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Gilmar arquiva investigação sobre Aécio por sonegação na campanha de 2014

Política
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou nesta terça-feira, 24, o arquivamento de uma investigação contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por suposta sonegação fiscal na campanha presidencial de 2014. A decisão monocrática considerou que o inquérito da Polícia Federal, aberto em 2020, ainda não apresentou qualquer sinalização de desfecho, apontando excesso de prazo na investigação.

 

Para o ministro, a autoridade policial ainda não reuniu provas sobre os fatos supostamente praticados há mais de dez anos, na campanha de 2014, que justifiquem o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público. "A tramitação do feito por prazo desarrazoado - inquérito em trâmite por mais de cinco anos, para apurar fatos praticados, em tese, há mais de dez anos - importa em flagrante constrangimento ilegal, que deve ser reparado por meio da concessão de habeas corpus", determinou.

 

Segundo os autos, Aécio Neves era investigado por emitir contratos e notas fiscais falsas durante a prestação de contas da campanha presidencial de 2014. A autoridade policial estima que o então candidato deixou de declarar despesas estimadas em R$ 2,5 milhões à Justiça Eleitoral. A apuração teve início a partir da delação premiada de Elon Gomes de Almeida, ex-diretor de uma empresa do grupo Qualicorp, que alegou ter feito doações de campanha ocultas para diversos candidatos à Presidência.

 

Gilmar Mendes considerou que os documentos apresentados pelos advogados de Aécio Neves demonstraram ilegalidades no processo investigatório. O magistrado destacou que a Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia reconhecido que a competência do caso não caberia ao Supremo - uma vez que os indícios não estavam relacionados ao mandato de Aécio Neves -, requisitou um Relatório de Inteligência Financeira ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

 

Para ele, o ato investigativo foi praticado por uma autoridade que não detinha atribuição legal. Além disso, o ministro argumentou que a atuação irregular produziu elementos de prova que, ao lado do depoimento de Elon Gomes de Almeida, estão sendo utilizados pela Polícia Federal como justificativa para o prosseguimento do inquérito.

 

"A PGR deveria ter se limitado a enviar os autos para as autoridades competentes, sem prosseguir nas investigações. Isso parece ter sido afrontado com a determinação de juntada aos autos de Relatório de Inteligência Financeira (RIF) produzido pelo COAF a pedido da própria PGR, em afronta às regras constitucionais e legais de definição do órgão do Ministério Público com atribuição para atuar na investigação criminal", considerou.

 

O ministro também ressaltou que houve um excesso de prazo nas investigações, sem indícios de resolução. A decisão cita que o inquérito foi instaurado em março de 2020 para investigar fatos relacionados à campanha de 2014, sem qualquer sinalização de desfecho do caso. Mendes classificou a demora como um "flagrante constrangimento ilegal", que deve ser reparado por meio da concessão de habeas corpus.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a responsabilizar nesta segunda-feira, 14, o ex-líder norte-americano, Joe Biden, e o atual mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo conflito na Ucrânia. "Se Biden e Zelensky fossem competentes, a guerra não teria começado", disse. "Agora temos um país Ucrânia que perdeu 25% de seu território. E eram partes importantes."

A culpa, segundo ele, "é de todos, de Biden e Zelensky, que não conseguiram parar a guerra, e do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que nunca devia ter começado o conflito".

Ele prometeu novas propostas "muito em breve" para acabar com a guerra.

Irã

Em coletiva de imprensa ao lado do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, Trump confirmou uma nova rodada de negociações com o Irã no próximo sábado. "O Irã quer negociar com a gente, mas ainda não sabe como", afirmou.

Ele disse ainda que o país "não pode ter armamento nuclear, é muito simples" e prometeu agir com firmeza caso veja necessidade: "Se tivermos que fazer algo mais duro contra o Irã, faremos."

O presidente norte-americano também elogiou Bukele, dizendo ter "ótima relação" com ele. "Tem todo meu apoio."

Confronto com a CNN

A relação com a imprensa, em especial com a CNN, seguiu tensa. Trump recusou sucessivas perguntas do canal, acusando-o de "fake news" e de "não gostar do país". "Por isso mais ninguém assiste vocês. Próxima pergunta", disparou, ao ser questionado sobre política externa e deportações.

Ele manteve o padrão durante toda a coletiva, interrompendo repórteres da emissora e se recusando a responder temas sensíveis.

A empresa responsável pelo helicóptero turístico que partiu no ar e caiu de cabeça para baixo no rio Hudson, na cidade de Nova York, na última quinta-feira, 10, está "encerrando suas operações imediatamente", informou a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) em comunicado publicado no X (antigo Twitter) noite deste domingo, 13.

"Além disso, a FAA iniciará uma revisão imediata da licença e do histórico de segurança da operadora de turismo", completou a agência governamental.

O acidente, que é um dos mais recentes desastres aéreos do país, matou o piloto e uma família de cinco turistas espanhóis. No dia seguinte à tragédia em Nova York, outras três pessoas também morreram após a queda de um avião de pequeno porte próximo ao Aeroporto de Boca Raton, na Flórida.

No comunicado, a FAA também diz estar "analisando pontos críticos de acidentes envolvendo aviões/helicópteros em todo o país". A agência vai realizar um painel sobre segurança de helicópteros no próximo dia 22 de abril "para discutir as descobertas, os riscos e as opções adicionais de mitigação".

Tragédias aéreas têm se tornado frequentes nos EUA. Em março, um avião com cinco pessoas a bordo caiu em um estacionamento de lar para idosos na Pensilvânia: todos que estavam no avião sobreviveram à queda e ninguém foi atingido em solo.

Em janeiro, outros dois incidentes: um avião da American Airlines colidiu no ar com um helicóptero militar matando 67 pessoas. No dia seguinte, um avião de transporte médico com seis pessoas a bordo caiu em uma área urbana da Filadélfia. Além das pessoas que estavam na aeronave, em solo, uma pessoa morreu e outras 19 ficaram feridas.

Um adolescente dos Estados Unidos acusado pela morte dos pais teria cometido os crimes para "obter meios financeiros" para assassinar o presidente Donald Trump e derrubar o governo, segundo um mandado federal recentemente divulgado.

Nikita Casap, de 17 anos, foi acusado no mês passado pelas autoridades do condado de Waukesha por homicídio doloso em primeiro grau, roubo e outros crimes relacionados à morte de sua mãe, Tatiana Casap, e de seu padrasto, Donald Mayer. As autoridades afirmam que o adolescente atirou neles em casa, nos arredores de Milwaukee, em fevereiro, e conviveu com os corpos em decomposição por semanas antes de fugir com US$ 14 mil em dinheiro, passaportes e o cachorro da família. Ele foi preso no mês passado no Estado do Kansas.

Casap está sob custódia na cadeia do condado de Waukesha, com fiança estipulada em US$ 1 milhão, e deve comparecer ao tribunal no próximo mês para apresentar sua defesa. Promotores do condado deram uma prévia das acusações federais, que estão descritas em um mandado do FBI que veio a público na sexta-feira, 11.

As autoridades federais acusam Casap de ter planejado o assassinato dos pais, comprado um drone e explosivos, e compartilhado seus planos com outras pessoas, incluindo um falante de russo. Suas intenções estão detalhadas em um manifesto antissemita de três páginas no qual elogia Adolf Hitler. O mandado, registrado no tribunal federal de Milwaukee, também contém trechos de comunicações feitas pelo TikTok e pelo aplicativo Telegram.

"Casap parece ter escrito um manifesto pedindo o assassinato do presidente dos Estados Unidos. Ele estava em contato com outras pessoas sobre seu plano de matar o presidente e derrubar o governo dos EUA", afirma o mandado de busca. "O assassinato dos pais parece ter sido uma tentativa de obter autonomia e os meios financeiros necessários para executar seu plano."

Plano de fuga para a Ucrânia

No tribunal, os promotores alegaram que Casap estava em contato com uma pessoa que fala russo e compartilhou com ela um plano de fuga para a Ucrânia. As autoridades o encontraram no Kansas com dinheiro, passaportes, um carro e o cachorro da família.

Promotores federais alegaram que o manifesto de Casap detalhava suas motivações para querer matar Trump e incluía ideias sobre como viveria na Ucrânia. Citando os escritos de Casap, o mandado federal afirma que o adolescente queria provocar o colapso do governo "eliminando o presidente e, talvez, o vice-presidente".

A Associated Press tentou entrar em contato com a defensora pública de Casap, Nicole Ostrowski, tanto por telefone quanto por mensagens online, pedindo que ela comentasse o caso. No tribunal, no mês passado, ela entrou com um pedido para rejeitar algumas das acusações contra seu cliente, incluindo a de roubo, argumentando que os promotores não apresentaram provas suficientes. Ela também destacou a idade de Casap durante a audiência. "Ele é jovem, ainda está no ensino médio", disse ela em 12 de março.

As autoridades do condado também acusaram Casap de ocultação de cadáver, roubo e uso indevido de identificação para obtenção de dinheiro. Os corpos de Tatiana Casap, 35 anos, e Mayer, 51 anos, foram encontrados no dia 28 de fevereiro. Familiares pediram uma verificação de bem-estar após Mayer não comparecer ao trabalho e Nikita Casap faltar às aulas por cerca de duas semanas.

As autoridades acreditam que os pais foram mortos semanas antes. Promotores disseram em tribunal que os corpos do casal estavam tão decompostos que precisaram ser identificados por registros dentários.