Número de mortos por incêndios florestais no Chile sobe para 100

Internacional
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Os incêndios florestais na região de Valparaíso, no centro do Chile, e em Viña del Mar, já deixaram ao menos 100 mortos, segundo dados do governo local. Mais de 3 mil casas foram destruídas pelos incêndios, de acordo com as autoridades chilenas. Cerca de 370 pessoas estavam desaparecidas em Viña del Mar, disse a prefeita Macarena Ripamonti.

Mais cedo, em pronunciamento na rede de televisão, durante visita à Quilpué, uma área de colinas povoadas nos arredores de Viña del Mar, a cerca de 90 km de Santiago, o presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que o número de mortos deve aumentar.

"Sabemos que vai crescer significativamente", afirmou Boric.

Ele decretou luto nacional por dois dias a partir da segunda-feira e determinou envio de ajuda militar e de saúde à região.

Segundo Boric, os incêndios florestais deste fim de semana são a maior tragédia que o país enfrenta desde o terremoto de 27 de fevereiro de 2010.

Estima-se que 92 incêndios florestais estavam ocorrendo no centro e no sul do país. O governador regional de Valparaíso, Rodrigo Mundaca, disse à imprensa que as autoridades suspeitam que alguns dos incêndios foram intencionais.

Boric disse que as autoridades estão tentando identificar os responsáveis, mas prometeu aplicar o poder da lei sobre eventuais responsáveis.

O governo pediu às pessoas que evacuem várias cidades ao redor de Valparaíso, e as autoridades estabeleceram toques de recolher noturnos para evitar saques e garantir que as estradas estejam livres para veículos de emergência.

Os incêndios no Chile ocorrem dias depois de a Colômbia, no extremo norte da América do Sul, ter sido atingida por incêndios florestais.

Tanto a Colômbia quanto o Chile enfrentam temperaturas extremas no último mês em decorrência da intensidade do fenômeno climático El Niño.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) chorou na tribuna da Câmara Municipal de Balneário Camboriú nesta quarta-feira, 19, ao defender o meio-irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O discurso ocorreu após colegas na Casa terem comentado o anúncio do pedido de licença de Eduardo da Câmara para morar nos Estados Unidos.

Na sessão de terça-feira, 18, o vereador Eduardo Zanatta (PT) disse que a licença do deputado teria sido motivada pelo medo de ser preso.

Na tribuna, Jair Renan pediu respeito com sua família. "Quando você vai atacar alguém, ataque a pessoa, não ataque a família. Eu nunca desrespeitei nenhum familiar. O que aconteceu ontem (terça) foi algo mesquinho e de baixo calão", disse.

Ele também citou o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e disse ter sido difícil vê-lo chorando pela decisão de Eduardo de não retornar ao Brasil.

"Foi duro ver o discurso dele na timeline. Foi duro ver meu pai naquele estado. Eu, que sou irmão, já senti bastante, mas meu pai, o que ele sentiu muitos aqui sabem. Muitos aqui são pais", afirmou.

Um trecho do discurso do filho "04" de Bolsonaro foi compartilhado por ele mesmo em seu perfil do Instagram.

Embora tenha anunciado que vai se licenciar do cargo, Eduardo Bolsonaro ainda não apresentou a solicitação oficial à Mesa Diretora da Câmara. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse na quarta-feira que o partido pretende lançá-lo para o Senado por São Paulo e que ele retornaria ao Brasil daqui a quatro meses.

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O deputado disse que decidiu ficar nos Estados Unidos "para buscar sanções aos violadores dos direitos humanos", referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos nomes da direita pretendem se candidatar à Presidência da República em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou nesta quinta-feira, 20, a permanência do projeto da anistia na discussão política em detrimento de outras pautas mais importantes. Porém, ele não se posicionou sobre a proposição. As declarações ocorreram à CNN Brasil.

O chefe do Palácio das Esmeraldas lembrou ter falado do assunto em fevereiro de 2024 e, na ocasião, defendeu que a matéria já fosse votada para dar foco a outros temas.

"Nós não aguentamos mais este processo que já vão 2 anos e 3 meses", afirmou Caiado sobre a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. "E o Brasil, ao invés de se preocupar com temas relevantes do quadro fiscal, da segurança pública, fica numa pauta que já devia ter sido superada há mais tempo", acrescentou, dizendo que o Congresso deveria votar logo o projeto e resolver o assunto.

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quinta-feira, 20, que se compromete publicamente a cobrar dos "atores envolvidos do Estado" que o voto de cada parlamentar não influencie na liberação das emendas impositivas. As declarações aconteceram na sessão conjunta para a aprovação do projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.

"Comprometo-me, publicamente, a cobrar dos atores envolvidos do Estado brasileiro o cumprimento de uma lei em vigor. Nós não podemos ter um parlamentar, independente do seu voto, que receba a liberação dos recursos, e outro, do lado, que não receba porque votou contrário a este ou aquele governo", declarou.

Alcolumbre prosseguiu: "Essa é uma forma de proteger a independência e a autonomia do Parlamento brasileiro. Eu vivenciei um tempo aqui onde a liberação dos recursos das emendas não impositivas eram definidas conforme cada votação no Parlamento".

Na ocasião, Alcolumbre havia respondido a um protesto do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), que foi à tribuna e disse que 38 deputados da bancada têm, cada um, mais de R$ 5 milhões de emendas impositivas empenhadas e não pagas. Ele próprio afirmou que tem R$ 20 milhões em emendas impositivas que não foram liquidadas.

As emendas impositivas têm execução orçamentária e financeira obrigatórias, exceto em impedimentos técnicos. As emendas individuais são impositivas desde 2015. Sóstenes Cavalcante afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem cumprido essa regra. "Esse meu desabafo é também de vários outros partidos", declarou. "A minha vontade era de obstruir tudo, pedir votação nominal, criar a maior confusão no dia de hoje", acrescentou.

Pouco depois, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) rebateu o líder do PL na Câmara. "Eu também tenho emendas que foram empenhadas e não foram pagas ainda", disse. "Não é um problema partidário, ou de oposição e situação. Então, vamos deixar isso bem claro. Segunda coisa: muitas das emendas de comissão não foram pagas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão do pagamento", continuou. Zarattini completou: "Portanto, vamos reconhecer que o governo tem feito absolutamente tudo o que é possível para que seja feito o pagamento das emendas, que são impositivas e mesmo as que não são impositivas".