria com o laboratório japonês Eisai, superam o impacto que ele tem em desacelerar a doença que atinge as funções do cérebro.

A decisão da agência europeia fez as ações da Biogen, sediada em Cambridge, Massachusetts, despencarem na última sexta-feira, 26.

Em nota, os responsáveis pelo tratamento afirmaram desapontamento com a desaprovação e dizem que vão reavaliar o parecer do comitê para conseguir comercializar o medicamento para pacientes elegíveis da União Europeia.

"Estamos extremamente decepcionados com a opinião negativa do CHMP (sigla em inglês para Comitê de Medicamentos para Uso Humano) e entendemos que isso também pode ser decepcionante para a comunidade mais ampla da doença de Alzheimer (A DA é uma doença neurodegenerativa irreversível que representa desafios significativos para aqueles que vivem com a doença, seus parceiros de cuidados e a sociedade", disse Lynn Kramer, diretor clínico da Eisai, por meio de nota assinada em conjunto com a Biogen.

Segundo os desenvolvedores do tratamento, o Alzheimer afeta atualmente 6,9 milhões de pessoas na Europa e espera-se que este número quase duplique até 2050, à medida que a população idosa aumenta.

"A Eisai buscará reexaminar o parecer do comitê e trabalhará com as autoridades relevantes para garantir que este tratamento esteja disponível para pessoas elegíveis que vivem com doença de Alzheimer precoce na União Europeia o mais rápido possível", completou a nota.

Outros países já aprovaram o uso do Leqembi

O comitê da agência recomendou 14 novos medicamentos para aprovação em sua reunião de julho. Leqembi foi o único a receber uma opinião negativa. Antes de ser barrado na Europa, o tratamento já havia recebido aprovação nos Estados Unidos, Japão, China, Coreia do Sul, Hong Kong e Israel.

No ano passado, Leqembi teve aval total da Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês). No início deste mês, a FDA também aprovou outro medicamento que segue uma abordagem semelhante, o Kisunla da Eli Lilly.

Funcionamento do Leqembi e efeitos colaterais

A ação do Leqembi consiste em eliminar uma placa cerebral pegajosa ligada à doença. Um estudo amplo mostrou que o remédio desacelerou o declínio de memória e pensamento por vários meses naqueles que receberam o medicamento em comparação com aqueles que receberam um medicamento fictício.

A droga, no entanto, também pode causar inchaço cerebral e sangramento, efeitos colaterais que podem ser perigosos.

Queda nas ações

As ações da Biogen caíram mais de 4%, para US$ 216,82, logo após a abertura dos mercados na sexta-feira, e as ações da Lilly caíram 1%. Phil Nadeau, analista do banco de investimentos TD Cowen, disse em nota que ficou surpreso e decepcionado com a decisão do comitê.

Ele afirmou, porém, que a reprovação ao Leqembi não afeta suas estimativas de vendas por considerar que qualquer lançamento europeu "seria muito lento à medida que o reembolso fosse negociado e a complicada logística de diagnóstico e de tratamento fosse resolvida".(Com AP)

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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Com Maria Callas, Pablo Larraín completa sua trilogia de mulheres poderosas - e trágicas - iniciada com Jacqueline Kennedy (Jackie) e a princesa Diana (Spencer). Com Callas, o material é abundante. Vemos a cantora lírica, a maior do seu tempo (rivalizando, talvez, com a italiana Renata Tebaldi), na fase final de sua vida.

Maria Callas (1923-1977) nasceu em Nova York, mas é grega até a alma. Trágica. Morreu em Paris, praticamente sozinha, acompanhada, em seu apartamento, pelo mordomo e chofer (Pierfrancesco Favino) e pela camareira (Alba Rohrwacher).

Perdeu a voz e tenta recuperá-la (em vão) para uma tentativa de volta aos palcos. Entope-se de barbitúricos. Pílulas para dormir e pílulas para se manter acordada. Uma combinação terrível para o coração, o órgão. E o coração, no sentido figurado, também estava ferido e combalido, jamais se recuperando do amor mal curado pelo magnata grego Aristóteles Onassis (Haluk Bilginer), que a abandonou - justamente por Jacqueline, viúva flamejante de John Kennedy, o presidente assassinado.

O filme nada tem de banal. Não espere uma cinebiografia quadrada e convencional de uma figura pública. Larraín usa da fantasia, da imaginação, e procura jogar na tela o que pode se passar na alma dessa diva já quase esquecida, mas que se lembra dos seus dias de glória. Precisa ser reconhecida (no sentido literal e no figurado), como todo ser humano. Mas em proporção que apenas os que foram famosos e um dia deixaram de ser podem sentir. É doloroso. E, por isso, não podemos deixar de sentir empatia por essa deusa caída, muito bem interpretada por Angelina Jolie.

Sim, sim: em Maria Callas há muito de Norma Desmond, a diva do cinema mudo caída no anonimato no clássico de Billy Wilder Crepúsculo dos Deuses. Mas há essa particularidade da vida de Callas - a música, a ópera, o canto lírico feminino do qual ela foi praticamente o sinônimo, o ápice. Por isso, suas memórias são "invadidas" e capturadas pelas imagens da ópera. Por exemplo, numa cena linda, em que caminhando por Paris, em Chaillot, defronte à Torre Eiffel, ela vê os transeuntes se transformando em figurantes de uma ópera e cantando diretamente para ela.

FELLINI

Esse recurso de transição entre realidade e fantasia é usado várias vezes. O teor lírico do filme facilita essa transposição, pois, afinal como se diz, a vida é palco - ou picadeiro, segundo alguns. Particularmente Fellini, que dedicou à ópera um dos seus grandes filmes - E la Nave Va. A personagem de Edmea Tutea, cujas cinzas serão jogadas no mar da ilha de Ischia, seria inspirada em Maria Callas - ou em Tebaldi? Ou fruto da imaginação inesgotável de Federico?

Qual a dor maior de Callas? A do abandono do amado ou da perda da voz? Para onde foi toda a glória e a felicidade do passado, essas "neves de outrora" de que fala Villon? Tal a melancolia da personagem e o tom de um filme apoiado muito na intensidade emocional do canto lírico para emocionar o público.

No entanto, para além dessa emoção, há outros elementos a compor a personagem, numa visão em mosaico. O cineasta que a entrevista para um filme sobre sua vida; o pianista que tenta ajudá-la a recuperar a voz; o médico que a desaconselha e diz que o esforço pode ser fatal; o repórter sensacionalista, que grava uma fita em que a diva desafina durante uma de suas tentativas.

Esses pontos de vista compõem o retrato multifacetado de alguém genial, porém humanamente em crise quando tudo parece abandoná-la. É tão difícil não se emocionar com Maria Callas quanto permanecer indiferente a La Traviata.

Maria Callas

Cinemateca Brasileira. Lg. Sen. Raul Cardoso, 207. 6ª (18), 21h40

Shopping Frei Caneca. R. Frei Caneca, 569. 4ª (23), 17h10

Reserva Cultural, sala 2. Av. Paulista, 900. Dom. (27), 19h10

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Duda Nagle falou sobre a gravidez de sua ex-mulher, Sabrina Sato. A notícia da gestação foi divulgada na última quarta-feira, 15. O bebê é fruto da relação da apresentadora com Nicolas Prattes. Os dois assumiram o relacionamento em fevereiro.

O ex-marido de Sabrina falou sobre o assunto durante sua participação no podcast Papagaio Falante. "Eu vi a notícia hoje. O engraçado é que a Sabrina já está há alguns dias assim: 'Eu posso te ligar, a gente precisa trocar uma ideia, vamos conversar rapidinho? Você tem um tempinho?'. A gente chegou a se falar, acabamos entrando em outros assuntos, mas sabe quando você sente a energia? A gente já estava ali", disse.

O ator ainda disse que ficou muito feliz com a notícia e revelou acreditar que o bebê fará muito bem para Zoe, filha do ex-casal, de cinco anos de idade. "Vai ser bom para Sabrina, vai ser bom para todo mundo. Que bom que deu certo e que ela achou um cara legal."

Ele finalizou seu discurso falando sobre Nicolas Prattes, se referindo ao ator como um "bom garoto". O ex-marido de Sabrina Sato ainda afirmou que o casal tem uma "energia boa juntos".

Nesta quinta-feira, 17, os ex-integrantes do One Direction, Niall Horan, Harry Styles, Louis Tomlinson e Zayn Malik, se pronunciaram sobre a morte de Liam Payne, que caiu da sacada de um hotel em Buenos Aires. O comunicado oficial foi publicado no perfil do grupo no Instagram.

"Estamos completamente devastados com a notícia da morte de Liam. Quando estivermos prontos, teremos mais a dizer", dizia a nota divulgada durante a tarde. "Por enquanto, vamos nos dar tempo para lidar com o luto e processar a perda de nosso irmão, a quem amávamos profundamente", completaram.

Louis Tomlinson se pronuncia

Louis Tomlinson, em seu perfil pessoal, prestou uma homenagem ao amigo. Ele compartilhou uma foto ao lado de Liam, a quem considerava um irmão.

"É difícil descrever o que sinto escrevendo isso, mas ontem perdi um irmão. Liam era alguém que eu admirava todos os dias, uma pessoa de alma positiva, divertida e gentil", escreveu na legenda.

Louis relembrou o início da amizade: "Conheci Liam quando ele tinha 16 anos e eu, 18. Desde o início, fiquei impressionado com sua voz. Mas, mais que isso, com o passar do tempo, vi o irmão gentil que sempre quis ter." Ele também destacou o talento de Payne como compositor: "Liam tinha um dom incrível para criar melodias. Falávamos sempre sobre voltar ao estúdio e tentar recriar a química que tínhamos na banda".

Tomlinson foi além, dizendo que Liam era a alma do One Direction: "Para mim, ele sempre foi a parte mais vital do grupo. Sua experiência, tom perfeito, presença de palco e talento para compor. A lista é longa. Obrigado, Liam, por nos moldar."

Zayn Malik se pronuncia

Outro ex-integrante da banda, Zayn Malik, também prestou sua homenagem individual a Liam Payne. Ele iniciou o texto expressando o desejo de que, de alguma forma, Liam soubesse o quanto ele estava sentindo sua perda.

"Nunca tive a chance de agradecer por todo o apoio que você me deu nos momentos mais difíceis da minha vida. Quando eu sentia saudades de casa, aos 17 anos, você sempre estava lá com uma palavra positiva e um sorriso reconfortante, me fazendo sentir que eu tinha um amigo e era amado. Mesmo sendo mais novo que eu, você sempre foi mais sábio, determinado e nunca hesitou em dizer o que pensava, mesmo que fosse para corrigir os outros", começou Zayn.

Ele seguiu refletindo sobre as diferenças entre os dois, ressaltando o respeito mútuo: "Apesar de termos nos desentendido por causa disso algumas vezes, eu sempre o respeitei por sua postura. Quando se tratava de música, Liam, você era o mais habilidoso em todos os aspectos. Eu me sentia como um novato, sem experiência, enquanto você já era um profissional."

Assim como Louis Tomlinson, Zayn expressou a sensação de ter perdido um irmão. "Perdi um irmão quando você se foi, e não consigo explicar o que daria para poder te abraçar uma última vez, me despedir adequadamente e dizer o quanto eu o amava e respeitava. Não há palavras que possam descrever como estou me sentindo agora, além de estar profundamente devastado. Espero que, onde quer que você esteja, esteja em paz e saiba o quanto é amado. Te amo, irmão."

A morte de Liam Payne

Liam Payne foi encontrado morto no hotel Casa Sur, em Palermo, Buenos Aires, após cair do terceiro andar. A polícia argentina confirmou o óbito aos jornais La Nación e Clarín. Segundo o La Nación, as autoridades foram chamadas para conter um "homem agressivo", nas palavras dos funcionários do hotel, que possivelmente estaria sob efeito de drogas ou álcool.

Carreira

Liam James Payne nasceu em 1993, em Wolverhampton, na Inglaterra. Admirador de artistas como Usher, Justin Timberlake e Chris Brown, ele sempre sonhou em cantar e tornar seus pais orgulhosos, como contou certa vez em uma entrevista ao The Guardian.

Ele participou pela primeira vez do programa The X Factor aos 14 anos, mas não foi aprovado. Simon Cowell, jurado do show, pediu que ele voltasse dois anos depois. Em 2010, Liam retornou ao palco e, após uma performance de Cry Me a River, foi selecionado para formar o One Direction ao lado de outros quatro jovens.

Durante sua trajetória no grupo, Liam compôs várias músicas, incluindo grande parte do álbum Four (2014) e colaborou no álbum Made in the A.M. (2015).

Após o fim do One Direction, em 2016, Liam seguiu carreira solo, lançando hits como Strip That Down, Familiar (com J Balvin) e For You (com Rita Ora). Seu álbum de estreia, LP1 (2019), no entanto, não teve o mesmo sucesso com o público e crítica.

Liam deixa um filho de sete anos, Bear, fruto de seu relacionamento com a cantora Cheryl Cole.