Ataques israelenses matam 19 em Gaza, incluindo líder político do Hamas

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taques israelenses no sul da Faixa de Gaza mataram pelo menos 19 palestinos durante a noite deste domingo, 23, incluindo um importante líder político do Hamas, segundo autoridades do grupo.

Salah Bardawil, membro do bureau político e do parlamento palestino, foi morto em um ataque perto de Khan Younis que também matou sua mulher. Bardawil era um membro bem conhecido da ala política do grupo que deu entrevistas à mídia ao longo dos anos.

Dois hospitais no sul de Gaza informaram ter recebido 17 corpos vítimas de ataques durante a noite, incluindo mulheres e crianças. O membro do Hamas e a esposa não foram incluídos nos números relatados pelos hospitais.

Enquanto isso, rebeldes Houthi apoiados pelo Irã no Iêmen, aliados do Hamas, lançaram outro míssil contra Israel, disparando sirenes de ataque aéreo. O exército israelense disse que o projétil foi interceptado, e não houve relatos de vítimas ou danos.

Israel encerrou seu cessar-fogo com o Hamas na semana passada quando lançou uma onda surpresa de ataques aéreos que mataram centenas de palestinos em todo o território. Os Houthis retomaram seus ataques a Israel, retratando-os como um ato de solidariedade aos palestinos, apesar dos recentes ataques dos EUA visando os rebeldes iemenitas.

O cessar-fogo que entrou em vigor em janeiro interrompeu 15 meses de intensos combates iniciados pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel.

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse entender que o ex-presidente Jair Bolsonaro é "carta fora do baralho". O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira, 25, se aceita a denúncia para abrir ação penal contra o núcleo 1 da trama golpista, que inclui Bolsonaro e outros sete acusados. Ela participa do programa Bom Dia, Ministra, da EBC.

"Se houve tentativa de golpe de Estado, aqueles que realmente estiveram envolvidos têm que ser punidos. A meu ver, Bolsonaro é carta fora do baralho. É carta fora do baralho não só porque acredito que vá sofrer as penalidades da lei, mas carta fora do baralho porque também a sociedade hoje está cansada dessa polarização, mas especialmente percebeu o que ele fez no verão passado", disse, citando o atraso na compra da vacina da covid durante a pandemia como exemplo.

Tebet ainda disse que espera justiça e que confia nas decisões do STF, ainda que possam ser feitas críticas em relação a algum excesso.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que é preciso repensar o modelo das emendas parlamentares em razão do montante que elas representam no Orçamento. Ela participa do programa Bom Dia, Ministra, da EBC.

"Eu acho que a gente tem um grande problema no futuro pro Brasil, a gente tem que repensar esse modelo em relação às emendas parlamentares. Eu sou a favor de emendas parlamentares, sempre fui, mas elas não podem ser de uma ordem tal que muitas vezes vai impedir no futuro que políticas públicas essenciais pro Brasil sejam feitas de forma organizada e planejada", disse.

Ela argumentou que quem tem a visão do todo é o Executivo Federal, enquanto os parlamentares têm uma visão de País muito específica do local pelo qual foram eleitos. "A gente vai demonstrar com muita serenidade para o Congresso Nacional no momento oportuno, quando a gente tem um orçamento onde as despesas livres ou, portanto, um orçamento que pode ser remanejado, ele fica quase que 50% na mão do Congresso Nacional em forma de emendas, e os outros 50% para investimento público na mão do governo federal, a gente vê que a conta não fecha, a gente não consegue atender todas as necessidades dessa forma", disse.

A ministra reforçou que houve um avanço em relação às emendas, com mais transparência e rastreabilidade, e ainda que não esteja no maior nível de transparência possível, não há mais orçamento secreto. "Mas o valor, o montante, hoje, ele é muito pesado. De novo, não é ser contra as emendas parlamentares, mas esse montante realmente inviabiliza que muitas ações necessárias para a população não cheguem lá na ponta por falta de dinheiro, por falta de orçamento público", disse.

Ela defendeu que essa discussão precisa ser feita com honestidade e serenidade, e sem polarização.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, disse que vai reunir parlamentares petistas para assistirem ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) definirá nesta terça-feira, 25, se tornará Bolsonaro e outros sete denunciados réus por tentativa de golpe de Estado.

Lindbergh afirmou que vai instalar uma televisão na liderança do partido para que a bancada acompanhe junto a transmissão. O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que vai transmitir o julgamento através da TVPT - canal do partido no Youtube.

"Amanhã (hoje, terça) o grande fato aqui é esse julgamento. Todos os deputados têm que colocar nas suas redes, ficar acompanhando", afirmou o petista ao Estadão/Broadcast nesta segunda-feira, 24.

O deputado afirmou que um dos temas centrais para o partido em 2025 será a campanha sem anistia. "A gente acha que esse negócio [julgamento] vai ter um impacto muito grande na política de 2025. O ex-presidente tinha um plano para matar quem ganhou a eleição. Isso aqui é muito simbólico, entendeu? Então a gente vai estar aqui amanhã sim. E no outro dia a gente vai estar junto comentando, avaliando", disse.

O projeto de lei que propõe a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro tem dividido parlamentares na Câmara dos Deputados. A proposta que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem apoio de pelo menos um terço (174) dos 513 deputados, segundo o levantamento exclusivo do Placar da Anistia do Estadão.

Os ministros do STF vão decidir que tornam Bolsonaro e outros sete denunciados réus no processo. Além do ex-presidente, serão julgados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.

Bolsonaro e os outros sete foram denunciados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.