Biden confirma vinda ao Brasil para participar do G20 no Rio e conhecer a Amazônia sem Lula

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, virá ao Brasil nas próximas semanas para participar da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira, dia 7. O evento, que reunirá líderes globais na capital fluminense, está marcado para os dias 18 e 19 de novembro.

Um dia antes, Biden será o primeiro presidente dos EUA, ainda no exercício do cargo, a fazer uma visita à Amazônia. Ele desembarcará em Manaus (AM), no dia 17. Segundo a Casa Branca, o presidente democrata quer conversar com lideranças locais, indígenas e outros que se dedicam à preservação do bioma.

Essa perna da viagem em solo brasileiro estava sendo negociada há meses com o Palácio do Planalto. A ideia era que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o encontrasse na floresta amazônica, aos moldes do que fez em março deste ano com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Belém (PA). Mas isso não vai ocorrer.

Lula não viajará ao encontro de Biden - eles vão se reunir bilateralmente apenas à margem do G20 no Rio. O norte-americano quer reforçar a liderança dos EUA em diretos dos trabalhadores - pauta que os une - e crescimento econômico sustentável. Biden confirmou que os EUA vão fazer parte da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza no G20.

"Durante o evento, o presidente Biden destacará a proposta dos EUA para os países em desenvolvimento e liderará o G20 para trabalhar em conjunto no enfrentamento de desafios globais compartilhados, como a fome e a pobreza, mudanças climáticas, ameaças à saúde e a dívida dos países em desenvolvimento", informou a diplomacia norte-americana.

Lula e Biden conversaram ao telefone nesta quinta-feira por cerca de 30 minutos para discutir a preparação da cúpula no Rio e combinaram de se reunir durante o G20. A Presidência da República confirmou ao Estadão que Lula não irá a Manaus.

O plano do governo federal é que o presidente brasileiro viaje ao Rio para o encerramento da Cúpula Social do G20, no dia 16. Além disso, Lula tem evitado deslocamentos de avião por precaução médica, uma cautela que ainda tem a ver com o acidente doméstico do mês passado, quando caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e teve um corte na nuca. Biden desejou recuperação completa a Lula.

"Lula reiterou a amizade e admiração pelo presidente Biden e observou o excelente momento das relações Brasil-EUA nos últimos anos. Ambos destacaram a importância da iniciativa bilateral pela promoção do trabalho decente no mundo - a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores - e a convergência de prioridades entre os dois governos para a promoção da transição energética. Biden enalteceu a importância do Brasil para a preservação das florestas tropicais e para o combate à mudança do clima", relatou o Planalto.

De acordo com a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre, Biden pretende vir ao evento no Brasil depois de ir à cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que está marcada para os dias 10 a 16 de novembro em Lima, capital do Peru. "Ele está planejando comparecer às duas conferências", disse a porta-voz.

A vinda de Biden ao Brasil ocorre dois meses antes do democrata deixar a Casa Branca, que será assumida por Donald Trump. Conforme diplomatas ouvidos pelo Estadão, o governo Lula, que quer construir uma relação pragmática com o republicano, levantou a possibilidade de estender o convite à cúpula no Rio para Trump ou um representante do futuro governo, o que exigiria um entendimento entre Biden e Trump, similar ao que ocorreu no passado entre a ex-chanceler alemã Angela Merkel e seu sucessor Olaf Scholz.

Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou expectativa sobre a presença do presidente americano no País. Para jornalistas, ao deixar a missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) durante a semana da Assembleia-Geral, o petista declarou: "Vamos ver se o Biden vai para a Amazônia".

Outras lideranças como a nova presidente do México, Claudia Sheinbaum e o presidente argentino, Javier Milei também já confirmaram presença no Rio de Janeiro. Em contrapartida, o presidente russo, Vladimir Putin, que corre risco de ser preso sob ordem do TPI caso venha ao Brasil, e o ucraniano Volodmir Zelenski não estarão presentes.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), realizou uma harmonização facial para reduzir a flacidez e as olheiras. Fotos do "antes e depois" viralizaram nas redes sociais nesta quinta-feira, 7. O procedimento foi feito em uma clínica estética na Vila Nova Conceição, zona sul da capital, poucos dias após o emedebista conquistar a reeleição.

O resultado do procedimento estético foi publicado no Instagram da clínica JK Estética Avançada, que, além da unidade em São Paulo, possui outras duas: no Rio de Janeiro e em Balneário Camboriú. Conhecida por atender influenciadores e subcelebridades, como o funkeiro MC Bin Laden, a clínica apagou o post no mesmo dia.

Procurada pelo Estadão, a JK Estética Avançada informou que o procedimento realizado no prefeito foi um "presente". Questionada sobre o motivo de a publicação ter sido apagada, a clínica não respondeu. A Prefeitura também foi contatada, mas não havia dado um retorno até a publicação deste texto.

Em entrevista à revista Quem, o especialista em harmonização facial Karim Salman falou sobre o procedimento realizado no prefeito. Segundo Salman, Nunes procurou a clínica queixando-se de flacidez na pele e de uma "bolsa" abaixo dos olhos. "Ele foi muito simpático e deixou aos meus cuidados o planejamento para promover um rejuvenescimento", afirmou.

No Instagram da clínica, a foto do prefeito era acompanhada pela legenda: "Com muito carinho e dedicação, realizamos um tratamento facial especial para o nosso prefeito, reforçando nosso compromisso em cuidar da estética de líderes que representam nossa cidade".

Uma caminhada realizada nesta quarta-feira, 6, para comemorar a vitória de Edézio Ferreira (PV) à prefeitura de Bom Conselho (PE), a cerca de 275 quilômetros de Recife, acabou em tiro.

Um disparo que, segundo o Partido Verde (PV), tinha como alvo o prefeito eleito atingiu o primo dele, Tiago Ferreira, no pescoço. Pelas redes sociais, o empresário afirmou estar "bem demais" e agradeceu as mensagens de recuperação.

Em nota, o PV classificou o ocorrido como um "atentado covarde" e pediu que as autoridades façam "uma apuração rigorosa e rápida dos fatos.

"Exigimos das autoridades competentes, especialmente da governadora Raquel Lyra e do ministro Ricardo Lewandowski, uma apuração rigorosa e rápida dos fatos, com total transparência e comprometimento para que os responsáveis sejam identificados e punidos exemplarmente", disse a sigla.

A executiva pernambucana do Partido dos Trabalhadores (PT), à qual é filiada a vice eleita, Cintia Anselmo, também lamentou o fato, afirmando que "em uma sociedade democrática não há espaço para a violência".

"Não permitiremos que o ódio prevaleça e seguiremos firmes na luta por uma sociedade mais justa, pacífica e comprometida com a liberdade e a dignidade de todas, todes e todos", diz a nota do partido.

Edézio, que disputou a prefeitura com Danniel Godoy (PP), Coronel Alexandre Bilica (PDT) e Renato Macarrão (Agir), foi eleito com 13.258 votos (50,84% dos votos válidos) e substituirá João Lucas Cavalcante (PSB) - para quem perdeu a eleição em 2020 - na chefia do Executivo da cidade.

O Tribunal de Ética da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) suspendeu a advogada Caroline Azeredo em meio às investigações sobre a venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A suspensão é temporária. Ela pode ter o registro cassado se ficar comprovado o envolvimento com o suposto esquema.

Caroline foi denunciada pelo ex-marido por supostamente negociar decisões junto ao gabinete da ministra Nancy Andrighi, como revelou a revista Veja. Ela se apresenta como "advogada especialista em tribunais superiores".

O Estadão entrou em contato com a advogada, mas não houve retorno até a publicação da reportagem. Em nota enviada à imprensa quando o caso veio a público, Caroline negou irregularidades, disse ser vítima de "vingança pessoal" e afirmou que acredita que as negociações tenham sido feitas por uma pessoa homônima.

Um dos casos sob investigação envolve o deputado distrital Wellington Luiz (MDB), presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele afirmou em depoimento que recusou uma proposta, feita em nome da advogada, para comprar uma decisão em um processo relatado pela ministra Nancy Andrighi.

A Polícia Federal investiga se auxiliares de gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça efetivamente negociaram decisões e se os ministros tinham conhecimento do suposto esquema.

Os magistrados negam ilegalidades. O STJ investiga quatro servidores. A Corte informou que, até o momento, não encontrou indícios de envolvimento de ministros.

A ministra Nancy Andrighi pediu que assessores de seu gabinete fossem investigados.

"Não posso dizer o que sente um juiz com 48 anos de magistratura quando se vê numa situação tão estranha como essa. O importante é que já foi localizada a pessoa, respondeu uma sindicância e está aberto o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) no tribunal", disse a ministra em sessão da Terceira Turma do STJ no último dia 8.