EUA: Blitz da ICE mata uma pessoa no subúrbio de Chicago após tentativa de fuga

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Um oficial do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE, na sigla em inglês) atirou fatalmente em um suspeito que tentou evitar a prisão nesta sexta-feira em um subúrbio de Chicago, dirigindo seu carro em direção aos oficiais e arrastando um deles, disseram as autoridades.

O tiroteio fora da cidade ocorre após dias de ameaças da administração Trump de intensificar a aplicação da imigração na terceira maior cidade do país.

O Departamento de Segurança Interna afirmou em um comunicado à imprensa que o oficial estava tentando prender um homem com histórico de direção imprudente que havia entrado ilegalmente no país, mas ele recusou as ordens dos oficiais e, em vez disso, dirigiu seu carro em direção a eles. O oficial do ICE que foi atingido e arrastado pelo carro sentiu que sua vida estava ameaçada e abriu fogo, alegou o departamento.

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comentou nesta sexta-feira, 12, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo Alckmin, o Brasil deve "um reconhecimento justo e necessário" à Polícia Federal (PF), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), "pelo cumprimento exemplar da sua missão de defender as liberdades, defendendo a democracia".

"É necessário fazer esse reconhecimento ao trabalho exemplar feito pelas três instituições", completou ele, em entrevista a jornalistas durante agenda em Sorriso (MT). "O que faz diferença são boas instituições. As instituições são permanentes", finalizou.

Tarifaço

Alckmin também comentou o tarifaço aplicado pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Ele destacou a exclusão da celulose, que estava com tarifa de 10% e veio para zero nesta semana.

O vice-presidente voltou a dizer que o Brasil "não é problema" para os americanos, em razão do superávit comercial que os EUA têm. "O Brasil ajuda a balança comercial americana. E nós vamos trabalhar para excluir mais setores e reduzir esta alíquota."

"Nós estamos trabalhando para resolver essa questão do tarifaço permanentemente. E acreditamos que é possível avançar", pontuou.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou dois memes nos stories de seu perfil no Instagram entre a noite de quinta-feira, 11, e esta sexta-feira, 12. Na quinta, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.

O fato não é mencionado nas postagens. Bolsonaro teve a maior pena entre os oito réus do núcleo crucial, fixada em 27 anos e três meses.

A primeira publicação é um meme do cantor Michael Jackson comendo pipoca, cena do videoclipe da música Thriller. O gif é usado para reagir a acontecimentos e discussões online.

O story seguinte é um vídeo da personagem Nazaré Tedesco, vilã da novela Senhora do Destino, exibida em 2004. No vídeo, Nazaré cumprimenta transeuntes com entusiasmo, dizendo: "Bom dia! Um dia tão lindo!".

Logo depois, foram divulgados os compromissos da primeira-dama, que visitou cooperativa agrícola em Porto Alegre e participou de evento na Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, bem como imagens dessas atividades.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve nenhuma manifestação nas redes aludindo ao julgamento. Poucos dias antes do início das sessões, em entrevista, Lula disse que não assistiria à análise da ação penal porque tinha "coisa melhor para fazer".

Na quinta-feira, o perfil oficial dele no Instagram focou no lançamento da Carteira Nacional do Docente, documento para professores da rede pública e privada.

Durante o julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus por envolvimento na trama golpista, uma atitude chamou a atenção do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Ele criticou o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por sentar-se ao lado do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma da Corte.

Para o ex-ministro, a postura foi "extravagante" e fora do decoro. Marco Aurélio afirmou que a presença de Barroso só faria sentido se o julgamento estivesse ocorrendo no Plenário, o que não foi o caso. Com a inexistência dessa alternativa, é um passo "demasiadamente largo".

"Para mim, é algo extravagante. Ele ter afastado o secretário ou a secretária da turma e sentado ao lado do presidente da sessão na cadeira respectiva. Para mim é algo extravagante. Ainda bem que nós não tivemos palmas ao final do julgamento, mas ficará também na história do tribunal", afirmou o ex-STF durante entrevista ao Uol.

"Evidentemente, se o processo estivesse no plenário, ele teria presidido a sessão. Agora, ele comparecer à sessão e tomar o assento, que é o assento destinado ao secretário da turma, é um passo demasiadamente largo e que eu não daria jamais", adicionou o Marco Aurélio.

Em consonância com o voto do ministro Luiz Fux, que defendeu a absolvição dos envolvidos na Ação Penal 2668, o ex-ministro do STF declarou compartilhar do mesmo posicionamento. "A competência do Supremo é o que está na Constituição Federal de forma exaustiva e não exemplificativa e mais nada. Supremo não é competente, como eu venho batendo nessa tecla, para julgar processo-crime que envolva cidadãos comuns ou ex-presidente da República', concluiu.

Anteriormente, em entrevista ao portal Terra, Marco Aurélio Mello defendeu a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. "Anistia é ato soberano do Congresso Nacional. É virada de página. Implica pacificação", afirmou o magistrado nesta quarta-feira, 10.

O posicionamento do ex-STF contrasta com a maioria dos ministros da Primeira Turma do STF, principalmente com o do relator, Alexandre de Moraes, que em seu voto defendeu a soberania brasileira e rejeitou qualquer possibilidade de anistia. Moraes foi enfático. "Impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação. O caminho aparentemente mais fácil e só aparentemente, que é o da impunidade, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade".

Dentre as acusações contra Jair Bolsonaro, destacou-se a de liderar uma organização criminosa e a de atentar contra o Estado Democrático de Direito, crimes pelos quais foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Os demais militares envolvidos na trama golpista também foram condenados. O julgamento foi encerrado nesta quinta-feira, 11.