Biden encontra líderes da Coreia do Sul e Japão em meio a temores com Coreia do Norte

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai se reunir com o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, nesta sexta-feira, 15, em meio a preocupações com a parceria militar da Coreia do Norte com a Rússia e o ritmo crescente de testes de mísseis balísticos por Pyongyang.

A reunião, à margem da cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, no Peru, ocorre paralelamente ao envio, pela Coreia do Norte, de tropas à Rússia para ajudar Moscou na tentativa de recuperar territórios na região de Kursk tomados pela Ucrânia.

Além disso, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, ordenou uma série de testes de mísseis balísticos antes das eleições norte-americanas deste mês, e alega progresso no desenvolvimento de capacidade para atacar o território continental dos EUA.

Autoridades dos EUA estão preocupadas que Pyongyang possa realizar ações provocativas antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, e nos primeiros dias de seu governo.

"Não acho que podemos contar com um período de silêncio com a RPDC (Coreia do Norte)", disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. "A possibilidade de um sétimo teste nuclear continua sempre presente e estamos vigilantes. As transições de governos são historicamente períodos em que a RPDC toma atitudes provocativas."

Até 12.000 soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia, de acordo com informações de inteligência dos EUA, Coreia do Sul e Ucrânia. Fontes de inteligência dos EUA e da Coreia do Sul dizem também que a Coreia do Norte forneceu à Rússia quantidades significativas de munições.

Sullivan acrescentou que os líderes dos EUA, Japão e Coreia do Sul vão usar a reunião para garantir que os três países atuem de "maneira coordenada".

Sullivan disse ainda que o governo Biden trabalha para garantir que a cooperação entre os três países seja "uma característica duradoura da política americana". Ele espera que isso continue sob Trump, observando o apoio bipartidário à iniciativa, mas reconheceu que isso depende da equipe do novo presidente.

Biden se encontrará também com a presidente peruana, Dina Boluarte, nesta sexta-feira.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta sexta, 7, ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação pedindo celeridade e prioridade para o julgamento que discute a responsabilidade das redes sociais por conteúdos publicados pelos usuários. Na petição, o órgão citou preocupação com as alterações promovidas na política de moderação de conteúdo da Meta, anunciadas em janeiro.

"Revela-se premente a conclusão do julgamento, por essa Suprema Corte, do mérito do presente recurso extraordinário, a fim de que - ao definir balizas seguras para a responsabilização dos provedores de aplicações por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros - se promova um ambiente digital seguro e caracterizado pelo respeito aos direitos fundamentais e aos valores democráticos", defende a AGU.

A análise começou no final do ano passado e foi suspensa por pedido do ministro André Mendonça em 18 de dezembro. Ele tem 90 dias para devolver o processo para julgamento, sem contar o período de recesso do Judiciário (entre 20 de dezembro e 31 de janeiro). O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, já disse que o julgamento será pautado assim que Mendonça liberar.

Estão em discussão duas ações que questionam o artigo 19 do Marco Civil da Internet. O dispositivo isenta as plataformas de responsabilização por conteúdos publicados por terceiros. No regime atual, as redes sociais apenas respondem por danos causados pelas postagens caso elas descumpram uma ordem judicial de remoção. Há duas exceções: violação aos direitos autorais e divulgação de fotos íntimas sem consentimento.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que não pretende pautar um pedido de impeachment do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por suposta pedalada fiscal no programa Pé-de-Meia. "Não está nosso horizonte movimentos de trazer instabilidade ao País", disse, durante entrevista à rádio Arapuan FM João Pessoa nesta sexta-feira, 7.

Sobre as eleições de 2026, Motta menciona Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como líderes, num cenário ainda polarizado e apertado.

Ele também afirmou que possui dúvidas se o capitão reformado poderá disputar ou se apoiará alguém.

O presidente da Câmara também adiantou que pretende colocar a pauta da segurança pública na ordem do dia, endurecendo penas para os crimes. "O parlamento precisa entender que precisamos tratar como uma questão de Estado ou nós vamos em cinco, dez, 15 anos, presenciar um Brasil dominado por facções", disse.

Em relação às emendas parlamentares, que vem gerando atritos entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF), sobretudo o ministro Flávio Dino, Motta pontua que a Casa não abre mão de liberar emendas.

"Hoje o Poder mais transparente é o nosso. Não tenho receio de dizer isso. Essa transferência não pode ser relativa apenas ao Poder Legislativo. Nós somos mais fracos que o Judiciário ou Executivo?", disse o presidente da Câmara. "Somos iguais. Independentes. Transparência para todos é o que a sociedade pede."

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, anunciou na quinta-feira, 6, a candidatura do prefeito do Recife (PE), João Campos, para sucedê-lo na liderança do partido. A decisão foi comunicada durante reunião do Diretório Nacional, que ocorreu de forma presencial e virtual.

João Campos, que tem 31 anos, deve ter seu nome apresentado no 16º Congresso Nacional do PSB, marcado para os dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. Siqueira defendeu a escolha como parte de uma renovação interna.

"Um jovem muito promissor, que tem na sua juventude uma maturidade extraordinária, esta é uma mudança geracional necessária e que aponta para uma perspectiva muito positiva para o PSB", afirmou.

A reunião contou com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, e dos governadores Renato Casagrande, do Espírito Santo, e João Azevêdo, da Paraíba.

Siqueira elogiou Campos por sua atuação política e capacidade de comunicação num cenário de polarização. "Com a juventude que João representa e um programa moderno que conseguimos construir na autorreforma do PSB, acredito que o partido se projeta com força para futuras disputas", disse.

O presidente do PSB também destacou que João Campos se adapta bem ao ambiente digital e tem domínio sobre novas formas de comunicação. "Acredito que à frente do partido, com o apoio de todos os companheiros, como aconteceu comigo, João cumprirá um papel importante em favor do crescimento do partido."

Siqueira aproveitou a ocasião para se despedir do cargo. Ele está à frente da sigla desde 2014, quando assumiu após a morte do ex-governador Eduardo Campos. "O agradecimento que faço hoje é comovido. Estou feliz, sei que cometi erros, peço desculpas por eles porque somos humanos e, naturalmente, ninguém é perfeito, muito menos eu", afirmou.

O dirigente ressaltou que, apesar das mudanças de liderança, o partido segue fortalecido. "São as pessoas que fazem a instituição, mas a instituição vai subsistir e continuar sua história, nada obstante às pessoas que são importantes, mas que partem ou deixam suas funções, como é o meu caso em maio próximo", disse.

Durante a reunião, também foram aprovadas as datas dos congressos municipais, estaduais e nacional do partido em 2025. Os encontros zonais, municipais e distritais ocorrerão entre 1.º e 31 de março, e os estaduais entre 1.º e 30 de abril.

O tema central do 16.º Congresso Nacional será "Brasil - Potência Criativa e Sustentável", com debates sobre conjuntura política, fortalecimento do partido para as eleições de 2026, economia verde e multilateralismo.

O evento também contará com uma homenagem ao pianista Arthur Moreira Lima, filiado ao PSB, que morreu em outubro de 2024, e ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela.