França: pesquisas mostram que maioria da população aprova renúncia de Macron

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A maioria da população francesa aprova uma renúncia do presidente Emmanuel Macron, mostram pesquisas realizadas à luz da turbulência política na França que derrubou o primeiro-ministro, Michel Barnier.

A maioria dos franceses quer que Macron renuncie e antecipe a eleição presidencial para o próximo ano, de acordo com uma pesquisa da Cluster17 para a revista Le Point. De acordo com a consulta, realizada entre a proposta de uma moção de censura na segunda-feira, 2, e a queda do governo nesta quarta, 4, 54% dos franceses eram favoráveis à saída de Macron da Presidência.

Na mesma linha, uma nova pesquisa realizada pela Oxoda Backbone para o jornal Le Figaro mostrou, nesta quinta-feira, que seis em cada dez franceses são a favor da renúncia de Macron, um aumento de 5% em relação a setembro deste ano.

O presidente disse no início desta semana que não renunciará antes que seu segundo mandato de cinco anos termine em 2027.

Discurso

O presidente da França fará um discurso à nação nesta quinta-feira, 5, um dia após o Parlamento derrubar o primeiro-ministro, Michel Barnier, com o voto de desconfiança. A declaração acontecerá às 16h (de Brasília) e deve abordar os desafios econômicos franceses, além de buscar estabilizar a crise política do país.

Presidente da Assembleia Nacional e membro do partido de Macron, Yaël Braun-Pivet pediu para que o presidente francês escolhesse rapidamente um substituto para o cargo de primeiro-ministro. No entanto, Macron deve ter dificuldades para escolher um novo nome que seja capaz de liderar um governo minoritário no Parlamento onde nenhum partido detém a maioria.

Ainda ontem, partidos da oposição pediram explicitamente para que Macron também renunciasse. Político de extrema-esquerda, Manuel Bompard disse que a estabilidade requer a saída do atual presidente. Marine Le Pen, de extrema-direita, não pediu a renúncia, mas alertou que "a pressão sobre o presidente ficará cada vez mais forte". (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 26, que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como "gravíssimos" e que "não foi um passeio no parque".

As declarações ocorreram durante o seu voto no julgamento da Primeira Turma do STF se recebe ou rejeita a denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tentarem um golpe de Estado após as eleições de 2022.

"Os crimes praticados no dia 8 de janeiro em relação à sua materialidade, não estamos falando em autoria, ainda, foram gravíssimos", afirmou. Segundo ele, todas as sustentações orais no processo, salvo duas, reconheceram isso. "É muito importante nós relembrarmos, porque existe na ciência o que se chama de viés de positividade. É comprovado que, até por autoproteção, temos o viés de lembrar as notícias boas e esquecer as notícias ruins."

O ministro prosseguiu: "Dia 8 de janeiro de 2023 foi uma notícia péssima para a democracia, para as instituições, para todos os brasileiros e brasileiras que acreditam num País melhor". Na sequência, ele disse que esse "viés da positividade" contribui para a relativização dos fatos e para que "esqueçamos que não houve um domingo no parque".

"Não foi um passeio no parque. Ninguém, absolutamente ninguém que lá estava, estava passeando", declarou. Para o ministro, a denúncia da PGR deve "comprovar materialidade dos delitos" e salientou que esses crimes foram reconhecidos pelo STF em 474 denúncias.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quarta-feira, 26, que está presente "justa causa" para a instauração de ação penal sobre tentativa de golpe de Estado, ao mostrar vídeos no plenário da Primeira Turma da Corte, com os registros dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

No entanto, ponderou que o recebimento da denúncia em si não representa culpa dos acusados. As declarações ocorreram durante o seu voto no julgamento da Primeira Turma do STF se recebe ou rejeita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tentarem um golpe de Estado após as eleições de 2022.

"Não há, portanto, nenhuma inépcia da denúncia, como alegado pelas defesas, porque a descrição fática da denúncia permite o pleno exercício do contraditório, da ampla defesa, não havendo, me parece, com certeza, nenhuma dúvida de todos os requisitos exigidos", afirmou Moraes.

O ministro prosseguiu: "Da mesma forma, está presente a justa causa para a instauração da ação penal. Sabemos que o recebimento da denúncia, além dos requisitos previstos no Artigo 41 do Código de Processo Penal, exige a justa causa, que deve ser analisada dentro do tripé da tipicidade, punibilidade e viabilidade."

Na ocasião, Moraes lembrou que o Código de Processo Penal prevê a necessidade de suporte probatório mínimo para a denúncia avançar. Segundo o ministro, porém, apesar de indícios mínimos e razoáveis, o recebimento da denúncia não representa culpa.

"O recebimento da peça acusatória não representa análise de culpabilidade de nenhum dos denunciados. O recebimento da peça acusatória depende da materialidade dos crimes, que está comprovada, mas não é uma cognição exauriente dos fatos", declarou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra sua passagem pelo Japão nesta quinta-feira, 27, e parte rumo ao Vietnã. Antes de seguir viagem, o chefe do Executivo brasileiro concederá coletiva à imprensa.

De acordo com agenda oficial da presidência, Lula participará de cerimônia de despedida no Hotel Imperial, em Tóquio, às 10h pelo horário local (22h de quarta-feira, 26, pelo horário de Brasília). Em seguida, às 10h20 pelo horário local (22h20 de quarta-feira pelo horário de Brasília), o petista fará uma coletiva à imprensa.

Às 12h pelo horário japonês (00h de quinta-feira pelo horário de Brasília), Lula parte para Hanói, no Vietnã. A previsão de chegada ao local é às 16h pelo horário vietnamita (6h pelo horário de Brasília).