Juntos, conseguimos o que muitos acharam que era impossível; há paz no Oriente Médio, diz Trump

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O presidente americano, Donald Trump, destacou a união dos países para alcançar o acordo de paz em Gaza, em discurso na cerimônia de paz no Egito, nesta segunda-feira. Na ocasião, ele voltou a agradecer os países mediadores para o cessar-fogo na região e destacou o retorno de civis para suas casas.

"Hoje é o dia que as pessoas estavam rezando para acontecer. Juntos, conseguimos o que muitos acharam que era impossível; agora, há paz no Oriente Médio. Diziam que a Terceira Guerra Mundial começaria no Oriente Médio, mas isso não vai acontecer", afirmou.

Trump afirmou que, com a paz, inicia-se a reconstrução em Gaza, mas ponderou que "essa será a parte mais fácil".

O presidente egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, ressaltou que acordo de paz "vira uma página dolorosa" da história da região e mencionou que espera que o conflito em Gaza seja o último do local.

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O economista Paul Michael Romer, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2018, aconselhou os brasileiros a não aceitarem interferências das big techs americanas nas suas vidas e nos sistemas político e judiciário brasileiros.

"Eu tenho dois conselhos para os brasileiros. O primeiro é para que saibam que o setor público existe para trabalhar para os cidadãos. Agora, o segundo conselho que eu daria para o povo do Brasil é para não deixar que os monopólios tecnológicos, os gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, tirem vantagem do País e destruam seus sistemas políticos. Ou seja, não transformem os brasileiros em servos sob a frágil supervisão dessas empresas", disse o Nobel de Economia.

De acordo com ele, se fosse nos EUA, proibiria o modelo de publicidade das gigantes americanas de tecnologia. "Se fosse no meu país, eu proibiria o modelo de publicidade ou, melhor ainda, taxaria até que ela deixasse de existir".

"Esse não é o usual modelo de publicidade. Isso é publicidade direcionada e baseada em vigilância e conhecimento, conhecimento detalhado de manipulação, e manipulação da informação em nome de pessoas que fazem pagamentos de terceiros. Isso não é um mercado competitivo. Isso não é um sistema que tem algum valor", disse o economista.

"Eu acho que nós deveríamos simplesmente taxar até que deixasse de existir. Vocês realmente deveriam descobrir quanto os brasileiros de fato enviam para os gigantes da publicidade digital, Facebook, Meta, Google, e cada vez mais a Microsoft e a Amazon. É um punhado de firmas. Eu acho que vocês ficariam espantados com quanto dinheiro vocês enviam para essas firmas", apontou Romer.

Ainda de acordo com o economista, é importante que os brasileiros tenham em mente que "se vocês estão cientes dos problemas, é essencialmente em uma equação de custo-benefício". "Porque renda é diferente de receita e custo. E você não pode dizer onde a renda acontece. É uma equação de receita-custo-benefício em diferentes locais. Então, a renda se move para encontrar a menor restrição tributária. E isso é muito difícil de fazer. Mas você não precisa taxar a renda. Mas tem que taxar a receita destas firmas por estarem exibindo anúncios no Brasil", concluiu.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta terça-feira, 14, o avanço da gestão estadual sobre o controle da área da favela do Moinho, no centro da capital paulista, que tem sido alvo de disputa entre os governos estadual e federal. O decreto que oficializa a cessão da área por 20 anos ao Estado foi publicado no Diário Oficial desta terça.

O acordo de transferência havia sido anunciado em junho, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região. Tarcísio foi convidado, mas não compareceu por conta de evento habitacional em São Bernardo do Campo (SP), berço político de Lula. Pela medida, o governo paulista passa a ter posse e direitos de uso da área, enquanto a propriedade formal permanece com a União.

"Logo que a gente consiga desmobilizar, a gente inicia a construção do Parque do Moinho. A gente vai ter a demolição daquelas estruturas", afirmou Tarcísio. "Aí nós vamos fazer a transposição de linhas, a construção daquilo que vai ser a Estação Bom Retiro, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e também o Parque do Moinho, que vai se integrar à grande intervenção urbanística que a gente vai fazer no centro."

Segundo o governador, 70% das famílias que ocupavam o local já foram removidas, e o atendimento habitacional "segue como prioridade" da administração estadual. Parte dos moradores já recebeu unidades definitivas, enquanto outros estão sendo atendidos por meio do aluguel social até a conclusão dos novos empreendimentos, de acordo com ele. Tarcísio afirmou ainda que a área representa hoje um risco à integridade física das pessoas que ainda vivem no local, devido ao comprometimento estrutural dos imóveis.

Crime organizado

O governador também declarou que o Estado mantém o acompanhamento das investigações sobre a atuação do crime organizado na região, após denúncias de ameaças a funcionários da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a moradores. Ele afirmou que a situação se estabilizou após uma operação policial que prendeu lideranças criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC) ligadas à favela, permitindo que as ações no entorno transcorressem "de forma mais serena e segura".

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a negar nesta terça-feira, 14, ter atuado para derrubar a Medida Provisória (MP) que buscava alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O chefe do Executivo paulista afirmou que o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), quis apenas "ser gentil" ao agradecer-lhe pela derrota do governo federal em plenário, e disse que estão "levando seu nome em vão".

"(Sóstenes) quis ser gentil. O fato é que eu estou focado aqui em São Paulo, e esse assunto é um assunto do Congresso, né? Eu acho que a articulação política cabe ao governo. É ele que tem a responsabilidade, né, de aprovar ou não matérias dentro do Parlamento", disse Tarcísio.

As declarações do governador foram dadas após a entrega de um conjunto habitacional de R$ 63 milhões na zona oeste da capital paulista ao lado do prefeito e aliado, Ricardo Nunes (MDB). Durante sua fala, o governador voltou a criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem tem travado uma disputa pública. Na semana anterior, Tarcísio havia publicado nas redes sociais um vídeo em que dizia que o petista precisava "tomar vergonha na cara".

"Acho que o Haddad tem uma preocupação maior pra ele, que é a questão fiscal. Todo mundo está preocupado com o rumo fiscal do Brasil", afirmou. "A gente não quer, lá na frente, ter um dessabor, né? Não quer ver o País flertando com superendividamento, inflação alta e, eventualmente, recessão."

O chefe do Executivo paulista disse torcer para que o governo federal adote um rumo fiscal responsável, e alertou para os riscos da atual trajetória das contas públicas. Segundo ele, o País já arrecadou cerca de R$ 3 trilhões até outubro, o que representa aproximadamente 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mas ainda assim deve registrar déficit primário neste ano.

Tarcísio observou que o déficit nominal tem elevado a relação dívida/PIB, o que classificou como "perigoso para o País". "Ajustes são necessários, e a gente torce para que esses ajustes sejam feitos", completou.

A polêmica teve início após parlamentares petistas afirmarem que o governador teria atuado, direta ou indiretamente, para barrar a MP. O próprio Haddad reagiu publicamente, ao dizer que "um governador de Estado agiu em detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima", mas que, apesar disso, o governo federal "não vai prejudicar São Paulo".