Putin parabeniza Trump e diz que está disposto a retomar contato com republicano

Internacional
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o republicano Donald Trump, que ganhou as eleições presidenciais americanas, indicaram, nesta quinta-feira, 7, que estão dispostos a retomar o contato.

"Se alguém quer retomar o contato, não será um incômodo. Eu estou disposto", declarou o líder russo durante fórum de discussão Valdai, na cidade russa de Sochi.

Trump, por sua vez, sugeriu que provavelmente vai falar com Putin, segundo a NBC News. O republicano disse ter falado "provavelmente" com 70 líderes mundiais desde sua vitória eleitoral, mas ainda não conversou com Putin. "Acho que falaremos", disse.

Em seus primeiros comentários sobre o resultado das eleições americanas, Putin ainda parabenizou Trump e elogiou a coragem do republicano durante a tentativa de assassinato em julho. "Seu comportamento no momento de uma tentativa contra sua vida me impressionou. Ele se mostrou um homem corajoso", disse Putin. "Ele se manifestou de maneira muito correta, bravamente, como um homem", acrescentou.

Quanto ao que espera de uma segunda administração Trump, Putin afirmou: "Não sei o que vai acontecer agora. Não faço ideia". Embora Trump seja conhecido por sua admiração por Putin, o líder russo destacou repetidamente que, durante o primeiro mandato de Trump, houve "tantas restrições e sanções contra a Rússia como nenhum outro presidente já havia introduzido antes dele."

Desde o início da guerra na Ucrânia, o governo de Joe Biden manteve política de forte apoio a Kiev, com fornecimento de armas e outros recursos para que as tropas de Volodmir Zelenski enfrentassem a Rússia. Mas Trump, que é crítico ao gasto que os Estados Unidos têm com a defesa de seus aliados, sugeriu que diminuiria tal apoio, o que é visto com bons olhos pela Rússia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na quinta-feira que o Kremlin não descarta a possibilidade de um contato entre Putin e Trump antes da posse, uma vez que Trump "disse que ligaria para Putin antes da posse". Peskov enfatizou que Moscou vê os EUA como um país "hostil" e diretamente envolvido no conflito ucraniano. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), realizou uma harmonização facial para reduzir a flacidez e as olheiras. Fotos do "antes e depois" viralizaram nas redes sociais nesta quinta-feira, 7. O procedimento foi feito em uma clínica estética na Vila Nova Conceição, zona sul da capital, poucos dias após o emedebista conquistar a reeleição.

O resultado do procedimento estético foi publicado no Instagram da clínica JK Estética Avançada, que, além da unidade em São Paulo, possui outras duas: no Rio de Janeiro e em Balneário Camboriú. Conhecida por atender influenciadores e subcelebridades, como o funkeiro MC Bin Laden, a clínica apagou o post no mesmo dia.

Procurada pelo Estadão, a JK Estética Avançada informou que o procedimento realizado no prefeito foi um "presente". Questionada sobre o motivo de a publicação ter sido apagada, a clínica não respondeu. A Prefeitura também foi contatada, mas não havia dado um retorno até a publicação deste texto.

Em entrevista à revista Quem, o especialista em harmonização facial Karim Salman falou sobre o procedimento realizado no prefeito. Segundo Salman, Nunes procurou a clínica queixando-se de flacidez na pele e de uma "bolsa" abaixo dos olhos. "Ele foi muito simpático e deixou aos meus cuidados o planejamento para promover um rejuvenescimento", afirmou.

No Instagram da clínica, a foto do prefeito era acompanhada pela legenda: "Com muito carinho e dedicação, realizamos um tratamento facial especial para o nosso prefeito, reforçando nosso compromisso em cuidar da estética de líderes que representam nossa cidade".

Uma caminhada realizada nesta quarta-feira, 6, para comemorar a vitória de Edézio Ferreira (PV) à prefeitura de Bom Conselho (PE), a cerca de 275 quilômetros de Recife, acabou em tiro.

Um disparo que, segundo o Partido Verde (PV), tinha como alvo o prefeito eleito atingiu o primo dele, Tiago Ferreira, no pescoço. Pelas redes sociais, o empresário afirmou estar "bem demais" e agradeceu as mensagens de recuperação.

Em nota, o PV classificou o ocorrido como um "atentado covarde" e pediu que as autoridades façam "uma apuração rigorosa e rápida dos fatos.

"Exigimos das autoridades competentes, especialmente da governadora Raquel Lyra e do ministro Ricardo Lewandowski, uma apuração rigorosa e rápida dos fatos, com total transparência e comprometimento para que os responsáveis sejam identificados e punidos exemplarmente", disse a sigla.

A executiva pernambucana do Partido dos Trabalhadores (PT), à qual é filiada a vice eleita, Cintia Anselmo, também lamentou o fato, afirmando que "em uma sociedade democrática não há espaço para a violência".

"Não permitiremos que o ódio prevaleça e seguiremos firmes na luta por uma sociedade mais justa, pacífica e comprometida com a liberdade e a dignidade de todas, todes e todos", diz a nota do partido.

Edézio, que disputou a prefeitura com Danniel Godoy (PP), Coronel Alexandre Bilica (PDT) e Renato Macarrão (Agir), foi eleito com 13.258 votos (50,84% dos votos válidos) e substituirá João Lucas Cavalcante (PSB) - para quem perdeu a eleição em 2020 - na chefia do Executivo da cidade.

O Tribunal de Ética da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) suspendeu a advogada Caroline Azeredo em meio às investigações sobre a venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A suspensão é temporária. Ela pode ter o registro cassado se ficar comprovado o envolvimento com o suposto esquema.

Caroline foi denunciada pelo ex-marido por supostamente negociar decisões junto ao gabinete da ministra Nancy Andrighi, como revelou a revista Veja. Ela se apresenta como "advogada especialista em tribunais superiores".

O Estadão entrou em contato com a advogada, mas não houve retorno até a publicação da reportagem. Em nota enviada à imprensa quando o caso veio a público, Caroline negou irregularidades, disse ser vítima de "vingança pessoal" e afirmou que acredita que as negociações tenham sido feitas por uma pessoa homônima.

Um dos casos sob investigação envolve o deputado distrital Wellington Luiz (MDB), presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele afirmou em depoimento que recusou uma proposta, feita em nome da advogada, para comprar uma decisão em um processo relatado pela ministra Nancy Andrighi.

A Polícia Federal investiga se auxiliares de gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça efetivamente negociaram decisões e se os ministros tinham conhecimento do suposto esquema.

Os magistrados negam ilegalidades. O STJ investiga quatro servidores. A Corte informou que, até o momento, não encontrou indícios de envolvimento de ministros.

A ministra Nancy Andrighi pediu que assessores de seu gabinete fossem investigados.

"Não posso dizer o que sente um juiz com 48 anos de magistratura quando se vê numa situação tão estranha como essa. O importante é que já foi localizada a pessoa, respondeu uma sindicância e está aberto o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) no tribunal", disse a ministra em sessão da Terceira Turma do STJ no último dia 8.