Reino Unido acompanha EUA em sanções contra petrolíferas russas Gazprom e PJSC

Internacional
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O Reino Unido decidiu acompanhar os Estados Unidos em sanções contra as petrolíferas russas Gazprom Neft e a PJSC Surgutneftegas, segundo comunicado divulgado na sexta-feira, 10. Juntas, as duas gigantes do setor produzem mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia, o equivalente a aproximadamente US$ 23 bilhões por ano.

O Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, afirmou que as receitas do petróleo são a força vital da economia de guerra da Rússia. "Com a economia russa enfraquecida, enfrentando altas taxas de juros que aceleram rapidamente e perdendo bilhões em uma invasão insustentável e ilegal, continuaremos trabalhando com nossos aliados nos Estados Unidos para apertar o cerco contra Putin e sua guerra bárbara", disse, em nota.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira, 13, o Swissquote avalia que o possível impacto conjunto das sanções do Reino Unido e dos EUA estão impulsionando os preços do petróleo.

Na sexta-feira, o Departamento do Tesouro americano anunciou restrições contra mais de 180 embarcações russas, dobrando o número anterior.

"As últimas ações devem contrabalançar o superávit na oferta de 1 milhão de barris por dia de petróleo previsto pela Agência Internacional Energia (AIE) para este ano", afirma a banco suíço.

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O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, disse nesta terça-feira, 14, a jornalistas que o governo defenderá a "soberania nacional" na discussão sobre as regras para as redes sociais e o combate aos discursos de ódio. Ele deu a declaração a jornalistas logo depois de sua posse, no Palácio do Planalto.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mobilizou sua gestão depois de o fundador da Meta - dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp -, Mark Zuckerberg, anunciar o fim da checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos.

O governo brasileiro interpelou a empresa para saber se as medidas valeriam para o Brasil - e agora tem as respostas em mãos.

Sidônio afirmou que a Secom participará da reunião com a Advocacia Geral da União (AGU) em que será discutido o assunto.

A AGU assumiu protagonismo neste caso porque é quem representa o governo federal em disputas judiciais e aconselha o presidente da República nas situações em que um embate nos tribunais é provável.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a apresentação do "convite oficial" para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em resposta ao pedido de Moraes, os advogados do ex-presidente adicionaram um e-mail recebido pelo cerimonial do evento, afirmando que a mensagem já se tratava do chamamento definitivo. O domínio do remetente pertence a uma organização ligada a Trump que está encarregada da programação do evento, que será realizado na próxima segunda-feira, 20 de janeiro.

Bolsonaro está com o passaporte apreendido em razão da investigação por tentativa de golpe de Estado e depende do Supremo para ter o documento liberado e poder viajar aos Estados Unidos. A Corte, em 2024, já recusou pedidos semelhantes de Bolsonaro em duas ocasiões.

O e-mail apresentado pela defesa de Bolsonaro foi enviado pelo endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O "T47 Inaugural" é uma entidade privada, sem fins lucrativos e criada com o propósito de organizar os eventos do dia da posse de Donald Trump. É praxe nos Estados Unidos que um comitê privado, ligado ao presidente prestes a assumir o mandato, esteja encarregado do cerimonial da posse. A mensagem foi encaminhada ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na manhã de quarta-feira, 8.

"T47" faz referência à inicial do sobrenome "Trump" e ao fato de o republicano ser o 47º chefe do Executivo dos Estados Unidos. O número 47 foi utilizado por Trump em diversos momentos da campanha presidencial, como ao anunciar um conjunto de projetos denominado "Agenda 47".

O "T47 Inaugural" está a cargo do empresário Steve Witkoff e da ex-senadora da Geórgia Kelly Loeffler. Ao anunciar os responsáveis pelo seu comitê de posse, Trump descreveu Witkoff e Loeffler como "amigos e apoiadores de longa data".

"Estou entusiasmada por aceitar esta enorme honra ao lado de Steve Witkoff. Estamos ansiosos por realizar uma celebração muito especial", disse Kelly Loeffler no X (antigo Twitter) em 9 de novembro. A republicana foi senadora dos Estados Unidos pela Geórgia entre 2020 e 2021.

Trump estava acompanhado de Steve Witkoff em 15 de setembro, quando foi alvo de um atentado a tiros em um clube de golfe. O empresário, que administra o Witkoff Group, já assumiu uma função pública no mandato anterior de Trump, quando foi nomeado para um comitê de "resgate econômico" para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19.

Tanto Witkoff quanto Loeffler assumirão cargos no próximo mandato do republicano: o empresário foi nomeado para assuntos relativos ao Oriente Médio, enquanto a ex-senadora presidirá a Small Business Administration (SBA), uma agência pública destinada a auxiliar pequenos empresários.

O Estadão procurou o "T47 Inaugural" para confirmar o envio do convite a Jair Bolsonaro, mas não obteve retorno.

A Polícia Civil apreendeu na noite desta segunda-feira, 13, um veículo suspeito de ter sido utilizado pelos autores do ataque ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba. O atentado, ocorrido na última sexta-feira, 10, deixou dois mortos e seis feridos.

Segundo boletim de ocorrência obtido pelo Estadão, os investigadores do caso receberam informações de que um dos carros usados no crime estaria escondido em um terreno vazio no Parque Aeroporto, bairro de Taubaté, cidade vizinha a Tremembé.

Os policiais montaram uma vigília em frente ao local, que estava fechado com um portão de chapa e cercado por madeiras. Durante a observação, notaram a movimentação suspeita de um homem correndo dentro do terreno e imediatamente entraram no local para tentar abordá-lo. Segundo o boletim de ocorrência, por conta da pouca iluminação e da existência de uma saída nos fundos do terreno, o suspeito conseguiu fugir sem ser identificado.

Enquanto buscavam o suspeito, os policiais localizaram um VW Gol branco com o emplacamento coberto, escondido dentro do matagal. Foi solicitada a perícia no veículo para buscar impressões digitais. O carro foi apreendido e encaminhado ao pátio credenciado para os procedimentos de investigação.

O ataque ao assentamento Olga Benário resultou na morte de dois integrantes do movimento: Valdir Nascimento, o Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa, o Guegue, de 28 anos. Lideranças do MST que presenciaram o ataque falam em pelo menos 10 criminosos, mas até o momento a polícia só prendeu um suspeito: Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como "Nero do Piseiro". Ele é apontado pela investigação como o mandante do crime.

No domingo, a Justiça decretou a prisão preventiva de Nero e de Ítalo Rodrigues da Silva, identificado como seu comparsa. Até a manhã desta terça-feira, porém, Ítalo permanecia foragido.

A Polícia Civil tenta identificar outros envolvidos no ataque. A principal linha de investigação é de que o crime teria sido motivado pela disputa por um dos lotes do assentamento. No entanto, como mostrou a Coluna do Estadão, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, desconfia que o ataque tenha sido ordenado por um mandante ligado à exploração imobiliária da região.