Terremoto de magnitude 7,6 atinge o Caribe e gera risco de tsunami

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Um terremoto de magnitude 7,6 atingiu o Mar do Caribe na noite deste sábado, 08, e disparou alertas de tsunami para Cuba, Honduras e Ilhas Cayman. As informações são do Centro de Alerta de Tsunami dos Estados Unidos. Autoridades locais pediram que os moradores saiam da região do litoral.

O sismo disparou alertas de tsunami para as Bahamas, Cuba, Honduras, Ilhas Cayman, Ilhas Virgens, Porto Rico e República Dominicana. Previam-se inicialmente ondas de até três metros de altura em partes do litoral de Cuba, enquanto em Honduras e nas Ilhas Cayman ondas de até um metro poderiam ser registradas.

Posteriormente, o sistema de monitoramento dos EUA cancelou os alertas de tsunami, informando, no entanto, que "pequenas mudanças no nível do mar podem ocorrer" nos outros países.

O terremoto aconteceu às 18h23 (20h23 no horário de Brasília), no meio do mar, numa profundidade de 10 km. O epicentro do tremor foi a cerca de 209 km ao sudoeste da costa das Ilhas Cayman.

(Com agências internacionais)

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Preso pela última vez em 2023 e acusado de operar um esquema de venda de emendas parlamentares, o empresário Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, foi mencionado em um relatório da Polícia Federal (PF), com o nome relacionado a uma integrante do governo federal.

Também conhecido como "Eduardo Imperador", o empresário fez um Pix de R$ 5 mil à atual secretária nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo, Cristiane Leal Sampaio. O relatório da PF investiga a "venda" de emendas parlamentares por parte de deputados federais do PL.

Eduardo DP é acusado de ser sócio oculto da empreiteira maranhense Construservice, contratada pela prefeitura de Vitorino Freire (MA) para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à fazenda do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, cuja irmã é prefeita do município.

Os R$ 5 milhões para a obra foram direcionados por Juscelino via orçamento secreto para a prefeitura da irmã, enquanto era deputado federal, em 2020.

O Estadão revelou o esquema em janeiro de 2023, e a operação que vasculhou endereços da empresa, além de afastar a prefeita do cargo, foi deflagrada meses depois, em setembro daquele ano. Cinco dias depois, ele foi solto.

Na investigação, a PF indicou que Imperador usou os nomes de Rodrigo Gomes Casanova Junior e Adilton da Silva Costa como laranjas. O ministro admitiu que ele e o empresário beneficiado com recursos de sua emenda secreta são "conhecidos há mais de 20 anos".

O empresário também foi preso pela Polícia Federal no ano anterior, em julho de 2022, acusado de pagar propina a servidores federais para obter obras na cidade e de ser sócio oculto da Construservice. Ele chegou a ficar cinco dias preso e, após pagamento de R$ 121 mil em fiança, foi liberado. Na ocasião, a PF apreendeu R$ 1,3 milhão na casa dele.

Agora, o nome de Eduardo aparece ligado ao Ministério do Turismo. A apuração da PF gira em torno de três emendas parlamentares, que somam R$ 6,7 milhões, e foram supostamente vendidas por três deputados federais do PL: Josimar Maranhãozinho (MA); Pastor Gil (MA); e Bosco Costa (SE).

Segundo a investigação da PF, a atual secretária do Ministério do Turismo prestou informações sobre a liberação de dinheiro em três convênios celebrados entre a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Franscisco, a Codevasf, investigada no caso do asfalto em frente à fazenda de Juscelino, e municípios maranhenses.

Ao Estadão, Cristiane disse não se lembrar do pagamento e que, por essa razão, não comentaria. Já Eduardo DP recebeu e visualizou as mensagens da reportagem, mas não respondeu.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira, 11, por unanimidade, abrir um processo disciplinar para investigar administrativamente a conduta do desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional na Operação Churrascada. Os conselheiros também decidiram afastá-lo das funções até a conclusão do procedimento.

Ivo de Almeida já está afastado do trabalho por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita a Operação Churrascada. O STJ decretou seu afastamento por um ano, prazo que vence em junho. Com a decisão do CNJ, ele não deve reassumir o cargo neste ano.

O advogado Átila Machado, que representa o desembargador, afirma que terceiros "vendiam a credibilidade" dele. Segundo o magistrado, seu nome foi usado por terceiros, pessoas do seu convívio, para negociar decisões, mas tudo sem que tivesse conhecimento. "As tratativas espúrias realizadas por terceiros não fizeram vacilar, em momento algum, o justo mister do desembargador", alegou o advogado na defesa prévia encaminhada ao CNJ.

Os policiais federais fizeram buscas no gabinete e na casa do desembargador, onde apreenderam R$ 170 mil em dinheiro vivo. A defesa alega que as movimentações financeiras de Ivo de Almeida estão declaradas e que sua evolução patrimonial é compatível com a renda. O dinheiro em espécie, segundo o advogado, é referente a pagamentos do restaurante da mulher dele.

O magistrado também é alvo de outra investigação, por suspeita de rachadinha. A PF identificou depósitos fracionados feitos por servidores na conta do desembargador. A defesa alega que o dinheiro foi repassado em uma campanha de doações de cestas básicas coordenada por ele na pandemia da covid-19. "Um ato de extrema bondade e cuidado com o próximo foi distorcido e demonizado à máxima potência", diz o advogado.

O processo disciplinar foi instaurado por sugestão do ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do CNJ, que classificou as acusações da Polícia Federal como "contundentes" e "fortemente embasadas". Ele defendeu a apuração para aprofundar a análise do caso.

"Considero que esse conjunto de fatos indiciários reunidos em desfavor do senhor Ivo de Almeida foram capazes de configurar a chamada justa causa para a deflagração do procedimento administrativo disciplinar", disse o corregedor.

Em um voto de 50 páginas, Campbell Marques disse ver indícios de violação dos deveres de independência, prudência, imparcialidade, integridade, honra e decoro.

"A defesa não explicou a contento o comportamento processual de Ivo de Almeida ao realizar despachos de ofício proferindo decisões favoráveis em datas coincidentes com depósitos realizados na conta bancária de postos de gasolina pertencentes a operadores", argumentou.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ, afirmou que o processo disciplinar não é uma "presunção de culpa", mas uma "oportunidade" para a defesa prestar esclarecimentos. "É abrir uma oportunidade para que os muitos pontos destacados no inquérito policial e enfrentados pelo advogado possam ser objeto da demonstração do exercício da defesa."

Após um ano afastado da vida política, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, voltou a fazer comentários sobre pautas específicas do cenário brasileiro e sobre a política econômica adotada pelo presidente americano Donald Trump.

O empresário, que agora abraça a alcunha que recebeu da oposição como motivo de chacota e passou a se autodenominar "Véio da Havan", postou um vídeo em seu perfil do X (antigo Twitter) nesta terça-feira, 11, em que lista o que considera os "acertos" de Trump nos Estados Unidos.

"Usando a lógica, bom senso, fazendo o simples, bem-feito, acabando com 'modismos' e a 'agenda woke'", cita o empresário, dando como exemplos como a taxação de produtos estrangeiros, medidas contra imigração ilegal, a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde, entre outros.

Procurado pelo Estadão para comentar sobre as publicações, Hang não havia respondido até a publicação deste texto.

Ainda em janeiro, o empresário fez outra publicação em que pede a opinião dos seguidores sobre um dos primeiros decretos assinados por Trump, que acaba com o regime de home office para funcionários públicos. Em outra postagem, pergunta aos internautas o que pensam sobre uma medida implementada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que coloca presos para trabalhar.

Entre dezenas de postagens em que o dono da rede de lojas aparece dançando ou reproduzindo memes para divulgar o negócio, o empresário também elogia políticas pontuais, como a lei sancionada pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que proíbe músicas ou qualquer tipo de conteúdo que faça apologia ao crime, uso de drogas ou que tenha teor sexual em escolas do Estado.

Aliado de primeira ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde 2018, quando ficou conhecido por apoiar o então candidato à Presidência, Hang se afastou da vida política desde fevereiro do ano passado. Na época, o empresário disse ao Estadão que não participaria do ato convocado por Bolsonaro em fevereiro, na Avenida Paulista, nem de nenhuma agenda do tipo, e que estava "100% focado" nas atividades empresariais.

Luciano Hang viu sua popularidade aumentar desde 2018. De lá para cá, a ligação com o político rendeu consequências negativas ao catarinense, com desdobramentos judiciais. Em janeiro de 2024, foi condenado ao pagamento de R$ 85 milhões em indenização por coagir funcionários a votarem em Bolsonaro naquele ano.

A proximidade com Bolsonaro fez com que o empresário cogitasse se candidatar ao Senado em 2022. Acusado pela CPI da Covid por disseminar fake news sobre o tratamento da doença, desistiu de disputar o cargo em março daquele ano. Hang, agora, está inelegível por oito anos.