Kremlin diz que refinarias de petróleo e usinas nucleares fazem parte de cessar-fogo parcial

Internacional
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Com o avanço das negociações entre Estados Unidos, Ucrânia e Rússia e do acordo de cessar-fogo energético entre os países em conflito, o Kremlin divulgou, em comunicado, as instalações russas e ucranianas que estão sujeitas à moratória temporária bilateral.

Segundo o governo russo, refinarias de petróleo, oleodutos, gasodutos e instalações de armazenamento, incluindo estações de bombeamento, infraestrutura de geração e transmissão de eletricidade, incluindo usinas, subestações, transformadores e distribuidores, usinas nucleares e barragens de usinas hidrelétricas estão englobadas pelo cessar-fogo energético.

O acordo entre as partes foi confirmado nesta terça-feira, mais cedo, pela Casa Branca e pelo próprio Kremlin.

A Rússia pontua que a moratória terá duração de 30 dias, desde o dia 18 de março, e poderá ser prorrogada por acordo mútuo.

"Caso uma das partes viole a moratória, a outra parte terá o direito de se considerar livre de suas obrigações de cumprimento", conclui o Kremlin.

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A maioria dos ministros da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira, 26, para tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tramarem um suposto golpe de Estado após as eleições de 2022. Os ministros Flávio Dino e Luiz Fux acompanharam o relator, Alexandre de Moraes, e votaram por aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República e abrir uma ação penal contra Bolsonaro e os demais denunciados.

Com a decisão, será aberta uma ação penal contra o ex-presidente e sete de sus aliados: Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Alexandre Ramagem (deputado e ex-diretor-geral da Abin) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).

Em seguida, ainda vão votar a ministra Cármen Lúcia e o presidente da Turma, Cristiano Zanin.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez uma publicação na plataforma X nesta quarta-feira, 26 sobre Jair Bolsonaro. Sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta pode tornar réus o ex-presidente e outras sete pessoas por crime de golpe de Estado.

"Bolsonaro arregou. Muito machão na hora de tentar derrubar a democracia do País, mas um baita arregão na hora de encarar a Justiça. Depois de ontem, desistiu de ir ao STF acompanhar a votação que o tornará réu. Típico!", escreveu Boulos nesta quarta.

O ex-mandatário acompanha o segundo dia de julgamento no gabinete de seu filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Senado. Na terça-feira, 25, quando o julgamento foi iniciado, o ex-presidente assistiu à analise de dentro do plenário da Suprema Corte.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 26, que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) comprovou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve conhecimento sobre o plano de assassinato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As declarações ocorreram nesta quarta-feira, 26, quando o Supremo julga se recebe ou rejeita a denúncia da PGR contra Bolsonaro e mais sete acusados de tentarem um golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente nega envolvimento com a trama.

"A Procuradoria-Geral da República demonstrou conhecimento de Jair Messias Bolsonaro sobre o plano criminoso Punhal Verde e Amarelo, que tinha como finalidade o monitoramento e a execução de autoridades públicas brasileiras", declarou Moraes.

Na sequência, o ministro afirmou que a denúncia apontou diálogo entre o general Mario Fernandes e o ex-ajudante de Ordens Mauro Cid em 8 de dezembro de 2022, "corroborando o acompanhamento de Jair Messias Bolsonaro sobre essa operação criminosa e violenta".

Na ocasião, Moraes leu uma mensagem de Fernandes em que o militar diz: "Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo [Lula], não seria uma restrição. Que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo… Mas aí na hora eu disse: pô, presidente, mas o quanto antes… a gente já perdeu tantas oportunidades".

Em relação aos ataques à Justiça Eleitoral, Moraes disse que a PGR demonstrou que Bolsonaro sabia que não havia fraude nas urnas eletrônicas. O ministro lembrou que o ex-presidente convocou uma reunião com embaixadores "para falar mal" e "plantar notícias falsas" sobre as eleições.

"Todos se recordam que, a partir de um determinado momento, o então ministro da Defesa, general Paulo Sergio, passou a comandar no âmbito das Forças Armadas que tinha uma missão dada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Essa missão era comprovar fraude às urnas. Era a necessidade de comprovar que a eleição era fraudulenta", disse Moraes.