Presidente de Honduras convoca reunião da Celac dia 30; Petro, da Colômbia, confirma presença

Internacional
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A presidente de Honduras, Iris Xiomara Castro, que exerce a presidência pro-tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac) - grupo integrado pelo Brasil - convocou neste domingo, 26, em caráter urgente, uma reunião extraordinária de chefes de Estado para 30 de janeiro, próxima quinta-feira. Segundo comunicado da Celac, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, já confirmou que estará presente à capital hondurenha, Tegucigalpa.

Os pontos da agenda do encontro, que será realizado de forma híbrida (virtual e presencial), incluem Migração, Meio Ambiente, e Unidade Latino-Americana e Caribenha, conforme o comunicado emitido neste domingo.

O comunicado não faz referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e à disputa deflagrada com a Colômbia sobre voos que trazem deportados de volta aos países de origem.

Na tarde deste domingo, 26, o presidente colombiano Gustavo Petro determinou uma série de medidas em resposta ao governo Trump, que decidiu taxar e cancelar vistos após os colombianos se recusarem a receber aviões de deportados em voos militares.

Pouco antes, Trump havia determinado, entre outras medidas, tarifas de 25% sobre produtos colombianos, prometendo elevá-las a 50% dentro de uma semana.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi liberado para voltar a fazer viagens e atividades físicas, afirma boletim médico divulgado nesta segunda-feira, 27, pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. O presidente estava com restrições em sua rotina desde o começo de dezembro, quando foi internado às pressas para tratar um sangramento intracraniano e foi submetido a duas cirurgias.

Lula passou nesta segunda-feira, 27, por uma nova tomografia em Brasília. O exame mostrou uma nova redução no sangue acumulado, "compatível com progressiva melhora do quadro", nas palavras usadas no boletim médico. "O presidente foi liberado plenamente para exercer sua rotina habitual de vida, como viagens e atividade física", afirma o documento.

O boletim médico é assinado por Rafael Gadia, diretor de Governança Clínica do hospital Sírio-Libanês, e Luiza Dib, diretora clínica. O presidente da República é acompanhado pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio, médica da Presidência da República.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais neste domingo, 26, para ironizar a citação de uma suposta participação dela e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no plano golpista revelado no fim do ano passado pela Polícia Federal (PF).

Em um story no Instagram (publicação que some em 24 horas), Michelle compartilhou uma reportagem com o título "Delação de Mauro Cid revela papel de Michelle e Eduardo Bolsonaro em plano golpista" com um áudio de risadas e uma figurinha em que chora até encher duas xícaras.

O ex-ajudante de ordens da Presidência na gestão Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou na primeira delação premiada feita por ele, em agosto de 2023, que a ex-primeira-dama e Eduardo atuaram para instigar Bolsonaro a dar um golpe após a derrota na disputa pelo Palácio do Planalto contra Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.

O teor desse depoimento foi revelado inicialmente pelo jornalista Elio Gaspari nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, e confirmado pelo Estadão.

Segundo Cid os dois participavam de um grupo mais radical que dizia que o ex-presidente teria "o apoio do povo e dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) para dar um golpe de Estado.

Nem Michelle e nem Eduardo foram indiciados pela Polícia Federal e não há menção a elementos e provas, ao menos neste primeiro depoimento. Cid foi inquirido pela PF mais vezes ao longo de 2023 e 2024.

Em novembro de 2023, a ex-primeira-dama também ironizou a delação do tenente-coronel. O ex-ajudante de ordens da Presidência disse à Polícia Federal (PF) que Michelle incitava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a não aceitar a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dar um golpe de Estado, segundo a coluna de Aguirre Talento no portal UOL.

"Recebi uma mensagem que meu enteado Duda (Eduardo Bolsonaro) e eu estávamos incitando o golpe. Eu, incitando golpe? Com qual arma? Minha Bíblia poderosa?", rebateu Michelle em evento do PL Mulher no Espírito Santo na ocasião. "Eu sei dar golpe e quero ensinar para vocês agora: jab, jab, direto, cruzado, up, esquiva, up", continuou a ex-primeira-dama, encenando os golpes no palco do evento. Ela disse praticar luta todas as terças e quintas-feiras.

Procurada, a defesa de Bolsonaro manifestou "indignação" diante de novos "vazamentos seletivos" e reclamou que não tem acesso legal à integralidade da colaboração. Michelle não respondeu aos contatos da reportagem. O Estadão também busca contato com a defesa de Eduardo Bolsonaro. O espaço segue aberto para manifestação.

Na delação, Cid apontou que Eduardo tinha mais contato com os CACs. Também teriam participado desse grupo ex-ministros, como Onyx Lorenzoni (PL) e Gilson Machado (PL); atuais senadores, como Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC), o ex-assessor internacional de Bolsonaro Filipe Martins e o general Mario Fernandes.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. A eleição será realizada no próximo sábado, dia 1º, e o parlamentar busca representar uma alternativa de oposição ao governo Lula. Os deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) também disputam o cargo.

"Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centrão e outra do PSOL. A oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos", disse Van Hattem em nota divulgada nesta segunda-feira, 27.

O deputado se comprometeu ainda com pautas como o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro. Além disso, o Van Hattem também defendeu o combate ao abuso de autoridade, criticando o que considera interferências do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF).

Com apenas quatro deputados na Câmara, o Novo quer marcar posição e influenciar o debate com a candidatura de Van Hattem. Ele já disputou outras eleições para o comando da Casa, sem sucesso, mas mantém o discurso de que representa uma oposição aos interesses "fisiológicos" e à aliança com o governo.

A candidatura enfrenta resistência devido ao favoritismo de Hugo Motta, que conta com o apoio de PT, PL, Republicanos, entre outros partidos. Ainda assim, Van Hattem pode atrair votos de bolsonaristas descontentes. "Não há clareza sobre quais propostas da oposição serão de fato implementas por Hugo Motta se, de fato, for eleito. E quando alguém tem apoio do PT eu tenho automaticamente o pé atrás", disse o parlamentar na nota.

Recentemente, Van Hattem foi indiciado pela Polícia Federal após acusar o delegado Fábio Schor de produzir "relatórios fraudulentos". Durante um discurso na Câmara, em agosto, ele chamou o delegado de "bandido" e afirmou: "Tenho imunidade parlamentar". O indiciamento provocou reações, inclusive da defesa de Jair Bolsonaro (PL), que classificou a ação como um "ataque ao Parlamento brasileiro."

Em resposta, Van Hattem chamou o indiciamento de "ridículo" e reafirmou sua postura crítica em relação à Polícia Federal. Ele também criticou o indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas por suspeita de tramar um golpe, que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. "Esses relatórios têm mais furos que queijo suíço", disse.

No Senado, o Novo também lançou Eduardo Girão (CE) como candidato à presidência. O favorito na disputa na Casa é Davi Alcolumbre (União-AP), que tem apoio do PT ao PL. Também é candidato Marcos Pontes (PL-SP), que não recebeu apoio do próprio partido e foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).