Avião dos EUA está há 10 dias em baía após ultrapassar pista e pousar na água

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Um grande avião da Marinha dos Estados Unidos está preso em uma baía no Havaí há mais de 10 dias, depois de ultrapassar uma pista e pousar na água. Um vídeo divulgado nesta semana pelas autoridades norte-americanas, que ainda tentam descobrir como remover a aeronave, mostra que os pneus estão apoiado em um recife de corais.

Nove pessoas estavam a bordo quando o avião pousou em 20 de novembro em águas rasas perto da costa da Base do Corpo de Fuzileiros Navais do Havaí, na Baía de Kaneohe, e ninguém ficou ferido. A base fica a cerca de 16 quilômetros de Honolulu. A Marinha está investigando o que fez com que o avião ultrapassasse a pista.

As imagens subaquáticas mostram "os dois pontos de contato que a aeronave tem com o coral e o restante da aeronave flutuando acima", disse a Marinha. O vídeo mostra pneus no coral enquanto pequenos peixes nadam em fendas nas rochas.

Dois aviões do modelo EMB 120 Brasília, da Embraer, sofreram acidentes na mesma pista de pouso em um aeroporto da Tanzânia, em um intervalo de poucas horas de diferença. Os episódios aconteceram no Aeroporto de Kikoboga, na terça-feira, 28, e não houve feridos entre passageiros e tripulações de ambos os voos.

Dois aviões da Embraer sofrem acidente em mesmo aeroporto da Tanzânia no mesmo dia

O comandante Mark Anderson, que lidera a unidade móvel de mergulho e salvamento da Marinha que trabalha no local, disse que o avião estava pousado em uma mistura de coral e areia. O motor esquerdo está apoiado em coral. O avião sobe um pouco com a maré, então todo o peso do avião não recai sobre o coral, disse ele na segunda-feira.

Uma equipe da Marinha removeu quase todos os estimados 2 mil galões de combustível do avião na segunda-feira, 27. A remoção do combustível reduzirá os riscos para o resto da operação de salvamento, segundo as autoridades envolvidas.

A Baía de Kaneohe abriga recifes de coral , um antigo viveiro de peixes havaiano e um criadouro de tubarões-martelo. O diretor executivo do Sierra Club do Havaí, Wayne Tanaka, disse que o vídeo ressalta possíveis danos ao recife.

"Isso confirma o que sabemos: temos um avião a jato pousado em um recife de coral", disse ele. "Não sabemos o quanto ele se moveu, o quanto poderia se mover." As autoridades ambientais estaduais esperam realizar uma avaliação dos danos assim que o avião for removido.

Em outra categoria

O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que o prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), será o novo secretário de Esportes e Lazer da cidade em seu novo mandato de 2025 a 2028 nesta quinta-feira, 26.

Além de ter sido vereador por duas vezes, Lins permaneceu oito anos à frente da prefeitura e conseguiu eleger o seu cunhado como sucessor, o deputado estadual Gerson Pessoa (Podemos), derrotando o ex-prefeito Emidio de Souza (PT) logo no primeiro turno. Assim que concluir seu segundo mandato, o prefeito passará a integrar a gestão Nunes.

De seu histórico, consta uma prisão preventiva logo após a sua primeira vitória em 2016, quando foi eleito com discurso de renovação política. Lins e mais 13 vereadores foram acusados de contratar funcionários públicos fantasmas. Segundo o Ministério Público de São Paulo, foram estimados desvios de R$ 21 milhões dos cofres públicos decorrentes desses atos.

No dia de Natal daquele ano, Lins se entregou após passar três semanas no exterior. Ele foi solto após pagar uma fiança de R$ 300 mil e assumiu a Prefeitura de Osasco poucos dias depois. Lins negou as acusações.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou que a Câmara dos Deputados deixou de fornecer "informações imprescindíveis" sobre as emendas bloqueadas e pediu novos esclarecimentos para viabilizar o pagamento dos recursos. O magistrado deu o prazo de até as 20h desta sexta-feira, 27, para que as respostas sejam dadas pela Câmara.

Nesta manhã, a Câmara enviou um documento ao STF em resposta à determinação do ministro que bloqueou R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, na última segunda-feira, 23, alegando falta de transparência, e disse que os parlamentares agiram de boa-fé, respeitando a legislação vigente e interpretações jurídicas oficiais do poder Executivo.

O documento cita que o procedimento adotado pelos líderes da Câmara, com a assinatura de 17 líderes de bancadas, foi considerado legal e conforme a decisão da Corte por diversos órgãos do governo, citando pareceres da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Casa Civil, além da análise de quatro ministérios - Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação e Relações Institucionais.

Na decisão do começo da tarde desta sexta, porém, Dino respondeu que a Suprema Corte tenta "viabilizar a plena execução orçamentária e financeira" desde agosto de 2024. "Entretanto, aproxima-se o final do exercício financeiro, sem que a Câmara dos Deputados forneça as informações imprescindíveis, insistindo em interpretações incompatíveis com os princípios constitucionais da TRANSPARÊNCIA e da RASTREABILIDADE, imperativos para a regular aplicação de recursos públicos", diz a decisão.

"Assim, caso a Câmara dos Deputados deseje manter ou viabilizar os empenhos das 'emendas de comissão' relativas ao corrente ano, deverá responder OBJETIVAMENTE aos questionamentos acima indicados até as 20h de hoje (dia 27 de dezembro de 2024), bem como juntar as atas comprobatórias da aprovação das indicações (ou especificações) das referidas emendas, caso existam", complementa.

Na segunda-feira, Dino suspendeu a distribuição de R$ 4,2 bilhões de emendas parlamentares de comissão, que estavam previstas para serem pagos até o fim do ano. Na época, o magistrado afirmou que houve um "apadrinhamento" das emendas pelos líderes partidários, o que na prática impede a identificação dos parlamentares que efetivamente fizeram os pedidos de distribuição.

O sistema de apadrinhamento contraria decisões anteriores do STF, que condicionaram a destinação das emendas aos requisitos da transparência e da rastreabilidade. "Está configurado um quadro que não se amolda plenamente a decisões do plenário do STF, seguidamente proferidas desde 2022", escreveu Dino na decisão do começo da semana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprirá agendas nesta sexta-feira, 27, na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. Dentre os compromissos no local, às 10h30, o petista se reuniu com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em meio ao impasse das emendas envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso.

De acordo com agenda divulgada há pouco, Lula se reuniu com a diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, às 10h. Após o encontro com Padilha, Lula teve agenda com o ministro das Cidades, Jader Filho, às 11h30.

Às 15h, Lula terá reunião com a secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Por fim, o último compromisso oficial previsto será às 15h30 com a ministra da Gestão, Esther Dweck.