Manifestantes pró-palestinos invadem prédio da Universidade de Columbia, em NY

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Dezenas de estudantes que se manifestam pró-palestinos tomaram um prédio da Universidade de Columbia, em Nova York, na madrugada desta terça-feira, 30, barricando as entradas e estendendo uma bandeira palestina em uma janela, na mais recente escalada de manifestações contra a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que se espalhou pelos campi universitários de todo o país.

 

Os estudantes protestam contra as baixas civis na guerra. Alguns deles, no entanto, entoam cânticos antissemitas e hostilizam alunos e professores judeus.

 

Imagens de vídeo mostraram manifestantes no câmpus de Manhattan da Universidade de Columbia se armando em frente ao Hamilton Hall na terça-feira cedo e carregando móveis e barricadas de metal para o prédio, um dos vários que foram ocupados durante um protesto pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã em 1968 no câmpus. As publicações em uma página do Instagram dos organizadores do protesto, pouco depois da meia-noite, pediam que as pessoas protegessem o acampamento e se juntassem a eles no Hamilton Hall.

 

A estação de rádio estudantil, WKCR-FM, transmitiu a tomada do salão - que ocorreu quase 12 horas após o prazo final de segunda-feira, às 14h, para que os manifestantes deixassem o acampamento de cerca de 120 barracas ou fossem suspensos. Os representantes da universidade não responderam imediatamente aos e-mails solicitando comentários na terça-feira, mas pediram que os membros da comunidade universitária que puderem evitar ir ao câmpus de Morningside na terça-feira devem fazê-lo, acrescentando que o pessoal essencial deve se apresentar ao trabalho.

 

Protestam se espalham

 

Universidades de todos os Estados Unidos estão lutando para esvaziar protestos pró-palestinos à medida que as cerimônias de início de ano se aproximam, com algumas continuando as negociações e outras recorrendo à força e a ultimatos que resultaram em confrontos com a polícia. Dezenas de pessoas foram presas na segunda-feira durante protestos em universidades no Texas, Utah e Virgínia, enquanto a Columbia disse horas antes da tomada do Hamilton Hall que havia começado a suspender os alunos.

 

Na Universidade do Texas em Austin, um advogado disse que pelo menos 40 manifestantes foram presos na segunda-feira. O confronto foi uma escalada no câmpus de 53 mil alunos na capital do Estado, onde mais de 50 manifestantes foram presos na semana passada.

 

Mais tarde, na segunda-feira, dezenas de policiais com equipamento antimotim na Universidade de Utah tentaram acabar com um acampamento do lado de fora do escritório do reitor da universidade, que foi montado à tarde. A polícia arrastou os estudantes pelas mãos e pelos pés, quebrando os postes que sustentavam as barracas e amarrando com zíperes aqueles que se recusaram a se dispersar. Dezessete pessoas foram presas. A universidade diz que é contra o código acampar durante a noite na propriedade da escola e que os alunos receberam vários avisos para se dispersarem antes de a polícia ser chamada.

 

A situação dos alunos que foram presos se tornou uma parte central dos protestos, com os alunos e um número crescente de professores exigindo anistia para os manifestantes. A questão é se as suspensões e os registros legais acompanharão os alunos em sua vida adulta. Mais de 800 pessoas já foram detidas.

 

O protesto do Texas e outros - inclusive no Canadá e na Europa - surgiram a partir das primeiras manifestações de Columbia que continuaram. Na segunda-feira, os estudantes ativistas desafiaram o prazo de 2 horas da tarde para deixar o acampamento. Em vez disso, centenas de manifestantes permaneceram. Alguns manifestantes pró-Israel agitavam bandeiras israelenses e um deles segurava um cartaz que dizia: "Onde estão os cantos anti-Hamas?"

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A defesa do ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Garcia Martins pediu permissão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para circular livremente por Brasília entre segunda-feira, 21, e a quarta-feira, 23. A defesa de Martins também quer que ele não perca a liberdade condicional caso seja fotografado ou gravado por profissionais da imprensa.

Nesta quinta-feira, 17, Moraes permitiu que Filipe Martins possa acompanhar presencialmente o julgamento da Primeira Turma do STF na próxima terça-feira, 22. Neste dia, o colegiado vai começar a julgar se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-assessor e outras cinco pessoas por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Moraes garantiu a presença de Filipe Martins no julgamento e o autorizou a "se deslocar tão somente entre aeroporto, hotel e o local da sessão de julgamento". O desembargador Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor, argumenta que ele deve ter o direito de circular pela capital federal, mas se resguardar no período noturno.

"Com o devido respeito, tal formulação impõe uma restrição mais severa do que aquela já observada pelo Requerente em sua comarca de origem (Ponta Grossa-PR), onde cumpre medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno, com monitoramento eletrônico, mas com possibilidade de circulação durante o período diurno dentro dos limites da comarca", disse Coelho.

Segundo o desembargador, caso Martins fique limitado a transitar entre o aeroporto, o hotel e o STF, o ex-assessor poderá ser submetido a "constrangimentos operacionais e jurídicos desnecessários, inclusive no acesso à alimentação, cuidados pessoais, reuniões com a defesa técnica ou deslocamentos imprevistos".

Ao ganhar o direito à prisão domiciliar, em agosto do ano passado, Martins teve que seguir medidas cautelares como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição de conceder entrevistas e a proibição de utilizar redes sociais, com uma multa de R$ 20 mil por publicação feita por ele.

O advogado de Filipe Martins pediu a Moraes que não o puna por "imagens, vídeos ou registros" feitos por pessoas comuns ou profissionais de imprensa. No último dia 7, o ministro do STF multou o ex-assessor em R$ 20 mil por ele aparecer em uma publicação de Sebastião Coelho feita em outubro do ano passado.

"Que seja integrada e esclarecida a decisão, com a inclusão expressa de ressalva quanto à responsabilização do Requerente por imagens, vídeos ou registros feitos por terceiros, inclusive profissionais da imprensa, para que tais exposições involuntárias não sejam interpretadas como violação das medidas cautelares impostas, sobretudo diante da publicidade inerente ao julgamento e da impossibilidade fática de controle sobre a circulação de registros audiovisuais em ambiente digital", solicitou o defensor.

Martins passou seis meses preso preventivamente durante a condução do inquérito dos atos golpistas. A justificativa foi de que ele teria tentado fugir do Brasil para escapar da investigação. O nome do ex-assessor constou em uma lista de passageiros do avião presidencial que decolou para Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. A defesa, posteriormente, defendeu que ele não embarcou e estava no Brasil naquele dia e o ex-assessor foi solto.

A PGR imputou a ele a confecção de uma das minutas do golpe, aquela que previa prender Moraes, o também ministro do STF Gilmar Mendes, além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do Senado.

Além de Martins, a Primeira Turma do STF vai decidir, a partir das 14 horas da terça, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Fernando de Sousa Oliveira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um episódio de alteração da pressão arterial, que já foi controlado, segundo boletim médico divulgado no início da tarde deste sábado, 19. Ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

O relatório médico informou que o ex-presidente continua em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea, já que ainda não apresentou "movimentos intestinais efetivos". A equipe médica informou que serão intensificadas as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação.

O ex-presidente passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último domingo, 13, para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal. Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser "prolongado".

Bolsonaro foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.

A família Bolsonaro tem compartilhado registros do pós-operatório nas redes sociais. Na manhã deste sábado, a página de Bolsonaro no Instagram publicou um vídeo em que o ex-presidente agradece o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que o acompanha durante a internação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovado por 59,1% e aprovado por 37,1% dos eleitores paulistas, de acordo com levantamento da Futura Inteligência. Outros 3,8% dos entrevistados não souberam ou se abstiveram de opinar sobre a gestão petista.

Na avaliação de governo, a maioria (54,1%)considera a gestão ruim ou péssima. Apenas 17,7% consideram a administração do petista regular. O trabalho de Lula é avaliado como bom e ótimo por 27,2% dos entrevistados.

A condição econômica do País é vista como péssima para a maioria dos paulistas (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate a alta dos preços e a criança de empregos. Contudo, a inflação é a terceira maior preocupação dos entrevistados (15,9%), sendo a primeira a saúde (26%), seguida da educação (21,8%).

O levantamento indica ainda que Lula tem desempenho inferior ao do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em termos de popularidade no Estado. O chefe do Executivo paulista tem aprovação de 66,9% dos eleitores ao mesmo tempo em que 48,2% dos paulistas que classificam sua gestão como ótima ou boa.

Outros Poderes

Assim como o presidente Lula, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) também registram avaliação negativa em São Paulo, embora em proporção menor. A reprovação do trabalho do Congresso Nacional chega a 49,9%. Apenas 13,8% dos eleitores consideram ótimo ou bom enquanto 32,1% avaliam como regular.

Já em relação ao STF, a maioria (46,4%) avalia o poder como péssimo. A porcentagem daqueles que acreditam que o trabalho está regular ou bom está próxima, sendo de 23,1% e 27%, respectivamente.

A pesquisa Futura Inteligência entrevistou 1.000 eleitores do Estado de São Paulo, com 16 anos ou mais e entre os dias 5 e 9 de abril. A abordagem utilizada foi a CATI (entrevista telefônica assistida por computador). Conta com uma margem de erro de 3,1 pontos porcentuais (p.p.) e índice de confiança de 95%.