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Hamas confirma libertação de mais reféns e abre caminho para manter cessar-fogo

Internacional
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O Hamas confirmou nesta quinta-feira (13) que irá libertar mais três reféns israelenses no sábado, como planejado, abrindo caminho para resolver a disputa que ameaçava o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Isso deve permitir que o acordo de paz se mantenha, por enquanto. Não houve comentários de autoridades de Israel sobre o anúncio do grupo.

 

Anteriormente, o Hamas ameaçou atrasar as novas solturas, acusando Israel de não cumprir as obrigações do acordo e violar os termos da trégua. Com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os israelenses prometeram realizar uma ofensiva, caso os reféns não fossem liberados.

 

De acordo com a Qahera TV, mídia estatal egípcia, o Egito e o Catar foram responsáveis por obter sucesso na resolução da disputa. Os dois países árabes atuaram como mediadores-chave com o Hamas e ajudaram a intermediar o cessar-fogo, que entrou em vigor em janeiro, 15 meses após o início da guerra. Fonte: Associated Press.

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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PT), disse nesta terça-feira, 15, que o apoio de parlamentares que integram partidos da base do governo ao projeto de lei que anistia presos pelos ataques de 8 de Janeiro é "absurdo" e uma "profunda contradição".

"É um absurdo apoiar urgência para esse projeto sendo da base do governo, trata-se de uma grave afronta ao Judiciário e à própria democracia. Urgência é preciso para projetos que beneficiam o povo brasileiro, não para proporcionar golpe continuado", disse a ministra ao G1.

Ela afirmou que o governo não está em uma "operação de retaliação", mas que quer mostrar "a gravidade política, jurídica e institucional que significa apoiar este projeto".

Mais da metade (56%) das assinaturas que viabilizaram o pedido de urgência veio de membros do União Brasil, Progressistas, Republicanos, PSD e MDB, partidos que têm integrantes chefiando ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foram 146 das 262 assinaturas recolhidas e consideradas válidas.

Na última quinta-feira, 10, Gleisi disse que uma discussão sobre a revisão de penas para quem não participou ativamente da depredação dos prédios públicos era "plenamente defensável".

A declaração irritou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Corte que julga os casos do 8 de Janeiro, e a ministra veio a público dizer que a fala havia sido "mal colocada".

"Cabe ao Congresso fazer o debate, como vem fazendo, e tentar uma mediação, como Hugo Motta vem tentando. Mas qualquer revisão criminal cabe ao Judiciário e ao STF", afirmou, completando que "não tem anistia nenhuma, como quer Bolsonaro".

Ao Estadão, Gleisi avaliou que da forma como o projeto da anistia foi apresentado, o perdão se estende a crimes dos quais são acusados Bolsonaro e aliados denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele tem efeito retroativo a 30 de outubro de 2022, quando houve o segundo turno das eleições.

A ministra também analisou que "conseguir assinatura para tramitação em regime de urgência não quer dizer que o projeto vá para a pauta" e disse acreditar na palavra de Hugo Motta (Republicanos-PB) presidente da Câmara dos Deputados, de que o projeto não será pautado.

Segundo apurado pela Coluna do Estadão, Motta busca um acordo costurado entre os Poderes como como solução alternativa para o impasse. Ele já mencionou o assunto ao presidente Lula e a pelo menos cinco ministros do STF.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou nesta terça-feira, 15, que será "o maior cabo eleitoral" do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026. Segundo o emedebista, a reeleição do chefe do Executivo paulista é "muito importante para a cidade de São Paulo". O Estadão revelou que Tarcísio se incomodou com os acenos de Nunes sobre uma possível candidatura ao governo estadual no próximo ano.

"O Tarcísio é candidato à reeleição, ele já falou isso. Eu vou ser o maior cabo eleitoral do Tarcísio, vou ser o cara que mais vai trabalhar porque é um cara que tem uma capacidade enorme, uma pessoa que fez com que o Estado hoje estivesse em outro patamar", afirmou Nunes em entrevista à Rádio Bandeirantes.

No último mês, o emedebista deu declarações contraditórias sobre uma possível candidatura ao governo paulista ao dizer, durante evento promovido pelo Grupo Lide, que cumprirá os quatro anos de mandato à frente da Prefeitura, mas que "as coisas acabam mudando".

Nos bastidores, aliados de Tarcísio afirmaram que ele considerou a atitude de Nunes prematura e contrária à estratégia do grupo, que tem defendido publicamente a candidatura ao Palácio do Planalto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível.

Nunes ressaltou que possui uma relação de "amizade" com Tarcísio, e que irá "trabalhar muito" para que o governador seja reeleito. "Tenho certeza que ele vai ganhar no primeiro turno", concluiu o prefeito. O governador foi um dos principais cabos eleitorais de Nunes durante a eleição municipal de 2024.

Nunes diz que governo federal 'já sabe que vai perder' em 2026

O prefeito criticou a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que aprovou o termo para a renovação em 30 anos na concessão de distribuidoras de energia. Segundo o emedebista, isso foi uma "manobra" do governo federal para fazer uma renovação antecipada dos contratos com a Enel.

"Eu acho que é porque já sabe que vai perder a eleição em 2026, eles querem fazer a antecipação agora para poder dar mais 30 anos para a Enel", afirmou o prefeito.

Nunes disse que a Enel foi responsável por ele não conseguir ampliar a circulação de ônibus elétricos no município, uma vez que a concessionária não faz ligação de energia para o carregamento dos ônibus na garagem.

O prefeito afirmou que um dos motivos de sua viagem à China no próximo dia 20 será conseguir US$ 100 milhões para aquisição de ônibus elétricos, além de estudar um modelo de carregamento dos veículos.

Outro ponto que será abordado durante a viagem, segundo o prefeito, é o uso da tecnologia para o fortalecimento da segurança pública, tema que tem sido a principal pauta da gestão.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), rechaçou qualquer possibilidade de negociação sobre o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. A proposta teve um requerimento de urgência protocolado na Câmara dos Deputados com 262 assinaturas, na tarde de segunda-feira, 14. Para Wagner, o projeto é a maior afronta à democracia nacional desde a redemocratização.

"Comigo não tem acordo, eu sou contra o projeto da anistia em qualquer hipótese", declarou. Caso a proposta avance no Congresso, o senador avalia que isso indicaria uma completa desconexão da classe política com a gravidade do episódio: "Eu tenho preocupação se a Câmara entender que é digno de anistia aquilo que foi feito no 8 de janeiro. Aí eu acho que a classe política pirou. Então, eu não acredito que passe o projeto da anistia", disse o líder do governo no Senado em entrevista ao jornal Valor Econômico.

O senador também fez questão de esclarecer que sua oposição à medida não tem relação com cálculo eleitoral, já que, em sua avaliação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o nome mais frágil da oposição diante de uma candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Estou pouco me lixando se Bolsonaro vai ser ou não vai ser candidato. Não quero que façam com ele o que fizeram com Lula, eu quero que ele tenha pleno direito de defesa, todos eles", acrescentou. Para o senador, o nome de Bolsonaro tem um alto índice de rejeição, o que poderia até ser visto como vantajoso para o PT em relação às eleições de 2026.

Questionado sobre o fato de 146 deputados da base governista terem apoiado a urgência do projeto, Wagner atribuiu a movimentação à pressão das redes sociais. Exibindo o celular, ele indicou que a mobilização digital tem pesado nas decisões dos parlamentares, a ponto de terem assinado o requerimento de urgência por medo da repercussão. "Não tem nada a ver com a base do governo. Isso tem a ver com isso aqui [mostra o celular], uma gente que é escravo da rede social, que ouviu 'assine, assine, assine'", destacou.

O senador acrescentou que o governo não tem apresentado contrapartida para reverter essa relevância que os parlamentares dão às solicitações vindas das redes. Ele destaca que as emendas parlamentares cumprem papel importante neste aspecto: "Não se trata da base do governo. Se trata de saber o seguinte: os deputados se movimentam em torno do quê? Eles se movimentam em torno do governo ou das emendas? Esse que é o problema. Quanto tem cada deputado? Eu digo o chão de fábrica. Porque alguns têm mais de R$ 80 milhões [em emendas parlamentares]", destacou Wagner.

Questionado se o modelo das emendas deve ser mudado, disse que o País teve quatro anos de "ausência de política". Para ele, ela foi substituída por esse "pragmatismo das emendas" e alguns deputados às veem como "direito adquirido".

Popularidade do governo

Para Jaques Wagner o ponto mais importante para a impopularidade do governo Lula são os preços dos alimentos. Segundo ele, tal fato tem pouca ou nenhuma relação com a atuação do governo, que está entregando números "excepcionais".

"Dói muito mais no povo a carestia do que as pautas identitárias, e o pessoal do outro lado começou a bater. Eles estão batendo porque eles querem que o presidente Lula chegue na eleição o mais fragilizado possível", afirmou.

PEC da Segurança Pública

Wagner entende que a PEC tem condições de ser aprovada e de entregar a resposta que a população tem pedido sobre o tema. "O povo não nos julga pelo problema, nos julga pela nossa postura frente ao problema. [...] A droga está aí porque virou um negócio trilhardário do mundo. Mas, seguramente, se daqui para o ano que vem medidas forem tomadas, aí a avaliação já é outra", destacou.