Israel planeja ofensiva no Líbano; EUA alertam para risco de escalada

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Israel e o Hezbollah estão se aproximando de uma guerra em grande escala após meses de hostilidade crescente e um aumento da pressão sobre o governo israelense para proteger sua fronteira norte. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse ontem que Israel está preparado para tomar "medidas muito fortes". Os EUA alertaram que uma escalada irá deteriorar a segurança de Israel, já em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza, no sul.

 

O Hezbollah intensificou seus ataques com drones e foguetes, atingindo importantes instalações militares israelenses. Civis também têm sido alvo. Ontem, um ataque envolvendo dois drones deixou 11 feridos. A autoria da ação foi reivindicada pelo grupo.

 

Israel tem escalado sua resposta com ataques contra instalações do Hezbollah no Vale do Bekaa, no sul do Líbano, bem como contra oficiais militares seniores do grupo. Trata-se do pior combate entre os dois inimigos desde a guerra de um mês em 2006.

 

Sem um cessar-fogo em Gaza e um acordo subsequente com o Hezbollah que atenda às demandas de Israel, autoridades israelenses disseram ao Wall Street Journal que uma ofensiva é inevitável.

 

"Estamos preparados para uma ação muito intensa no norte", disse Netanyahu, ontem, durante uma visita a uma base militar na fronteira.

 

Benny Gantz, um ministro no gabinete de guerra, disse que Israel retornaria os residentes ao norte do país até 1.º de setembro - quando as aulas se reiniciam - "seja por meio de um acordo ou por uma escalada".

 

O Hezbollah, designado como uma organização terrorista pelos EUA e aliado do Irã, um país de maioria xiita assim como o grupo, abriu uma frente de batalha com Israel um dia depois dos ataques do Hamas, em 7 de outubro, em apoio aos palestinos em Gaza. Segundo seus líderes, a campanha não se encerrará até que Israel cesse o conflito.

 

Relutante em abrir uma segunda frente, Israel inicialmente respondeu ao Hezbollah com ataques retaliatórios. Mas nas últimas semanas, ambos os lados dizem que houve um aumento acentuado nas hostilidades.

 

Incêndios florestais provocados por ataques de drones e foguetes do Hezbollah se espalharam pelo norte de Israel entre domingo, 2, e terça-feira, 4. Apesar de contidos, suas imagens incitaram pedidos em Israel para que, após oito meses de guerra de baixa intensidade que removeu mais de 60 mil israelenses de suas casas, o governo inicie uma ofensiva.

 

Pressão

 

"Eles estão queimando aqui, precisamos queimar todos os redutos do Hezbollah e destruí-los. Guerra!", disse Itamar Ben-Gvir, o ministro de Segurança Nacional de Israel, de extrema direita. Ele deu a declaração durante uma visita a Kiryat Shmona, uma cidade israelense afetada pelo incêndio.

 

Os EUA e a França vêm trabalhando na criação dos contornos de uma solução diplomática, transitando entre Israel e Líbano por meses. "Não queremos ver essa escalada, que só levaria a mais perdas de vidas tanto para israelenses quanto para libaneses e prejudicaria gravemente a segurança e a estabilidade de Israel na região", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller.

 

As conversas visam mover as forças do Hezbollah alguns quilômetros mais ao norte e enviar o Exército libanês ou forças internacionais para a área, para forçar a remoção dos militantes da zona de fronteira, de acordo com diplomatas informados sobre as conversas. Autoridades libanesas não responderam a um pedido de comentário.

 

Recuar as forças manteria o Hezbollah fora do alcance de mísseis antitanque israelenses e impediria que o grupo pudesse levar adiante sua ameaça de longa data de invadir e conquistar o norte de Israel.

 

O Hezbollah, também um partido político poderoso no Líbano, diz que não concordará com nenhum acordo até que a guerra em Gaza seja interrompida. "Pedimos um cessar-fogo em Gaza e não pretendemos ampliar a guerra, mas se Netanyahu decidir expandir o conflito, não será um passeio no parque", disse Hassan Fadlallah, membro do bloco parlamentar do Hezbollah. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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