Youtuber famoso por trabalho com animais perigosos morre após ser picado por cobra venenosa

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O youtuber Graham "Dingo" Dinkelman, famoso nas redes sociais por seu trabalho manipulando serpentes e outros animais na África do Sul, morreu no último fim de semana, aos 44 anos, um mês após ser mordido por uma cobra altamente venenosa. As informações são do jornal britânico The Telegraph.

 

Dinkelman foi mordido por uma Dendroaspis angusticeps, também conhecida como mamba-verde-oriental, encontrada em regiões costeiras do leste e sul da África. Ele entrou em choque anafilático e passou um mês em coma induzido, mas morreu.

 

Segundo o jornal, o African Snakebite Institute aponta que as mordidas em humanos por essa espécie de cobra são raras, porque o animal é tímido - no entanto, quando ocorrem, as mordidas são "muito sérias" e o veneno ataca o sistema nervoso, além de causar inchaço.

 

Dinkelman era pai de três filhos e tinha centenas de milhares de seguidores nas redes sociais, onde compartilhava vídeos que o mostram interagindo com alguns dos animais mais mortais do mundo. Ele se definia como um "conservacionista" cujo objetivo era educar e inspirar o público sobre a conservação.

 

Seus vídeos o mostravam manipulando cobras, cuidando de crocodilos, protegendo rinocerontes, reintroduzindo pangolins na natureza e realocando hienas marrons ameaçadas de extinção. As publicações frequentemente destacavam os perigos dos animais que ele estava manipulando e os riscos de ser mordido por cobras altamente venenosas.

 

O The Telegraph destaca que Dinkelman trabalhava como corretor de investimentos na África do Sul antes de deixar o emprego para se dedicar aos animais. O jornal britânico também afirma que ele administrou programas de criação para répteis e anfíbios ameaçados de extinção, além de um centro de educação sobre vida selvagem para crianças.

 

Em uma declaração citada pelo The Telegraph, a viúva de Dinkelman, Kirstie, informou que ele faleceu cercado pela família. "Dingo lutou muito durante esse período muito difícil. Sabemos que ele estava lutando para estar aqui conosco e somos muito gratos por isso. Infelizmente, apesar de sua força e resiliência, meu amado marido faleceu em paz hoje, cercado por sua família", afirmou.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um único compromisso oficial em sua agenda para esta sexta-feira, 1. Ele dará uma entrevista a um canal de TV francês no Palácio do Planalto.

11h - Gravação de entrevista, por videoconferência, a Darius Rochebin, do canal francês TF1.

É comum a agenda do presidente ser atualizada no decorrer do expediente. Portanto, é provável que esse não seja o único compromisso de Lula durante todo o dia.

O deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA) apresentou um projeto de lei na Câmara com propostas patrocinadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para mudar regras e destravar a liberação de emendas parlamentares, suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta limita o crescimento das emendas e permite o corte de recursos indicados por deputados e senadores para cumprir o arcabouço fiscal.

O projeto da Câmara propõe um crescimento real de 2,5% por ano para as emendas parlamentares impositivas (individuais e de bancada), colocando o mesmo limite do arcabouço fiscal, e fixa um valor de R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão em 2025, com ajuste apenas pela inflação nos anos seguintes, conforme o Estadão antecipou. Em 2024, essas emendas somam R$ 15,5 bilhões, ou seja, seriam reduzidas. A fórmula foi concebida pela Casa Civil do governo Lula.

De acordo com técnicos do Poder Executivo, a proposta traz uma previsão de quanto as emendas vão crescer nos próximos anos. Por outro lado, a medida concede um aumento que outras despesas do governo não têm atualmente, além de incluir as emendas de comissão, herdeiras do orçamento secreto, de uma forma definitiva no Orçamento da União. Na prática, as emendas podem reduzir cada vez mais o espaço para custeio da máquina pública e manutenção de serviços essenciais.

Outra mudança é permitir ao governo cortar emendas para cumprir despesas obrigatórias, como aposentadorias e benefícios sociais, e o arcabouço fiscal. Hoje, o governo pode fazer esse congelamento, mas não é autorizado a anular os recursos indicados por deputados e senadores. A iniciativa faz parte de uma tentativa do governo de ter mais autonomia para mexer no Orçamento sem autorização do Congresso, conforme o Estadão revelou.

A proposta proíbe a divisão das emendas de bancada para indicações individuais dos deputados e senadores , destina metade das emendas de comissão para a saúde e obriga os parlamentares a falarem onde vai ser aplicado o dinheiro da emenda Pix, coisa que hoje não acontece. Além disso, coloca o Tribunal de Contas da União (TCU) na fiscalização. No caso das emendas de comissão, impõe a divulgação das propostas dos líderes partidários, mas não há obrigação da divulgação do nome dos parlamentares beneficiados, abrindo caminho para manutenção de uma prática oculta que acontece atualmente.

O projeto apresenta propostas combinadas entre o governo e o ministro Flávio Dino, relator dos processos no STF que suspenderam as emendas. Nos bastidores, deputados acreditam que a mudança, alinhada com um acordo entre governo e parlamentares para a eleição dos próximos presidentes da Câmara e do Senado, gera um cenário favorável para a liberação das emendas. Ao suspender o pagamento dos recursos, Dino condicionou a decisão justamente a um acordo entre os Poderes.

"O texto não representa mera resposta técnica, mas um passo importante para um entendimento harmônico entre os Poderes", disse Rubens Pereira Junior, autor do projeto.

Há uma divisão entre as cúpulas do Congresso, no entanto. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negocia junto com o governo o futuro das emendas e é citado como possível ministro de Lula após a sucessão na Casa. O senador Davi Alcolumbre (União-AP), que se movimenta para voltar a presidir o Senado, por outro lado, não quer diminuir as emendas de comissão.

No Senado, há outra proposta tramitando, apresentada pelo relator do Orçamento de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA). O texto incorporou a proposta do governo de crescimento das emendas impositivas, mas não traz restrição para as emendas de comissão. Além disso, há diferenças entre as propostas de transparência.

O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) defendeu o colega Glauber Braga (PSOL-RJ) em sessão do Conselho de Ética da Câmara que analisa um pedido de cassação do mandato do psolista, realizada nesta quarta-feira, 30. Braga é acusado de quebra de decoro por agredir um manifestante do Movimento Brasil Livre (MBL), que fez ataques à mãe dele, em pleno Congresso Nacional. Segundo Fraga, se o fato ocorresse com ele, iria "esperar passar a porta para quebrar na porrada".

"Se tivessem xingado a minha mãe, eu teria esperado passar a porta para quebrar na porrada", afirmou Fraga em resposta a um questionamento do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

No dia 16 de abril deste ano, Glauber expulsou da Câmara dos Deputados o influenciador Gabriel Costenaro, que é integrante do MBL aos chutes. Na ocasião, Costenaro fez insinuações sobre a ex-prefeita de Nova Friburgo Saudade Braga, que na época estava doente. Ela faleceu 22 dias após o ocorrido.

Fraga foi convocado pelo relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), por ter se envolvido em outra desavença com Braga na Comissão de Segurança Pública, presidida pelo parlamentar do PL. Além dele, foram ouvidos o deputado Kim Kataguiri (União-SP) - um dos fundadores do MBL-, um policial legislativo que presenciou a confusão e o próprio manifestante agredido.

No depoimento prestado para o Conselho de Ética, Fraga disse que não concorda com a cassação de Braga e criticou o Código de Ética da Câmara, que estipula a perda de mandato por quebra de decoro.

"O Código de Ética dessa Casa, ele deixa muito a desejar. Nós não podemos ter atitudes drásticas demais como a da cassação. Quem tem que cassar o deputado é o povo. É evidente que a gente não pode aceitar aqui agressões, mas o Código de Ética podia prever: 'xingou a mãe, uma punição', 'deu um tapa, cassação'", afirmou Fraga.

Em setembro, o conselho aprovou por dez votos a dois um relatório que recomenda dar prosseguimento ao processo de cassação. O processo está na fase de oitivas e de solicitação de documentos. Passada essa etapa, o colegiado vai deliberar o futuro do psolista, sendo necessária uma maioria simples de parlamentares que defendam a perda de mandato.

Se isso ocorrer, o pedido de cassação do deputado vai ao plenário da Câmara, onde é necessário que 257 dos 513 deputados votem pela perda do mandato para que Glauber Braga deixe de ser deputado federal. Em 2022, ele foi eleito com 78.048 votos.