Tiroteio em Washington é investigado como ato terrorista, afirma FBI

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Kash Patel, diretor do FBI, anunciou nesta quinta-feira, 27, que o ataque a tiros contra dois soldados da Guarda Nacional em Washington é investigado como um ato de terrorismo. "Trata-se de uma investigação em curso por terrorismo", declarou Patel em uma coletiva de imprensa.

Autoridades locais disseram que o suspeito de 29 anos estava sob custódia e que aparentemente agiu sozinho. O tiroteio ocorreu a poucos quarteirões da Casa Branca, na véspera do Dia de Ação de Graças.

Segundo Jeffery Carroll, chefe assistente executivo do Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, o atirador surgiu de uma esquina, levantou a arma e atirou contra os membros da Guarda Nacional. O suspeito também foi baleado, embora não esteja claro quem o feriu.

Atirador entrou nos EUA por meio de programa migratório

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, disse que o suspeito entrou nos EUA em setembro de 2021 por meio de um programa conhecido como Operação Aliados Bem-Vindos.

O programa migratório foi desenvolvido durante o governo Biden depois que o Taleban retornou ao poder no Afeganistão em agosto de 2021. Ele permitiu a entrada de cidadãos afegãos aos Estados Unidos com concessões de permanência temporária de dois anos, mas sem nenhum tipo de status de imigração permanente.

Os afegãos inscritos no programa passaram por uma inspeção e foram alojados em bases militares dos EUA em todo o país antes de serem inseridos no país.

Objetivo do programa

O programa foi lançado pelo governo Biden como uma forma de ajudar os afegãos que foram cruciais em auxiliar as tropas americanas no país e o esforço de Washington em remodelar a sociedade civil no Afeganistão. A ideia era proteger aqueles que poderiam sofrer retaliações do Taleban se continuassem no Afeganistão.

O governo Biden enfatizou que a proposta incluía verificações de antecedentes e de segurança. O Serviço de Pesquisa do Congresso estimou que cerca de 77 mil afegãos entraram nos EUA sob o programa, que esteve em vigor por cerca de um ano.

A Operação Aliados Bem-Vindos foi criticada por republicanos na época do lançamento, incluindo congressistas que questionaram os métodos de checagem.

O Inspetor Geral do Departamento de Segurança Interna encontrou algumas falhas no programa, incluindo imprecisões de dados nos arquivos de alguns dos indivíduos que passaram pela iniciativa.

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O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em postagem nas redes sociais nesta quinta-feira, 27, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma "crise acentuada" e que médicos foram acionados após episódios persistentes de soluços e refluxo ao longo do dia. Segundo ele, o quadro teria começado durante a noite.

"Acabo de receber a informação de que meu pai acaba de ter mais uma crise acentuada que já vinha se arrastando. Os médicos foram acionados nesta tarde (27) diante da persistência de soluços e refluxos que começaram durante a noite e continuaram ao longo do dia. Ele não vai sobreviver frente a essa injustiça", escreveu o filho do ex-presidente em seu perfil no X (antigo Twitter).

Até o momento, não houve atualização oficial sobre o estado de saúde do ex-presidente. O Estadão entrou em contato com a defesa e aguarda retorno.

Na manhã desta quinta, Bolsonaro recebeu a visita do filho Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), e da mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ele cumpre pena pela trama golpista. Ela deixou o prédio sem falar com a imprensa. Jair Renan reiterou que o pai enfrenta crises de soluço constantes, incluindo um episódio ocorrido durante a madrugada.

"Ele está fragilizado. Está muito triste com tudo que está acontecendo", disse. "Eu vim tentar levantar o ânimo do meu velho", afirmou Jair Renan, que levou um livro de caça-palavras para o pai.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso Nacional nesta quinta-feira, 27, projetos de lei de criação da Universidade Federal do Esporte e da Universidade Federal Indígena. As duas instituições terão suas sedes em Brasília, mas com atuações em outras regiões. A previsão é de que as unidades entrem em funcionamento em 2027.

A definição dos cursos, nas duas universidades, virá apenas após a aprovação dos projetos de lei no Congresso Nacional. O plano prevê que a Universidade Federal do Esporte tenha centros de excelência nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, além da sede no Distrito Federal.

A previsão é de que a instituição ofereça cursos como de técnico de futebol e de gestão do esporte com 3.000 vagas disponíveis e cursos de quatro semestres. Haverá também parceria com a Universidade Aberta do Brasil, para cursos à distância.

Já a Universidade Federal Indígena deverá ter cursos como gestão ambiental e territorial, gestão de políticas públicas, sustentabilidade socioambiental e promoção das línguas indígenas.

Com a oferta inicial de 10 cursos, a previsão é de oferecer até 48 cursos de graduação e atender aproximadamente 2,8 mil estudantes indígenas nos primeiros quatro anos de implantação.

Em discurso durante a cerimônia em que assinou a mensagem de envio dos dois projetos de lei ao Congresso, Lula defendeu as ações voltadas aos atletas e aos povos indígenas. Disse que, em relação aos povos originários, que a universidade "é necessária para dar um direito que nunca deveria ter sido tirado". Também defendeu o papel do Estado no apoio a atletas e aos povos originários.

"O que a gente vai fazer é dar condições científicas e técnicas para aperfeiçoar aquilo que a pessoa já tem. A pessoa nasce com aquele dom, o que precisa é ter chance. Tem atleta que não tem um tênis para correr, que não tem as calorias e proteínas necessárias para se alimentar. Essas pessoas terão muito menos chance de ser um atleta de alto rendimento. E de quem é o papel? É do Estado", disse Lula.

*Com informações da Agência Brasil.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres vai cumprir a pena de 24 anos a que foi sentenciado no processo da trama golpista em uma unidade de 54 metros quadrados no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

O espaço tem capacidade para quatro presos, mas será reservado exclusivamente ao ex-ministro, como uma Sala de Estado Maior.

A unidade é composta por quarto, banheiro, lavanderia, cozinha, sala e área externa. Há também geladeira, chuveiro com água quente, armários, cama de casal e televisão.

O Estadão antecipou como seriam as acomodações dos condenados encaminhados à Papudinha. Era esperado o ex-presidente fosse transferido para o local em vez de ficar mantido na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.

Tradicionalmente, o local conta com beliches em que os presos se dividem, mas as camas duplas foram substituídas por uma de casal apenas para Torres.

O banho de sol é feito na área externa da cela, que tem 10 metros quadrados. Torres poderá usar o espaço para praticar exercícios físicos sem controle de horário.