Trump chama Kamala Harris de 'idiota' e reafirma promessas de tarifas

Internacional
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O ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, chamou a rival Kamala Harris de "idiota", classificando a gestão democrata como "corrupta", durante comício na Carolina do Norte. Em seu discurso, Trump também reiterou propostas de ampliar tarifas contra outros países - especialmente contra o México, como forma de controlar a imigração.

Os comentários do ex-presidente concentraram-se em críticas ao governo democrata, acusando-os de provocar a inflação elevada nos EUA e de escolher "guerras estúpidas para lutar", além de alertar que, se eleitos novamente, os democratas levariam o país a uma "depressão" econômica similar a de 1929.

"Ela Kamala é uma idiota, mas eu não disse isso e não recomendo que digam para que a imprensa não me critique", disse o republicano aos seus apoiadores. "Eles democratas são um desastre. Tenho certeza que Kamala sofre de uma doença chamada Trump Derangement Syndrome", acrescentou, em referência ao termo usado para pessoas com "forte antipatia" ao ex-presidente.

Trump continuou seus insultos contra a gestão Biden-Harris, afirmando que a vice-presidente "reclama de tudo" e incentiva campanha de ódio. "Eles chamaram milhares de pessoas de 'lixo'. Eu chamo de coração e alma da América", disse, referindo-se a comentários do presidente, Joe Biden. Entretanto, o republicano afirmou que "de certo modo, Biden era melhor candidato do que Kamala".

O republicano incentivou os apoiadores da Carolina do Norte a votarem nas eleições antecipadas, mas voltou a criticar o sistema de votação dos EUA. "Não ligo se votamos em máquinas ou em papel, mas se for em papel, a votação precisa ser no mesmo dia e o resultado também", citou, embora reforçando que acredita ser mais seguro votar em papel. "A França tem milhões de habitantes e voltaram ao papel".

Economia

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato à presidência americana, Donald Trump, disse que a economia do país está um desastre, mas que, caso seja eleito, vai trazer os juros para baixo. Em discurso em evento de campanha em Rocky Mount, na Carolina do Norte, ele disse que trará a independência energética de volta.

Na ocasião, Trump disse que se a China ou qualquer outro país taxar os Estados Unidos, eles serão taxados na mesma medida. Sobre os conflitos geopolíticos, ele defendeu que conseguirá fazer com que a guerra no Oriente Médio continue.

O candidato usou o evento de campanha atacar a adversária, a vice-presidente Kamala Harris, e a chamou de "grosseiramente incompetente", mencionando que ninguém a respeita para liderar o país.

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A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira, 30, o projeto de lei que autoriza o porte e uso de armas de fogo por agentes de fiscalização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O texto ainda será apreciado pelo plenário da Casa.

O projeto, relatado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), estabelece que o porte será concedido apenas em caso de comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica, além de isenção de taxas de registro do armamento e na renovação do porte.

Os profissionais poderão portar armas particulares ou fornecidas pela "corporação ou instituição" mesmo quando estiverem fora de serviço. A versão original previa o porta apenas durante as operações de fiscalização.

O senador capixaba também estendeu o benefício aos agentes da Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o relator, o objetivo da proposta é evitar que crimes como os assassinatos, em 2022, do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips, em Atalaia do Norte, no Amazonas, se repitam.

"Esse projeto de lei se deu pela morte do indigenista Bruno e do Dom Phillips, que foram mortos com requintes de crueldade, inclusive com ocultação de cadáver. Olha, nós não podemos admitir que infelizmente no Brasil os grileiros estejam armados e esses funcionários estejam lá pagando com a vida, como foi o caso desses dois, lá no meio da Floresta Amazônica, e eles não tenham a possibilidade disso", disse o relator.

O projeto foi aprovado simbolicamente com apenas dois votos contrários, dos senadores Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Dr. Hiran (PP-RR). Outros senadores de Estados da Região Norte apresentaram objeções ao projeto, entre eles Omar Aziz (PSD-AM), que argumentou não ser correto armar agentes fiscalizadores para "que eles possam andar armados a qualquer momento".

"Essa coisa de dar arma a torto e a direito, sem realmente saber, fazer o levantamento... porque a gente faz a lei aqui, e depois a responsabilidade para fazer o treinamento, o custo disso vai ser de quem? Então, nós temos que ver essas questões antes de aprovarmos, porque é muito fácil aprovar a lei, mas botar na prática depois, para que funcione", afirmou o senador.

Para ele, as mortes do jornalista e do indigenista não tem ligação com o narcotráfico e pesca clandestina, como apontaram as investigações da Polícia Federal (PF).

"Quanto a essa questão de Atalaia do Norte, existe uma versão dada nacionalmente, em que infelizmente duas pessoas foram a óbito, numa ação em que falaram que era narcotráfico ou não sei o quê. Não era nada disso: era um caboclo que foi humilhado por um funcionário na frente dos filhos, tocaram fogo na rede e tudo mais, e ele esperou um momento para se vingar, e infelizmente estavam um jornalista e ele nessa canoa. E mesmo que ele estivesse armado lá, ele não teria nem como ter reagido", afirmou Aziz.

Em maio, a Comissão de Meio Ambiente já havia aprovado a proposta, que recebeu apoio da presidente da Funai, Joenia Wapichana. Segundo a gestora, os servidores "são constantemente intimidados pela ação de criminosos que invadem as terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas para explorar ilegalmente as riquezas dos nossos biomas".

Joenia pontua que é preciso regulamentar o poder de polícia da Funai, previsto em lei desde 1967, para proteger os fiscais que trabalham em áreas remotas e com difícil acesso a sistemas de comunicação e, muitas vezes, segundo Wapichana, são "recebidos a tiros para fazer o seu trabalho".

O Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu prefeito, vice-prefeito e todos os vereadores da cidade de Ipaporanga (CE). Com 7.754 votos (91,96% dos votos válidos), Amaro Pereira (PT) se reelegeu, ao lado do e o vice, Cleoto Bezerra (PT), com o maior porcentual entre prefeitos no Estado. A chapa derrotada, encabeçada por Cleiton Bebeu (União Brasil) teve 678 votos (8,04%). Na Câmara Municipal, todos os nove vereadores eleitos também são petistas.

Na Câmara, 15 pessoas concorreram às nove vagas da Casa. Um único petista ficou como suplente. Os candidatos que não se elegeram são do União Brasil, mesma legenda do candidato derrotado na prefeitura.

A vereadora eleita com mais votos, Rosinha Portela (PT), teve mais que o dobro de votos do que Bebeu. Veja a lista de vereadores eleitos na cidade:

- Rosinha Portela (PT) - 1.486 votos

- Elivelson Rodrigues (PT) - 992 votos

- Valdery Cavalcante (PT) - 973 votos

- Elicia de Paula (PT) - 810 votos

- Michelle Barroso (PT) - 631 votos

- Tintim Bonfim (PT) - 630 votos

- Manoel Cândido (PT) - 593 votos

- Manoel Alves (PT) - 543 votos

- João Paulo (PT) - 507 votos

- Manoel Santana (PT) - 405 votos (suplente)

PCdoB, PV e PDT faziam parte da coligação Unidos Por Uma Ipaporanga Cada Vez Mais Forte, que elegeu os candidatos petistas. Já o União Brasil não se aliou a nenhum partido.

Ipaporanga fica no interior do Ceará, a aproximadamente 400 quilômetros de Fortaleza, próximo à divisa com o Piauí, na região do Sertão de Crateús. A cidade 11.575 habitantes, segundo o IBGE.

O PDT cogita rever o apoio dado a Elmar Nascimento (União-BA) à presidência da Câmara dos Deputados após o atual comandante da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucedê-lo no cargo. O partido reuniu sua bancada nesta quarta-feira, 30. Foi informado aos parlamentares que o presidente em exercício do sigla, André Figueiredo (PDT-CE), e o líder do grupo na Câmara, Afonso Motta (PDT-RS), irão conversar com Elmar e Lira sobre.

Como mostrou o Estadão, o PDT aprovou em julho o apoio à candidatura de Elmar à presidência da Câmara. O próprio parlamentar do União Brasil esteve na reunião da sigla para anunciar a decisão. À época, ele era o favorito para a função. Neste momento, Motta tem a vantagem - Lira oficializou o apoio a ele nesta terça-feira, 29. Em seguida, deputados do PP acompanharam Lira de forma unânime.

Internamente, pessoas do PDT ouvidas pela reportagem disseram que cresceu a pressão de Lira sobre o PDT, que tem 18 deputados, para rever o apoio a Elmar.

É um golpe que fragiliza Elmar Nascimento na campanha. Alguns pedetistas dizem que, se ele não apresentar apoios até a quinta-feira, 31, o pleito deve de se deteriorar, o que dificulta a viabilidade eleitoral dele.

Nesta terça-feira, 29, Elmar fez críticas a Lira, dizendo que ele rebaixa a posição institucional do cargo ao trabalhar pela candidatura de Motta. O deputado do União e Lira eram amigos próximos e tiveram a romperam a relação após a decisão do parlamentar alagoano.

"Eu acho que a postura mais correta era em janeiro ele anunciar seu voto pessoal, mas ficar equidistante do processo e ficar como magistrado. Seria uma postura muito mais digna e elogiável e teria meus elogios. Eu espero ainda que ele reveja a posição, que é contra e que rebaixa a posição institucional do presidente da Câmara", afirmou Elmar, que participou de uma reunião com a bancada do PT na terça-feira.

Elmar acusou o deputado alagoano de ter atuado como "líder" do governo Bolsonaro por sua atuação como presidente da Casa na gestão do ex-presidente. "Vocês assistiram ao primeiro mandato do presidente Arthur Lira, ele diz que é tão a favor da convergência, que ele foi presidente da Câmara e líder do governo Bolsonaro ao mesmo tempo, modificando, inclusive, o regimento para tirar a capacidade de obstruir da Câmara dos Deputados. Não pode agora vir dizer que essa Casa tem que ser a Casa do consenso", disse Elmar.

Ciro Gomes não foi assunto da reunião da bancada

Depois de o Estadão revelar que deputados iriam pedir a saída do ex-ministro Ciro Gomes do partido após a atuação dele nas eleições deste ano, o assunto foi repelido pelos líderes do PDT. Neste momento, eles são irredutíveis e dizem que Ciro permanecerá na sigla, a ponto de o assunto não ter sido levantado na reunião desta quarta-feira. Houve dura ação interna de quadros importantes da sigla após o assunto vir a público.