Biden diz respeitar escolha do povo e promete transição pacífica de poder

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Um dia após a derrota de sua vice e candidata à presidência, Kamala Harris, o presidente, Joe Biden, pediu nesta quinta-feira, 7, que os americanos aceitem a eleição de Donald Trump e prometeu uma transferência de poder ordenada, honrando a Constituição e respeitando a escolha dos eleitores.

O democrata defendeu a integridade do sistema eleitoral americano e prometeu uma transição pacífica, algo que não ocorreu da última vez, quando Trump se recusou a reconhecer a derrota e incitou apoiadores contra o Capitólio, durante a certificação de Biden como presidente.

"As pessoas votam, escolhem os seus próprios líderes e fazem isso pacificamente. Na democracia, a vontade do povo sempre prevalece", disse Biden, destacando que conversou com o presidente eleito na noite anterior e o parabenizou. "Eu garanti que toda o meu governo vai trabalhar com a equipe dele para garantir uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece."

"A campanha foi uma disputa de visões opostas", seguiu o democrata. "Aceitamos a escolha que as pessoas fizeram. Eu disse muitas vezes: você não pode amar o seu país só quando ganha. Não pode amar o seu vizinho só quando concorda. Algo que eu espero que possamos fazer, independentemente de em quem você votou, é ver os outros não como adversários, mas como americanos - reduzam a temperatura."

Legado

Biden também defendeu seu legado, apesar da baixa aprovação e do desejo de mudança expressado pelos americanos nas eleições em que os republicanos conquistaram a Casa Branca, a maioria no Senado e lideram a apuração para a Câmara. "Foi um presidência histórica. Não porque sou presidente, mas por tudo que fizemos, do que vocês fizeram", disse ele, afirmando que as mudanças serão sentidas na vida dos americanos ao longo dos próximos anos. "Vamos ficar bem, mas precisamos continuar engajados, seguir adiante e, acima de tudo, precisamos manter a fé."

O presidente já havia feito uma declaração por escrito na quarta-feira, 6, quando descreveu Kamala como "uma tremenda parceira e servidora pública cheia de integridade, coragem e caráter". Sem mencionar Trump no comunicado, Biden observou que sua vice-presidente entrou na campanha em "circunstâncias extraordinárias", um aceno à sua desistência da disputa, e afirmou que colocá-la na chapa, em 2020, foi a melhor decisão que ele tomou.

Kamala

Biden acrescentou que Kamala "se destacou e liderou uma campanha histórica que incorporou o que é possível quando guiada por uma forte bússola moral e uma visão clara de uma nação mais livre, mais justa e com muito mais oportunidades para todos os americanos".

Na quarta-feira, Kamala reconheceu, em um discurso rápido, sua derrota e também citou a transição pacífica de poder. "As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição", disse. "Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória", disse Kamala, em meio a vaias da plateia após o nome do republicano ser mencionado.

Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, disse na quarta-feira que, na ligação de Kamala ao republicano, o presidente eleito elogiou "sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha", após aceitar seus parabéns. Biden chegou a convidar Trump para ir a Casa Branca tratar da transição, segundo o assessor do republicano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu início à sessão de encerramento da 10ª Cúpula dos Parlamentos do G20, o P20, pouco antes das 11h30 desta sexta-feira, 8, no Congresso Nacional.

Lira comunicou a ausência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por "questões familiares". Ele também agradeceu o "espírito construtivo" dos envolvidos com o P20. Na ocasião, o evento adotou uma Declaração Conjunta dos Parlamentos "por um mundo justo e um planeta sustentável".

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou, nesta sexta-feira, 8, o encerramento da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, o P20, realizado desde o dia 6 de novembro, no Congresso Nacional. Em seu pronunciamento final, Lira ressaltou "a importância crescente do diálogo num mundo marcado pela volatilidade do equilíbrio geopolítico".

E declarou: "O diálogo entre as nações é um meio fundamental para atingirmos esse objetivo. Não há, porém, justiça com pessoas passando fome. Não há justiça quando a pobreza e a desigualdade estão presente na vida de bilhões de seres humanos.".

Lira defendeu ainda o "desenvolvimento sustentável" e mencionou medidas aprovadas na Câmara em relação ao tema.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ausentou-se da sessão de encerramento, devido ao falecimento do seu pai, Helio Cota Pacheco, ocorrido de madrugada, em Belo Horizonte.

Aos participantes do P20, foi entregue a Carta de Alagoas, elaborada em julho por deputadas e senadoras de 26 países, em Maceió. O documento trata de recomendações para a igualdade entre homens e mulheres.

O P20 antecede a reunião do G20, marcada para 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O evento terá a participação dos chefes de Estado dos países que integram o grupo.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não participa da sessão de encerramento da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20) nesta sexta-feira, 8, por causa da morte de seu pai, Helio Cota Pacheco.

"O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não participa da sessão de encerramento da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), marcada para esta sexta-feira (8), em razão do falecimento de seu pai, o senhor Helio Cota Pacheco, ocorrido nesta madrugada, em Belo Horizonte", afirmou a assessoria de imprensa da presidência do Senado, em nota, nesta sexta.

A presença de Pacheco era esperada para o encerramento do evento. Na abertura da sessão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que o presidente do Senado não participaria mais, mas não deu detalhes sobre o motivo.