França anuncia serviço militar voluntário para jovens em meio a tensões crescentes com Rússia

Internacional
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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira, 27, um novo serviço militar voluntário de 10 meses para jovens de 18 e 19 anos, previsto para começar no próximo ano. A medida, apresentada na base militar de Varces, nos Alpes franceses, busca reforçar a capacidade de defesa da França diante do avanço das tensões com a Rússia.

Os voluntários atuarão exclusivamente em território francês e ultramarino, sem participação em missões no exterior. O programa começa no próximo verão com 3 mil jovens e deve alcançar 10 mil por ano até 2030, com ambição de chegar a 50 mil em 2035.

Eles receberão salário, equipamentos e um mês de treinamento, seguido de nove meses integrados a unidades militares, desempenhando funções semelhantes às de militares ativos. Ao final, ingressarão na reserva.

Macron descartou o retorno do serviço militar obrigatório, abolido em 1996, mas afirmou que, em circunstâncias excepcionais, o Parlamento pode tornar o serviço compulsório para jovens com habilidades específicas identificadas em cursos de defesa.

A iniciativa faz parte do plano de ampliar os investimentos militares, que incluirão 6,5 bilhões de euros extras nos próximos dois anos. A França pretende elevar o orçamento anual de defesa a 64 bilhões de euros em 2027, o dobro do nível de 2017. O país tem cerca de 200 mil militares ativos e mais de 40 mil reservistas, número que pretende ampliar para 100 mil até 2030.

A França segue tendência de outros países europeus que reforçam suas forças armadas, como Alemanha, Bélgica e Polônia, em meio ao aumento das tensões com Moscou. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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O Partido Liberal (PL) suspendeu o salário e as atividades do ex-presidente Jair Bolsonaro após ele começar a cumprir a pena de 27 anos de prisão à qual foi condenado.

O partido informa que vai cancelar as atividades e a remuneração de Bolsonaro, que é presidente de honra do partido, em razão da suspensão dos direitos políticos devido à condenação, "enquanto perdurarem os efeitos do acórdão condenatório na AP (ação penal) 2.668".

O partido diz que a medida é para cumprir a lei 9.096/95, cujo artigo 22 prevê que o partido deve "cancelar imediatamente" a filiação partidária de alguém em caso de morte, perda dos direitos políticos, expulsão, "outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da decisão" e "filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral".

O salário de Bolsonaro é de R$ 33.873,67, segundo a prestação de contas do PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em agosto, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, consultou o advogado Marcelo Bessa sobre a possibilidade de manter a remuneração do ex-presidente mesmo com a prisão domiciliar.

Bessa fez um parecer em que conclui ser "juridicamente possível e recomendável que a empresa mantenha ativo o contrato de trabalho e o pagamento dos salários". Ele argumentou que não foi verificada nenhuma "restrição específica que impeça a atividade laboral remota" de Bolsonaro.

Prisão na PF

Bolsonaro está numa cela especial na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde sábado, 22, quando foi preso preventivamente por ter tentado violar a tornozeleira eletrônica e levantar na Polícia Federal a suspeita de fuga.

Na terça-feira, 25, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encerrou o processo e determinou o início do cumprimento da pena. Os demais condenados no "núcleo crucial" da trama golpista foram levados para unidades diversas das Forças Armadas e do sistema penitenciário.

Bolsonaro tem sido visitado pelos familiares na última semana, mediante autorização do STF. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também recebe salário como presidente do PL Mulher (R$ 33.873,67), e os três filhos que moram no Brasil - o senador Flávio (PL-RJ) e os vereadores Carlos (PL-RJ) e Renan (SC) - foram vê-lo na PF.

Michelle tem enviado marmitas ao marido, levados por um de seus irmãos, Eduardo Torres, uma das principais companhias de Bolsonaro durante sua prisão domiciliar, uma vez que familiares podiam visitá-lo sem pedir autorização.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quinta-feira, 27, no Annual Meeting realizado pela XP Asset Management, que o anúncio do nome que irá concorrer às eleições presidenciais do próximo ano deverá acontecer no início do próximo ano.

"Eu acredito que saberemos no início do ano que vem", respondeu ao mediador que questionou quem será o candidato da direita no próximo ano. Ele seguiu dizendo: "Precisamos ter um pouco de calma. O mercado é muito ansioso mesmo. O mercado gosta de precificar tudo muito rapidamente".

Durante sua fala, Tarcísio expressou compreensão pela preocupação do mercado e reconheceu a justificativa para tal preocupação: "O mercado está preocupado e tem razão para estar preocupado". Neste momento, ele citou que, em caso de reeleição do PT, o partido teria de fazer reformas ou o Brasil vai quebrar.

"Qual a alternativa que essa turma (PT) tem a oferecer para o Brasil?", questionou o governador de São Paulo, ressaltando que, se tiver mudança política ano que vem, entrará uma turma que "sabe exatamente o que fazer".

Sobre possíveis nomes da direita em 2026, Tarcísio disse que "não tem ninguém com essa ânsia de ser protagonista". "Não vamos entrar divididos, vamos estar unidos e seremos fortes", afirmou o governador.

Perguntado sobre a prisão de Jair Bolsonaro, Tarcísio disse é preciso resolver a situação do ex-presidente para pacificar o País. "Precisamos ajudar a grande liderança da direita que é Jair Bolsonaro para 2026", afirmou.

Congresso está disposto a entregar um projeto interessante

No evento, Tarcísio de Freitas afirmou que o atual Congresso é absolutamente reformista e disposto a entregar um projeto interessante para o País e que poucos presidentes tiveram habilidade de tornar o Congresso sócio das realizações.

Tarcísio também comentou que será fundamental que o próximo presidente governe com o Congresso. Além disso, ele ressaltou que o Brasil necessita de reforma orçamentária, que vai precisar desvincular receita e que a agenda que deve ser tocada pelo próximo mandatário precisa ser conhecida por todos.

O governador, durante a sua fala, disse ainda que uma eventual vitória da direita significa apreciação de câmbio, queda de inflação e juros. Segundo ele, a agenda que precisa ser tocada é conhecida, já que houve quatro anos de Paulo Guedes como ministro da Economia.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em postagem nas redes sociais nesta quinta-feira, 27, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma "crise acentuada" e que médicos foram acionados após episódios persistentes de soluços e refluxo ao longo do dia. Segundo ele, o quadro teria começado durante a noite.

"Acabo de receber a informação de que meu pai acaba de ter mais uma crise acentuada que já vinha se arrastando. Os médicos foram acionados nesta tarde (27) diante da persistência de soluços e refluxos que começaram durante a noite e continuaram ao longo do dia. Ele não vai sobreviver frente a essa injustiça", escreveu o filho do ex-presidente em seu perfil no X (antigo Twitter).

Até o momento, não houve atualização oficial sobre o estado de saúde do ex-presidente. O Estadão entrou em contato com a defesa e aguarda retorno.

Na manhã desta quinta, Bolsonaro recebeu a visita do filho Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), e da mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ele cumpre pena pela trama golpista. Ela deixou o prédio sem falar com a imprensa. Jair Renan reiterou que o pai enfrenta crises de soluço constantes, incluindo um episódio ocorrido durante a madrugada.

"Ele está fragilizado. Está muito triste com tudo que está acontecendo", disse. "Eu vim tentar levantar o ânimo do meu velho", afirmou Jair Renan, que levou um livro de caça-palavras para o pai.