Rússia: Putin recebe líderes do Brics em cúpula para neutralizar a influência do Ocidente

Internacional
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebe a partir desta terça-feira (22) líderes de países integrantes do Brics para a cúpula do grupo, que deve durar três dias. Analistas veem o encontro como um desafio russo para com a ordem mundial do Ocidente. O presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi já estão na cidade-sede. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não estará presente, por orientação médica, já que sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada.

Putin espera neutralizar a influência do Ocidente e quer demonstrar o fracasso dos Estados Unidos em isolar a Rússia por suas ações na guerra contra a Ucrânia. Ele deve aproveitar a cúpula para realizar cerca de 20 reuniões bilaterais em paralelo, dentre elas com Xi, Modi e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

A Índia também terá um papel importante no evento, já que os aliados ocidentais querem que o país convença Moscou a terminar a guerra. Modi evitou condenar a Rússia e, em visita ao país em julho, ressaltou a "estreita amizade entre as duas nações".

Segundo o consultor estrangeiro do líder russo, Yuri Ushakov, a cúpula do Brics é "o maior evento de política externa que já foi realizada" em na Rússia, com 36 países, sendo que mais de 20 desses estão representados por seus respectivos líderes. Fonte: Associated Press.

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O relator do orçamento de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que a sua expectativa é de que o projeto de lei (PL) sobre as emendas parlamentares seja votado até a primeira quinzena de novembro nos plenários da Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

A declaração ocorreu nesta terça-feira, 22, após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Brasília. Na ocasião, Coronel disse que pretende fechar acordo sobre o assunto até a quarta-feira, 23, e protocolar a proposta até a segunda-feira que vem.

"A ideia é que seja aprovado nas duas Casas até a 1ª quinzena do mês que vem", declarou Coronel.

Depois do encontro com Lira, Coronel disse que deve se encontrar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no fim da tarde. "Ao final da tarde, estarei com ele (Pacheco) para passar, já, algumas diretrizes definidas aqui hoje com o Arthur Lira", disse.

Coronel acrescentou: "conversamos também com a Casa Civil, eles vão mandar alguns incrementos para o PLP. Com isso, ajustando o texto, a gente protocola no mais tardar na segunda-feira."

O relator do orçamento de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que haverá ampliação de rastreabilidade e transparência nas emendas parlamentares a partir de diretrizes definidas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira, 22.

"Avançamos naquelas determinações do ministro Dino na questão sobre a rastreabilidade e a transparência. Vamos ampliar o máximo possível para que fique bem claro, tanto para o Supremo Tribunal Federal , quanto para a sociedade, o que cada parlamentar destinou para a sua base", declarou.

Em relação ao número de obras para as quais os parlamentares destinarão suas emendas, Coronel disse que isso está pacificado.

"Tem Estados com uma bancada grande, e tem Estados com bancada pequena. E o valor é por bancada. Então imagina o Estado que tem 10 parlamentares recebe o mesmo valor do Estado com 60?", afirmou.

Coronel prosseguiu: "há certo disparate em relação a isso. Mas estamos ajustando para que a gente tenha, não o mínimo de quatro emendas (para obras estruturantes por bancada)", afirmou, em relação à proposta que estava sendo negociada no Senado.

O senador completou: "como é hoje, de 20 emendas de bancada, (estamos ajustando para) quem sabe, uma faixa de 10 a 12 emendas", disse.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pediu ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anule todos os atos da Lava Jato contra ele por quebra de imparcialidade do ex-juiz Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele quer a extensão dos efeitos de decisões de Toffoli que já beneficiaram outros atingidos pela operação, como o empresário Marcelo Odebrecht e o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB-PR).

A petição se baseia nos diálogos entre procuradores de Curitiba e Moro, revelados na série de reportagens conhecida como "Vaza Jato" e obtidos por meio da Operação Spoofing, da Polícia Federal. Para Cabral, as conversas mostram "conluio" entre acusação e juiz.

"Os diálogos obtidos por meio da Operação Spoofing são capazes de descredibilizar o Estado Democrático de Direito, o Ministério Público Federal e a imparcialidade do Poder Judiciário, tornando a atuação do ex-magistrado e da Força Tarefa da Operação Lava Jato passíveis de uma resposta enérgica por parte deste STF", argumentou a defesa de Cabral.

Atualmente, Cabral responde a processos em liberdade, mas suas condenações já somam mais de 335 anos. Ainda cabe recurso às sentenças. O ex-governador cumpria prisão preventiva desde 2016 e deixou a prisão em dezembro de 2022.