Aviões da Embraer sofrem acidente em mesmo aeroporto da Tanzânia no mesmo dia

Internacional
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Dois aviões do modelo EMB 120 Brasília, da Embraer, sofreram acidentes na mesma pista de pouso em um aeroporto da Tanzânia, em um intervalo de poucas horas de diferença. Os episódios aconteceram no Aeroporto de Kikoboga, na terça-feira, 28, e não houve feridos entre passageiros e tripulações de ambos os voos.

Segundo o Independent Co., o primeiro avião, da companhia aérea United Air Zanzibar decolou na madrugada de terça-feira, 28, do arquipélago de Zanzibar, levando 30 passageiros e três tripulantes. Ao se aproximar de seu destino, houve alguma falha técnica que impediu o pouso de forma adequada.

Algumas horas depois, outro EMB 120 Brasília, vinculado à Sindbard Air mas também operado pela Unity Air, de acordo com portais especializados em aviação, sofreu um colapso do trem de pouso durante a aceleração enquanto decolava do mesmo aeroporto. A asa direita bateu em um prédio antes que o avião parasse. Como no voo anterior, transportava 30 passageiros e três tripulantes, sem relatos de feridos.

As poucas horas de diferença entre os dois acidentes chamaram a atenção de internautas e de especialistas em aviação. Imagens que circulam nas redes sociais mostram as duas aeronaves, visivelmente danificadas, a poucos metros de distância uma da outra. Não ficou imediatamente claro as causas dos acidentes.

Com capacidade para 30 passageiros, o EMB 120 Brasília foi oficialmente lançado pela Embraer em 1979. O avião, destinado à aviação regional, é um turboélice bimotor de asa baixa. Procurada pelo Estadão para comentar os acidentes, a Embraer não respondeu ao pedido de comentário até a tarde desta quinta-feira, 30. O espaço segue aberto para resposta.

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A bancada do PT na Câmara pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure se o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime contra a soberania nacional ao admitir que havia "passado para a equipe do Trump" informações sobre acordos firmados entre o Brasil e a China. Os parlamentares afirmam que o ex-presidente sugeriu que a questão fosse resolvida "com o apoio de fora", insinuando uma intervenção do governo dos Estados Unidos no relacionamento entre os outros dois países.

Durante uma entrevista coletiva concedida no Aeroporto de Brasília no dia 7, Bolsonaro se queixou sobre a quantidade de acordos assinados entre China e Brasil, entre eles um termo para a exploração de energia nuclear no País. O ex-presidente disse que o governo dos Estados Unidos, comandado pelo presidente Donald Trump, "tem uma preocupação com o Brasil", e alegou que o "problema" do País não poderia ser resolvido de forma interna.

Segundo a bancada petista, a declaração do ex-presidente "defendeu explicitamente uma intervenção estrangeira para alterar os rumos do Brasil", podendo ser enquadrada no crime de "negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de guerra" no território nacional.

"A fala do representado (Jair Bolsonaro) não se traduz num fato isolado, mas revela uma estratégia utilizada por seu grupo com o claro objetivo de desestabilizar a política nacional, atentando contra a soberania e a democracia brasileira", diz o ofício encaminhado à PGR.

A petição dos deputados federais do PT também sugere que a declaração do ex-presidente possui o propósito de dispersar a atenção da denúncia contra o ex-chefe do Executivo e outras 33 pessoas por uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O prosseguimento da denúncia será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 25 de março.

O julgamento da Primeira Turma decidirá se Bolsonaro e outros implicados no plano de golpe passarão a ser réus.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa no governo Jair Bolsonaro, no inquérito do golpe.

Denunciado como um dos líderes do plano golpista, Braga Netto está preso desde 14 de dezembro. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes por suspeita de tentar obstruir a investigação da Polícia Federal.

Os ministros rejeitaram um recurso da defesa para revogar a prisão do general. O julgamento ocorreu no plenário virtual do STF. Nessa modalidade, não há debate entre os magistrados, que registram os votos em uma plataforma online.

Como relator, Alexandre de Moraes abriu os votos e defendeu que os requisitos que o levaram a decretar a prisão de Braga Netto permanecem válidos. O posicionamento foi seguido por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

O procurador-geral da República Paulo Gonet foi contra a soltura do general. Gonet defendeu em manifestação ao STF que "as tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema".

A defesa, por sua vez, afirma que não há provas concretas de que o general tenha tentado influenciar a investigação.

Braga Netto está detido no quartel da 1.ª Divisão de Exército, na zona oeste do Rio de Janeiro, seção subordinada ao Comando Militar do Leste, órgão que foi chefiado pelo próprio Braga Netto de 2016 a 2019, durante a intervenção federal na segurança pública do Estado.

A União foi condenada a pagar R$ 468 mil de indenização à família de Wesley da Hora dos Santos, de 18 anos, que morreu afogado em abril de 2017 em uma atividade prática do ciclo básico de formação de soldado do Exército em Barueri, na Grande São Paulo.

A irmã e a tia dele vão receber o dinheiro. A indenização corresponde a 500 salários mínimos cotados na época da morte.

A decisão é da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3), em São Paulo. O colegiado rejeitou por unanimidade um recurso da União que tentava reverter a condenação e confirmou a sentença da 4.ª Vara Federal de Sorocaba.

A desembargadora Leila Paiva, relatora do processo, afirmou em seu voto que "não há dúvidas" de que a morte "resultou de um conjunto de ações culposas praticadas pelos militares, que agiram com negligência e imprudência".

"Tomando por base as circunstâncias dos fatos, o grau de culpa dos agentes e as condições socioeconômica das partes, mostra-se razoável a condenação fixada na referida sentença (de primeira instância)", concluiu a desembargadora.

Além de Wesley, também morreram afogados Victor da Costa Ferreira, de 18 anos, e Jonathan Turella Cardoso Allah, de 19. Um ex-tenente, um ex-cabo e um ex-soldado foram condenados na esfera penal pela Justiça Militar.

Os recrutas participaram de uma corrida de orientação, em que tinham que localizar pontos demarcados com auxílio de mapa e bússola. A equipe esqueceu de anotar um ponto de pista e, por isso, recebeu um "trote" como penalidade. Foram obrigados a refazer o percurso saindo das margens do lago do quartel do 20º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, o Grupo Bandeirante. A ordem foi que eles deveriam voltar apenas "com o gorro seco".

Segundo a investigação, um dos soldados escorregou na lama e foi parar na parte mais profunda do lago, arrastando dois outros colegas. Eles não sabiam nadar. Apenas um recruta sobreviveu.