Trump assina ordem que dá a Musk mais poder para cortar funcionários de agências federais

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O presidente americano Donald Trump assinou nesta terça-feira, 10, uma ordem executiva que convoca agências federais dos Estados Unidos a trabalhar com o departamento de Elon Musk, em um novo um esforço de corte de funcionários do governo federal. A assinatura foi antecedida por um encontro de Trump e Musk no Salão Oval da Casa Branca.

A ordem pede que os líderes da agência limitem a contratação a cargos "essenciais", preparem-se para grandes reduções de força e reduzam os preenchimentos após saídas de funcionários. A ordem inclui algumas exceções, como permitir mais contratações de pessoal de segurança nacional e de aplicação da lei.

Segundo a nova ordem executiva, acessada pelo jornal Washington Post, as agências só poderão contratar um novo funcionário para cada quatro que saírem, após o fim do atual congelamento de contratações federais.

O documento também observa que o pessoal e as funções "essenciais para a segurança nacional, segurança pública, aplicação da lei e aplicação da lei de imigração" estão isentos da ordem.

Trump colocou Musk no comando do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) para ajudar a eliminar desperdício, fraude e abuso nos gastos e reduzir a força de trabalho federal de mais de 2 milhões de pessoas.

No Salão Oval nesta terça-feira, o bilionário dono da Tesla e do X fez seus primeiros comentários públicos sobre seu trabalho de supervisão do departamento. Ele afirmou que quer adicionar "controles de senso comum" aos gastos federais e que o dinheiro do contribuinte deve ser gasto com sabedoria.

Musk, sem evidências, ainda declarou que alguns funcionários da agora extinta Usaid estavam recebendo "propinas". Ele disse que "algumas pessoas" na burocracia de alguma forma "conseguiram acumular dezenas de milhões de dólares em patrimônio líquido enquanto estavam nessa posição".

Ele também afirmou que alguns beneficiários de cheques da Previdência Social tinham até 150 anos.

Trump e Musk estão pressionando os funcionários federais a renunciarem em troca de incentivos financeiros, embora o plano esteja atualmente suspenso enquanto um juiz analisa sua legalidade.

O programa de demissão diferida, comumente descrito como uma aquisição, permitiria que os funcionários pedissem demissão e ainda recebessem até 30 de setembro. Autoridades do governo Trump disseram que mais de 65 mil trabalhadores aceitaram a oferta. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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Levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), apontou que a manifestação organizada em prol da anistia aos presos pelos ataques de 8 de Janeiro reuniu 18,3 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 16. O valor representa menos de 2% do público de um milhão de pessoas que era aguardado para o ato.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou a baixa adesão. "A gente arrastava multidões pelo Brasil. Foi aqui, no 7 de Setembro, tinha mais gente do que agora", disse. O monitor do Cebrap registrou 64,6 mil manifestantes no ato citado pelo ex-presidente, que ocorreu em setembro de 2022.

Segundo o relatório da USP, um drone tirou fotos aéreas da multidão e um software específico para esse tipo de trabalho analisa as imagens para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. "Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas", aponta.

Ainda segundo os especialistas, "o método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas. O banco de imagens utilizado para a contagem da manifestação está disponível para consulta".

Para analisar o número de pessoas que foram ao ato neste domingo, foram tiradas fotos da praia de Copacabana em quatro horários (10h, 10h40, 11h30 e 12h), totalizando 66 fotos. "Selecionamos 6 fotos tiradas às 12h, momento de pico da manifestação. As imagens cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição", registra o relatório.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participa hoje com o ex-presidente Jair Bolsonaro de manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, que pede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em discurso, ele afirmou que o cenário de inflação elevada do País é fruto de erros do governo federal, que não promove um ajuste fiscal.

"Ninguém aguenta mais inflação porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o feijão caro, a gasolina cara, o ovo caro", disse o governador, alfinetando ainda a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de picanha barata. "Se está tudo caro, volta Bolsonaro", disse.

Tarcísio disse que o governo tem medo de perder a eleição para Bolsonaro, por isso há interesse em mantê-lo afastado das urnas. Ele defendeu que a oposição vai pautar e aprovar o projeto para anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

"Os caras que assaltaram o Brasil, os caras que assaltaram a Petrobras, voltaram para a cena do crime, voltaram para a política, foram reabilitados. Tá certo isso? Parece haver justiça nisso? Então é correto que a gente garanta a anistia daqueles inocentes que nada fizeram. E nós vamos lutar. Nós vamos garantir isso. Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de votar contra. E podem ter certeza que nós vamos conseguir os votos", afirmou.

Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), também fez uma breve fala na manifestação, declarando que Jair Bolsonaro será seu candidato - e único candidato - para a eleição de 2026.

Bolsonaro está inelegível até 2030, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em três ocasiões, e duas sentenças seguem em vigor. Uma delas foi cancelada porque o colegiado já havia decidido sobre o mesmo fato. Ele foi condenado em 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente como líder de uma organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares".

A Polícia Civil da Bahia informou que o presidente do Partido Verde (PV), da Bahia, Ivanilson Gomes, foi libertado por sequestradores na noite de sábado, 15, após quase 36 horas sob domínio dos criminosos. Segundo a nota, ele "se encontra em segurança". Um suspeito foi preso. A polícia busca o restante do bando.

Gomes foi sequestrado na sexta-feira, 14, depois de uma invasão à sede do PV no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Os funcionários que estavam na hora do crime foram roubados. Ao menos três bandidos participaram da ação, o que já configura associação criminosa e extorsão mediante sequestro, porque solicitaram resgate para libertar a vítima. As penas pelos dois crimes, somadas, vão de 9 a 18 anos.

"Um suspeito de participar do sequestro já se encontra preso e uma investigação está em curso para elucidação do crime", disse trecho da nota da polícia. "Depoimentos e imagens de câmeras de segurança do local vão ajudar a elucidar o caso. Qualquer informação sobre movimentações suspeitas relacionadas ao caso pode ser enviada com total sigilo, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP). O serviço funciona em regime 24 horas."

Gomes foi levado pelo bando que invadiu a sede do partido à Rua João Gomes, número 160. Em um primeiro momento, as vítimas pensaram se tratar apenas de um roubo, mas logo evoluiu para o sequestro do presidente da legenda.