Na Itália, Meloni recebe impulso interno e europeu com vitória nas eleições da UE

Internacional
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O partido de extrema-direita da primeira-ministra Giorgia Meloni venceu as eleições europeias na Itália com fortes 28% dos votos, reforçando a sua liderança a nível interno e consolidando o seu papel na Europa. O partido Irmãos da Itália confirmou o seu estatuto de mais popular do país, melhorando o seu desempenho em relação aos 26% que obteve nas eleições gerais de 2022, de acordo com projeções da emissora estatal RAI com base em quase 70% dos votos contados.

 

A vitória na votação da Itália para os representantes do Parlamento Europeu dá um impulso a Meloni, depois de quase dois anos no poder, principalmente à custa dos seus parceiros de governo em Roma. Em particular, a Liga de extrema-direita de Matteo Salvini emergiu como uma das maiores perdedoras na votação da UE. Depois de terminar em primeiro lugar nas eleições europeias de 2019, com mais de 34% dos votos, a Liga obteve apenas 8,5% desta vez, atrás do seu antigo aliado júnior, Forza Italia, que superou os 9%.

 

Na oposição, o principal Partido Democrático de centro-esquerda obteve 24,5%, seguido pelo populista Movimento Cinco Estrelas, que recebeu apenas 10,5%, uma diminuição de sete pontos em relação às eleições de 2019.

 

Meloni, que personalizou a sua campanha eleitoral apostando na sua "marca" pessoal, posicionou-se agora como uma das figuras mais poderosas da UE, onde os partidos de extrema-direita obtiveram grandes ganhos, infligindo derrotas impressionantes a dois dos líderes mais importantes do bloco: Presidente francês Emmanuel Macron e chanceler alemão Olaf Scholz. "Estou orgulhoso de estarmos a caminho do G7 e da Europa com o governo mais forte de todos", disse Meloni, comentando os resultados eleitorais na sede do seu partido na manhã de segunda-feira, 10.

 

Ela chamou o resultado de "extraordinário" e prometeu usá-lo como "combustível" para o futuro. Apesar do seu sólido apoio popular, o governo conservador de Meloni necessita de um mandato forte para lidar com os desafios futuros, especialmente tendo em conta o estado frágil das finanças públicas de Itália e a perspectiva de um orçamento difícil para 2025.

 

"Em segundo lugar, com o crescimento dos partidos de extrema direita, Meloni está numa posição central entre a extrema direita e o Partido Popular Europeu", acrescentou. Com base nas últimas projeções, o partido de Meloni obterá de 23 a 25 assentos no Parlamento Europeu, contra seis após as eleições de 2019, quando era apenas um partido menor da oposição. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República reformou seu entendimento anterior e permitiu que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, fosse paga com recursos públicos pelos shows que fez durante o carnaval deste ano - ela saiu de férias para se dedicar às atividades privadas.

Como revelou o Estadão em março de 2024, a CEP havia decidido que a ministra só poderia fazer shows pagos com dinheiro privado. A comissão chegou a liberar os shows pagos com verba pública já contratados na época, mas vedou as "apresentações futuras" custeadas desta forma.

Margareth Menezes recebeu pelo menos R$ 640 mil das prefeituras de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) pelos shows que fez nas cidades em 2025. A informação foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo Estadão. O salário de ministros de Estado, desde 1.º de fevereiro, está em R$ 46.366,19. Antes de ir faturar na folia deste ano, a ministra fez nova consulta à Comissão de Ética, pedindo esclarecimentos sobre as decisões de 2024.

ESTADOS E MUNICÍPIOS

O colegiado, controlado por aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entendeu que só há impedimento no caso de verba federal. Cachês pagos por Estados e municípios estão liberados. "A simples participação em eventos que, indiretamente, sejam beneficiados por patrocínios estaduais ou municipais não configura, por si só, conduta antiética, desde que a negociação tenha sido conduzida de maneira autônoma e transparente, sem interferência da autoridade pública", escreveu o presidente do colegiado, Manoel Neto.

A equipe da ministra reiterou que a Comissão de Ética só proibiu o recebimento de verba federal, mas que pagamentos feitos por municípios ou Estados estão autorizados. Disse ainda que, durante o carnaval, a ministra "exerceu sua profissão de cantora fora do horário de trabalho, garantindo que suas apresentações não interferissem nas responsabilidades do seu cargo, seguindo todos os preceitos legais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.