Vitória de Trump impulsiona ações de tabaco

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Donald Trump, não fumante e abstêmio, não é fã de cigarros, mas seu triunfo na eleição presidencial dos EUA é aparentemente positiva para ações de tabaco. Listada em Londres, a British American Tobacco subia 4% nos negócios da manhã desta quarta-feira, 6.

Uma subsidiária ligada aos seus negócios nos EUA, a Reynolds American, foi uma grande doadora do comitê de ação superpolítica Make America Great Again Inc, ou MAGA.

A Reynolds tem lutado contra a proposta de proibição nacional do cigarro mentolado do governo Biden. A medida foi adiada no início deste ano; a vitória de Trump aumenta a probabilidade de que ela seja descartada permanentemente.

Os investidores em tabaco também podem esperar que Trump reprima as importações ilícitas de vapes descartáveis.

Esses produtos, que vêm principalmente da China, têm sido o segmento de crescimento mais rápido do mercado de nicotina dos EUA.

Uma proibição pode impulsionar as marcas de cigarros eletrônicos das empresas de tabaco. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizaram nesta quarta-feira, 6, Donald Trump pela vitória na eleição presidencial dos Estados Unidos. Pelas redes sociais, apoiadores do ex-presidente também projetaram o próximo pleito no Brasil, marcado para 2026. O retorno do republicano à Casa Branca é uma aposta dos bolsonaristas para o fortalecimento da extrema direita no País.

Bolsonaro está inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os bolsonaristas apostam na aprovação no Congresso de uma anistia para que o ex-presidente possa ser candidato na próxima eleição presidencial brasileira.

Donald Trump foi derrotado por Joe Biden em 2020 e, em seguida, foi processado e condenado pela Justiça americana. Nestas eleições, o republicano obteve uma vitória confortável no colégio eleitoral e no voto popular, contrariando o resultado apertado indicado pelas pesquisas.

Os bolsonaristas consideram que o ex-presidente tem a chance de repetir, em 2026, a trama do republicano. A possibilidade foi levantada pelo próprio Bolsonaro, em posicionamento no X (antigo Twitter) sobre a vitória do republicano. "Talvez em breve Deus também nos conceda a chance de concluir nossa missão com dignidade e nos devolva tudo o que foi tirado de nós", escreveu.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, qualificou o resultado do pleito como uma resposta do eleitorado americano para questões como melhorias na qualidade de vida, na sensação de segurança e na perspectiva de prosperidade econômica.

"Minha vida melhorou nos últimos 4 anos? Meu salário aumentou? Minha casa está mais segura? O futuro parece promissor? A resposta para cada uma dessas questões foi dada de forma clara. Hoje os brasileiros já se fazem as mesmas perguntas. Qual resposta virá das urnas em 2026? Eu tenho um bom palpite", escreveu o senador no X.

A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) celebrou o resultado da eleição americana citando um verso do rapper americano 50 Cent. Segundo a parlamentar, a vitória de Trump é o começo da "queda dos demônios".

Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento de Bolsonaro e líder da oposição no Senado, "a vitória de Trump representa a derrota da política woke". "Hoje, todos aqueles que acreditam na justiça e na liberdade respiram mais aliviados", afirma o senador.

Marinho diz esperar que o triunfo de Trump "inspire o Brasil" na próxima eleição presidencial. A mesma expressão foi usada por Bolsonaro na publicação em que parabenizou Trump.

Para o deputado federal Éder Mauro (PL-PA), derrotado na campanha à prefeitura de Belém (PA) neste ano, a vitória de Donald Trump é "o maior retorno político da história". Éder Mauro chamou o desempenho do republicano de "barba, cabelo e bigode", aludindo à performance do candidato nos Estados-chave da disputa americana.

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) parabenizou Donald Trump, dizendo que a vitória do republicano o consolida como "o maior líder conservador do mundo", estimando que, à frente dos Estados Unidos, Trump garanta "apoio às tradições judaico-cristãs" do Brasil. "Em 2026, será Jair Bolsonaro", acrescentou.

A vitória de Donald Trump também rendeu comentários de Onyx Lorenzoni, ex-secretário-geral da Presidência de Jair Bolsonaro, e de Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal. "O mundo está endireitando", disse o ex-secretário. Para Zambelli, a eleição presidencial de 2026 "será a nossa vez de nos livrarmos do atraso da esquerda".

A senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) também celebrou a vitória de Trump projetando o próximo pleito presidencial brasileiro. Na publicação, Damares repercutiu outras vitórias eleitorais recentes de líderes de direita, como Nayib Bukele, em El Salvador, e Javier Milei, na Argentina. "2026 é logo ali", disse a senadora.

Além da "repetição" do feito de Trump, os aliados ao ex-presidente esperam que o republicano se manifeste contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pressionando o magistrado brasileiro. Em uma série de publicações celebrando a vitória de Trump, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) provocou o ministro com uma foto de Moraes com o rosto tenso.

Um dos principais financiadores da campanha de Trump foi o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, que está em embate público com Moraes desde abril. O imbróglio entre o juiz e o empresário passou até pelo bloqueio do X no País, vigente por 39 dias, entre setembro e outubro.

Vereador eleito em Belo Horizonte (MG), Pedro Rousseff (PT) foi intimado nesta terça-feira, 5, a depor na Polícia Federal (PF) sobre uma doação feita para sua campanha eleitoral em 2024. O petista, sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmou pelas redes sociais que a denúncia é "ridícula" e "ilegal".

A doação de R$ 60.309 foi realizada com o nome de Pedro Rousseff, que, segundo o vereador eleito, trata-se de seu pai. A única diferença entre os nomes é que ele também possui o sobrenome Farah, que não usa publicamente.

O vereador eleito acusou o delegado Alexandre Leão Batista Silva, responsável pelo caso, de imparcialidade por ter sido secretário de Segurança do governador Romeu Zema (Novo). Procurada pelo Estadão, a PF não respondeu às tentativas de contato. "Como o delegado investiga tudo e não percebe que, no Pix, o CPF do doador não é o meu CPF", afirmou.

Pedro Rousseff afirmou que vai apresentar uma denúncia contra o delegado à Corregedoria da PF. "A Justiça brasileira não pode ser utilizada para perseguir opositores", disse.

Pedro Rousseff foi eleito vereador na capital mineira com 17.595 votos, sendo o sexto mais votado na cidade. Foi a primeira vez que o sobrinho de Dilma concorreu a um cargo eletivo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conduz a sessão de abertura da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, o "P20", nesta quarta-feira, 6, no plenário. São 35 delegações, uma vez que os países com sistema bicameral podem enviar delegação das duas Casas Legislativas.

Participam representantes da África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Canadá, China, França, Índia, Indonésia, Itália, México, Reino Unido, Coreia do Sul, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana.

O P20 tem início nesta quarta e vai até a sexta-feira, 8. Devido ao evento, Lira tem agendas marcadas para toda a tarde.