China impõe sanções contra alvos nos EUA em meio a suspeitas de violações no país asiático

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A China anunciou nesta terça-feira, 26, a imposição de sanções contra uma empresa e dois indivíduos dos Estados Unidos, em retaliação a medidas semelhantes adotadas pelos americanos, diante de suspeitas de violações dos direitos humanos de grupos minoritários em Xinjiang, no noroeste do país asiático.

 

Em coletiva de imprensa, a porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, informou que as punições miram a Kharon, uma companhia de inteligência e dados baseada em Los Angeles, além de um funcionário da empresa e de uma analista de direitos humanos. Os alvos ficam impedidos de mover ativos e fazer negócios na China.

 

Mao Ning acusou Washington de disseminar narrativas falsas e de usar a situação em Xinjiang como desculpa para interferir nos assuntos domésticos chineses.

 

A porta-voz exortou os americanos a pararem de "difamar" o governo chinês e a retirar sanções unilaterais. "Se os EUA insistirem em ter as coisas do seu jeito, a China definitivamente vai acompanhá-los até o fim", alertou.

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Pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São Paulo (SP) divulgada nesta sexta-feira, 5, aponta que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital, lideram o principal cenário estimulado do levantamento, com a presença de todos os pré-candidatos. Nunes tem 24% e Boulos, 23%. Apesar da vantagem numérica de Nunes, eles estão em empate técnico, dentro da margem de erro da pesquisa.

No principal cenário estimulado, o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) figura com 11%, e o empresário Pablo Marçal, do PRTB, aparece com 10%. Esta é a segunda pesquisa do Datafolha a incluir os nomes do ex-coach e do jornalista como opções de intenção de voto.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) figura com 7%. A economista Marina Helena, do Novo, registrou 5% de menções. Colega de Câmara de Tabata Kim Kataguiri, do União Brasil, tem 3%.

Altino (PSTU), João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP) e Fernando Fantauzzi (DC) tem 1% cada. Votos brancos ou nulos foram 10%. Não sabem ou não souberam responder 3% dos entrevistados.

O Datafolha ouviu 1092 eleitores paulistanos dos dias 2 a 4 de julho. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-01178/2024.

Na modalidade estimulada, as opções de pré-candidatos são apresentadas ao entrevistado pelo agente da pesquisa. Como os pré-candidatos ainda precisam obter um aval das siglas nas convenções partidárias, que terão início a partir do dia 20 deste mês, ainda não se sabe quais nomes, de fato, estarão na campanha eleitoral, que começa em agosto.

Por isso, o Datafolha testou um segundo cenário estimulado, sem os nomes de José Luiz Datena e de Kim Kataguiri. os índices de intenção de voto se reconfiguram. Neste caso, Nunes tem 26%, Boulos, 25% e Marçal vai a 12%.

Também há a pesquisa espontânea, na qual não há sugestão de nomes dos pré-candidatos na disputa e o entrevistado dita a intenção de voto por conta própria. Nesta modalidade, quem lidera é Guilherme Boulos, com 14%, seguido por Ricardo Nunes, com 8%. Nas respostas espontâneas, 55% dos entrevistados diz que ainda não sabe em quem votar.

Há 3% de entrevistados que afirma que irá votar "no atual" mandatário, sem citar o nome de Nunes. Também há 1% de respostas que indicam o voto em uma candidatura do PT, por mais que não haja um petista na disputa, pois Marta Suplicy (PT) será a vice de Guilherme Boulos.

Quinze dias após o afastamento cautelar do desembargador Ivo de Almeida, da presidência da 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa voltou a pedir acesso aos detalhes da investigação que põe o magistrado no centro de suposto esquema de venda de decisões judiciais.

Ivo é o alvo principal da Operação Churrascada, aberta para investigar suspeitas de corrupção no gabinete do desembargador, com a negociação de propinas de até R$ 1 milhão por despachos que poderiam beneficiar inclusive um narcotraficante internacional ligado a Fernandinho Beira-Mar - segundo a PF, essa negociação acabou não sendo fechada porque a decisão implicaria na compra do voto de um segundo desembargador da 1.ª Câmara.

Aos 66 anos, desde 1987 na carreira, Ivo ficará fora das funções por um ano, segundo decisão do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, relator da Churrascada.

Em petição a Og, os advogados Átila Machado, Luiz Augusto Sartori de Castro, Giovana Dutra de Paiva e Felício Nogueira Costa reclamam que o "contraditório" da investigação está mitigado. Eles se dizem impedidos de conhecer os elementos de provas e a íntegra dos fatos que levaram à abertura da ofensiva. "Rematado absurdo", argumentam.

A banca narra que, no último dia 21, Og Fernandes negou um pedido de acesso aos autos, sob o argumento de que existem "diligências sigilosas em curso".

Os advogados veem "afronta ao direito de defesa" do desembargador. Dizem que "não é lícita" qualquer limitação ao direito de a defesa conhecer os detalhes dos autos e que nunca houve a pretensão de acesso a diligências em curso, somente às informações e provas que levaram à abertura da Churrascada no dia 20 de junho.

"A despeito de o desembargador ter sido alvo de busca e apreensão, bem como de diversas medidas cautelares, dentre as quais o afastamento do cargo no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo pelo prazo inicial de 1 ano, passados 15 dias este desconhece os elementos de prova que fundamentaram tais medidas ou, tampouco, o teor da decisão que as decretou", protestam.

Como mostrou o Estadão, a operação da PF balançou os corredores do Tribunal de Justiça de São Paulo com a suspeita de venda de decisões judiciais por propinas de até R$ 1 milhão.

Ivo de Almeida, presidente da 1ª Câmara Criminal da Corte paulista. A PF atribui ao desembargador crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, associação criminosa, peculato e concussão.

Os achados da Operação Churrascada também levaram o Conselho Nacional de Justiça, que fiscaliza o Judiciário, a também abrir uma investigação de caráter disciplinar sobre a conduta de Ivo, por determinação do corregedor-geral de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão.

"Carnes", "Picanha", "chefe da oficina", "mecânico", "carro", "nosso amigo" e "churrasco" eram senhas que, segundo a Polícia Federal, os investigados usavam ao negociar a venda de decisões de Ivo de Almeida. Tais expressões inspiraram os investigadores a batizarem a Operação de "Churrascada".

Além da suspeita de venda de decisões judiciais, a Polícia Federal também investiga se o desembargador Ivo de Almeida operou um esquema de rachadinha em seu gabinete no Tribunal de Justiça de São Paulo. Com a quebra do sigilo bancário, a PF identificou depósitos fracionados e em espécie na conta do desembargador. Foram R$ 641 mil entre fevereiro de 2016 e setembro de 2022.

Em uma tenda improvisada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta sexta-feira, 5, da inauguração do novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na cidade de Osasco. A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

De acordo com a aluna, hoje está sendo inaugurada apenas metade do projeto. "A obra não está concluída. O que está sendo inaugurada hoje é apenas metade da obra. Faltam moradias estudantis, restaurante e auditórios. A universidade não é verdadeiramente nossa, do corpo discente apenas 8% são de alunos negros. Temos que trabalhar com a realidade", disse Jamile.

Em sua breve fala durante o evento, o ex-ministro da Educação e atual titular da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu a cobrança da aluna da Unifesp, alegando que a construção de universidades não tem fim.

"A USP [Universidade de São Paulo] até hoje está sendo construída, prédios estão sendo construídos e professores sendo contratados", disse Haddad se dirigindo à aluna.

Haddad lembrou que desde que o governo Lula iniciou em 2007 "o maior plano de universidades públicas do Brasil", 126 prédios de universidades foram entregues. Na ocasião, continuou o ministro, as pessoas perguntavam sobre o porquê de o governo implantar universidades federais em São Paulo, Estado que já era bem servido por universidades e faculdades.

"O presidente Lula me disse que era importante a presença de universidades federais em São Paulo porque São Paulo não tinha o sentimento de pertencimento", disse Haddad.

Foi a partir de então que, segundo Haddad, que o governo federal resolveu criar o anel universitário em São Paulo, onde só se falava em rodoanel. "Aqui só se falava em rodoanel, que até hoje não está concluído apesar dos recursos enviados pelo governo federal", disse Haddad.