Celeste Fishbein: quem era a filha de brasileira que morreu após ser sequestrada pelo Hamas

Internacional
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A família de Celeste Fishbein, uma jovem israelense que foi sequestrada pelo grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro, recebeu, nesta terça-feira, 17, a notícia de que a jovem foi encontrada morta. Celeste tinha 18 anos e era filha e neta de brasileiras.

Ela vivia em Be'eri, um kibutz no sul de Israel, com uma população de 1.200 habitantes. Be'eri é uma das maiores das 12 aldeias que compõem o conselho regional de Eshkol, que fica ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza. A comunidade foi o alvo inicial do Hamas no dia 7 de outubro, quando terroristas invadiram a região, assassinaram moradores e sequestraram outros - incluindo Celeste.

Na comunidade rural de Be'eri, a jovem trabalhava como cuidadora de crianças. Embora o serviço militar seja obrigatório para todos os israelenses quando completam 18 anos, ela não se alistou para servir ao Exército pois tinha estilhaços no corpo de um foguete, lançado da Faixa de Gaza em 2012, que caiu no kibutz onde ela vivia, de acordo com familiares.

Celeste é de uma família de judeus brasileiros que se mudaram para Israel. A jovem, que não tinha nacionalidade brasileira - o pai é israelense - era filha de Gladys Fishbein e neta de Sarah Fishbein, brasileiras que nasceram no município de Guaratinguetá, cidade paulista a cerca de 190 quilômetros da capital, e que atualmente viviam em Israel.

Família passou por outro ataque terrorista

A mãe de Celeste é prima-irmã de Flora Rosenbaum. No dia 9 de agosto de 2001, Flora, que estava viajando a Israel acompanhada do marido, Jorge Balazs e da enteada Deborah Brando Balazs da Costa Faria, ficou ferida num atentado. A família passava na frente da pizzaria Sbarro, em Jerusalém, quando um suicida palestino detonou uma bomba.

A explosão deixou 18 vítimas e cerca de cem feridos. Um dos mortos no episódio foi o marido de Flora, Jorge Balazs, de 69 anos. Ela ficou internada no hospital Hadassah Ein Keren, em Jerusalém, por 17 dias, com queimaduras e estilhaços no corpo.

Na segunda-feira, 16, Flora publicou um vídeo em suas redes sociais fazendo um apelo pela vida de Celeste. "Sou Flora, fui vítima de uma atentado terrorista em 2001. Perdi meu marido no atentado. Minha enteada também foi ferida Estamos agora com uma prima sequestrada pelo Hamas (...) Mais uma brasileira no meio deles", disse.

Desaparecimento

Na noite do dia 6, uma sexta-feira, um dia antes do atentado terrorista, Celeste jantou com a avó de 94 anos, a mãe e o irmão. Em seguida, foi para a casa. Os ataques começaram no dia 7 (sábado), por volta das 6h30. De acordo com relato de familiares, no dia do ataque, ela chegou a se esconder num bunker com o namorado.

"Foi um ataque de grande escala e, depois, começaram a chegar os terroristas atacando esse e outros lugares da região", contou Mario Ricardo Fishbein, tio de Celeste, ao Estadão, no domingo, 15. "Eles queimavam as casas para as pessoas saírem e aí disparavam ou sequestravam."

Ela permaneceu em contato com familiares pelo WhatsApp. A última mensagem enviada por Celeste no grupo da família foi por volta de 11h25 do dia 7 - cinco horas depois do início do ataque. No sábado passado, 14, após uma semana desaparecida, a família recebeu a confirmação do exército israelense de que ela estava entre os 199 reféns capturados pelo Hamas.

Em outra categoria

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. Segundo o boletim médico divulgado nesta segunda-feira, 21, ele apresenta "boa evolução clínica" e pressão controlada. Ainda não há previsão de alta.

O novo relatório médico informou que o ex-presidente segue em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea.

A equipe médica afirmou que Bolsonaro continua intensificando as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação.

Ele apresentou um episódio de alteração na pressão arterial, de acordo com o boletim do último sábado, 19.

Jejum de orações convocado por Michelle

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou no domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido. Michelle pediu que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira, estendendo o sacrifício até o próximo dia 28.

"Convoquem seus líderes, familiares e amigos", disse a ex-primeira-dama.

A cirurgia

Bolsonaro passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último dia 13 para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal.

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O ex-presidente foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.

Mensagem sobre o papa Francisco

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou neste domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Michelle pede que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira, 21, estendendo o sacrifício até o próximo dia 28. "Convoquem seus líderes, familiares e amigos", disse a ex-primeira-dama.

Serão 7 dias de clamor", afirmou ela, em sua conta no Instagram, que inclui uma mensagem religiosa na mensagem.

Novo boletim medico divulgado aponta que o ex-presidente segue sem alimentação oral, mas com pressão arterial sob controle e boa evolução clínica. Não há previsão de alta da UTI do hospital DFStar.

Bolsonaro tem intensificado fisioterapia motora e as medidas de reabilitação.

No domingo passado, dia 13, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para retirar aderências do intestino e reconstruir a parede abdominal.

Foi a sétima desde o episódio em o ex-presidente, na época candidato ao Planalto, foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

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O governador de Minas tenta pavimentar um caminho para a eleição presidencial de 2026 e é a favor da anistia para os condenados do 8 de Janeiro - tema que Motta deve enfrentar nas próximas semanas.

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