Alerta de tsunami após terremoto para Califórnia é suspenso nos EUA

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A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA informou que foram suspensos os alertas de tsunami para a região da Califórnia, onde um forte terremoto foi sentido no período da tarde (pelo horário de Brasília) desta quinta-feira, 5.

Segundo a NOAA, não há ameaça iminente.

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A Polícia Federal (PF) afirma que a rede social X vem permitindo que usuários financiem perfis bloqueados no Brasil por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A PF cita contas ligadas ao blogueiro Allan dos Santos, ao empresário Paulo Figueiredo Filho e ao jornalista Rodrigo Constantino.

A reportagem busca contato com o X e com os perfis citados no relatório da Polícia Federal.

A equipe de investigação da PF identificou que, apesar do bloqueio judicial, usuários conseguem acessar os perfis para apoiá-los por meio da funcionalidade assinatura. No caso de Allan dos Santos, também é possível fazer doações com criptomoedas, segundo a Polícia Federal.

"Ao invés de apenas ser exibida a mensagem indicando que a conta está retida, os perfis exibem alguns botões e informações que permitem, no Brasil, sem uso de VPN, aos usuários financiarem / apoiarem essas contas por meio da assinatura da plataforma X e, no caso de Allan Lopes dos Santos, o fornecimento de um endereço para o recebimento de valores em Bitcoin", diz o relatório da Polícia Federal.

Os investigadores afirmam ainda que foi identificada a exibição indevida de postagens da conta @allanldsantos para usuários no Brasil, mesmo sem o uso de VPN - ferramenta que permite omitir a localização de acesso à internet.

O relatório foi enviado em uma investigação aberta no ano passado depois que o empresário Elon Musk, dono do X, criticou decisões do ministro Alexandre de Moraes, classificadas por ele como "censura", e ameaçou devolver contas bloqueadas na plataforma por ordem do STF.

Em abril de 2024, a PF já havia identificado o descumprimento dos bloqueios impostos por Moraes. Segundo a Polícia Federal, o X flexibilizou restrições a perfis bloqueados e permitiu que as contas fizessem transmissões ao vivo na plataforma.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no final da manhã desta quinta-feira, 20, com o prefeito de Recife, João Campos (PSB), o ministro da Educação, Camilo Santana, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. O encontro ocorreu às 11h30. Este é o único compromisso que consta da agenda da Presidência da República desta quinta-feira.

O sacerdote da Igreja Católica Gilson da Silva Pupo Azevedo, o frei Gilson, que acumula milhões de seguidores no YouTube, removeu ou colocou em modo privado 2.022 vídeos da plataforma nos últimos 14 dias. A "limpa" ocorre em meio aos debates entre grupos conservadores e progressistas nas redes sociais sobre o conteúdo do religioso.

O frade, apoiado por conversadores, foi chamado de "golpista" e acusado de "promover a extrema direita e pedir votos no bolsonarismo" nas redes sociais. Ele entrou em evidência depois de reunir mais de 1 milhão de fiéis em uma live na madrugada, no início da Quaresma para os católicos. As transmissões estão sendo realizadas durante todo o período.

Ao Estadão, a assessoria do frade disse que "neste período ele fica dedicado só à Quaresma" e, por isso, não vai comentar.

A ferramenta Social Blade, que monitora métricas de redes sociais, detectou que 2.022 mil vídeos deixaram de estar disponíveis recentemente: 1.331 entre os dias 13 e 15 de março e outros 691 desde esta segunda-feira, 17.

No ápice da polêmica, na semana do dia 5, o canal tinha mais de 5 mil vídeos. Nesta quinta-feira, 20, o número é de 3.157.

Por outro lado, o número de inscritos do frade aumentou no período. Foram 740 mil novos seguidores nos últimos 14 dias. Na manhã desta quinta-feira, 20, ele tinha 7 milhões de pessoas interessadas em acompanhar os vídeos de música e pregação publicados. Recentemente, ele tem feito conteúdos voltados ao período da Quaresma.

'Fenômeno em oração'

De acordo com levantamento do jornal O Globo, a maioria das gravações removidas ou ocultadas havia sido postada entre 2018 a 2024, com pregações, reflexões sobre a Bíblia e aconselhamentos de ordem espiritual. Vídeos do ano de 2022, quando ocorreram as últimas eleições presidenciais, foram os mais tirados do ar.

Frei Gilson não declarou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas foi associado a ele pelos internautas. Depois que o conteúdo do sacerdote "furou a bolha", Bolsonaro saiu em sua defesa no X (antigo Twitter), referindo-se a ele como um "fenômeno em oração, juntando milhões pela palavra do Criador".

Críticos do ex-presidente resgataram vídeos em que o frade dissemina pensamentos conservadores. Em junho de 2021, ele apareceu rodeado por bandeiras do Brasil e pediu que Nossa Senhora livrasse o País do "flagelo do comunismo".

Gilson foi citado no inquérito da Polícia Federal que investigou a tentativa de golpe de Estado e embasou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras 33 pessoas.

Ele não é investigado, mas seu nome apareceu no documento por ele ter recebido de um dos indiciados, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, um texto que ficou conhecido como "oração do golpe". José Eduardo não foi denunciado pela PGR e teve suas medidas cautelares revogadas nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF).