Ex-ministro do STF critica Barroso e defende anistia: 'Postura extravagante'

Política
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Durante o julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus por envolvimento na trama golpista, uma atitude chamou a atenção do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Ele criticou o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por sentar-se ao lado do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma da Corte.

Para o ex-ministro, a postura foi "extravagante" e fora do decoro. Marco Aurélio afirmou que a presença de Barroso só faria sentido se o julgamento estivesse ocorrendo no Plenário, o que não foi o caso. Com a inexistência dessa alternativa, é um passo "demasiadamente largo".

"Para mim, é algo extravagante. Ele ter afastado o secretário ou a secretária da turma e sentado ao lado do presidente da sessão na cadeira respectiva. Para mim é algo extravagante. Ainda bem que nós não tivemos palmas ao final do julgamento, mas ficará também na história do tribunal", afirmou o ex-STF durante entrevista ao Uol.

"Evidentemente, se o processo estivesse no plenário, ele teria presidido a sessão. Agora, ele comparecer à sessão e tomar o assento, que é o assento destinado ao secretário da turma, é um passo demasiadamente largo e que eu não daria jamais", adicionou o Marco Aurélio.

Em consonância com o voto do ministro Luiz Fux, que defendeu a absolvição dos envolvidos na Ação Penal 2668, o ex-ministro do STF declarou compartilhar do mesmo posicionamento. "A competência do Supremo é o que está na Constituição Federal de forma exaustiva e não exemplificativa e mais nada. Supremo não é competente, como eu venho batendo nessa tecla, para julgar processo-crime que envolva cidadãos comuns ou ex-presidente da República', concluiu.

Anteriormente, em entrevista ao portal Terra, Marco Aurélio Mello defendeu a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. "Anistia é ato soberano do Congresso Nacional. É virada de página. Implica pacificação", afirmou o magistrado nesta quarta-feira, 10.

O posicionamento do ex-STF contrasta com a maioria dos ministros da Primeira Turma do STF, principalmente com o do relator, Alexandre de Moraes, que em seu voto defendeu a soberania brasileira e rejeitou qualquer possibilidade de anistia. Moraes foi enfático. "Impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação. O caminho aparentemente mais fácil e só aparentemente, que é o da impunidade, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade".

Dentre as acusações contra Jair Bolsonaro, destacou-se a de liderar uma organização criminosa e a de atentar contra o Estado Democrático de Direito, crimes pelos quais foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Os demais militares envolvidos na trama golpista também foram condenados. O julgamento foi encerrado nesta quinta-feira, 11.

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Um oficial do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE, na sigla em inglês) atirou fatalmente em um suspeito que tentou evitar a prisão nesta sexta-feira em um subúrbio de Chicago, dirigindo seu carro em direção aos oficiais e arrastando um deles, disseram as autoridades.

O tiroteio fora da cidade ocorre após dias de ameaças da administração Trump de intensificar a aplicação da imigração na terceira maior cidade do país.

O Departamento de Segurança Interna afirmou em um comunicado à imprensa que o oficial estava tentando prender um homem com histórico de direção imprudente que havia entrado ilegalmente no país, mas ele recusou as ordens dos oficiais e, em vez disso, dirigiu seu carro em direção a eles. O oficial do ICE que foi atingido e arrastado pelo carro sentiu que sua vida estava ameaçada e abriu fogo, alegou o departamento.

Republicanos do Missouri deram ao presidente dos EUA, Donald Trump, uma vitória política nesta sexta-feira, ao aprovarem em caráter definitivo um plano de redistritamento que pode ajudar o partido a conquistar mais uma cadeira na Câmara dos Deputados dos EUA nas eleições do próximo ano.

A votação no Senado envia o plano de redistritamento ao governador republicano Mike Kehoe, que deve sancioná-lo para transformá-lo em lei. Mas opositores anunciaram imediatamente uma petição de referendo que, se bem-sucedida, pode forçar uma votação estadual sobre o novo redesenho distrital.

Trump agradeceu a aprovação do novo mapa eleitoral no Missouri em publicação na Truth Social. "Obrigado ao Grande Estado do Missouri pelo Redistritamento que, esperançosamente, nos dará uma cadeira adicional no Congresso!", escreveu, destacando que o plano passou "de forma esmagadora" pelas duas casas legislativas estaduais.

Na publicação, Trump parabenizou Kehoe e líderes da Assembleia Legislativa pela "fantástica" atuação, afirmando que o novo redesenho "muito mais justo e melhorado" ajudará a eleger mais um republicano do movimento MAGA (Make America Great Again, o slogan de campanha de Trump) nas eleições de meio de mandato de 2026.

No mês passado, parlamentares republicanos do Texas aprovaram um novo mapa da Câmara visando garantir ao partido cinco cadeiras adicionais. Parlamentares democratas na Califórnia reagiram com seu próprio plano de redistritamento, também mirando cinco assentos extras, mas que ainda precisa de aprovação dos eleitores. Outros estados podem seguir o mesmo caminho.

Cada cadeira pode ser crucial, já que os democratas precisam ganhar apenas três para assumir o controle da Câmara, o que lhes permitiria obstruir a agenda de Trump e abrir investigações contra ele. Trump tenta evitar a tendência histórica em que o partido do presidente geralmente perde assentos nas eleições de meio de mandato.

Protestos violentos nesta semana, que resultaram na morte de pelo menos 40 pessoas e forçaram o primeiro-ministro do Nepal a renunciar, abriram caminho para que o país do Himalaia tenha sua primeira líder feminina nesta sexta-feira, 12. Os manifestantes conseguiram, em discussões presididas pelo presidente e coordenadas pelo exército, instalar Sushila Karki, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de Justiça do país, como líder de um governo interino.

Karki, de 73 anos, foi empossada na noite de desta sexta-feira (pelo horário local) pelo presidente Ram Chandra Paudel, de acordo com jornais e TV estatais.

Jovens manifestantes que foram às ruas na segunda-feira contra a corrupção e uma proibição de redes sociais pressionaram pela nomeação da ex-juíza, conhecida por promover liberdades civis e ser rigorosa contra a corrupção.

Karki serviu como chefe de Justiça por cerca de um ano entre 2016 e 2017. Fonte: Dow Jones Newswires.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado