Zelenski anuncia acordo de segurança da Ucrânia com União Europeia

Internacional
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O presidente Volodmir Zelenski anunciou que a Ucrânia assina nesta quinta-feira, 27, um acordo de segurança com a União Europeia (UE). Dois dias após Kiev iniciar formalmente as negociações para aderir ao bloco, ele está em Bruxelas, onde participa de reunião do Conselho Europeu.

"Assinaremos três acordos de segurança, um deles com a UE em seu conjunto", escreveu o presidente em sua conta na rede social X. "Pela primeira vez, o acordo consagrará o compromisso dos 27 Estados-membros de oferecer amplo apoio à Ucrânia, independente de qualquer mudança institucional interna", acrescentou.

Na chegada a Bruxelas, Zelenski agradeceu pelo apoio, mas enfatizou que as armas e equipamentos militares que tem sido prometidos precisam chegar "urgentemente" ao campo de batalha.

"Precisamos trabalhar nos próximos passos", disse o presidente ucraniano, que pretende aproveitar a reunião para discutir "questões urgentes - defesa aérea, por exemplo."

No campo de batalha, as forças russas tentam aproveitar sua vantagem em número de tropas e armamento antes que as tropas da Ucrânia sejam reforçadas pela nova ajuda militar ocidental prometida, que tem chegado lentamente à linha de frente, afirmam analistas.

Acordos de segurança

A Ucrânia já assinou 17 acordos bilaterais de segurança similares, com países como Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e Japão. Embora não sejam pactos de defesa mútua em caso de agressão, os acordos comprometem os signatários a apoiar a Ucrânia com ajuda militar, financeira, humanitária e política a longo prazo.

O compromisso dos Estados Unidos foi firmado este mês, como parte dos esforço de Washington para desenvolver as capacidades militares da Ucrânia, que sofre com a falta de armas e munições no campo de batalha, e tornar a defesa do país autossuficiente.

O acordo de dez anos tenta manter o apoio de administrações futuras a Kiev em meio aos temores de que, se eleito, Donald Trump poderia forçar a Ucrânia a ceder território para Rússia. O ex-presidente já disse que resolveria a guerra em "24 horas", sugerindo que teria feito um acordo para evitar o conflito. No Congresso, republicanos linha-dura bloquearam por meses o pacote de segurança com US$ 61 bilhões em ajuda para Ucrânia.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua sem movimentos intestinais e sem poder se alimentar pela via oral ou por sonda, e continua o tratamento para as alterações no fígado que surgiram em exames realizados durante a semana, informa o boletim médico deste sábado, 26. O registro do hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro está internado, acrescenta que ele deve permanecer sob acompanhamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por tempo indeterminado.

Por enquanto, Bolsonaro segue se alimentando exclusivamente por injeção na veia e há restrição para receber visitas.

Segundo os médicos, o ex-chefe do Executivo tem quadro clinicamente estável, sem febre ou alterações da pressão arterial. Enquanto internado, ele continua realizando a fisioterapia motora, com medidas de prevenção de trombose venosa.

O ex-presidente está sob acompanhamento há duas semanas. Ele foi internado no dia 11 de abril e passou por uma laparotomia dois dias depois. A cirurgia visa liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal do paciente e é consequência de complicações após a facada que Bolsonaro tomou em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.

Apesar de as visitas não serem recomendadas, nos últimos dias e em ocasiões diferentes, Bolsonaro recebeu o pastor evangélico Silas Malafaia, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deu entrevista à televisão e até participou de uma live direto da UTI do hospital.

Na quarta-feira, 23, ele foi intimado por uma oficial de Justiça sobre ação do golpe. Como Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo, o tribunal considerou que ele "demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado". Ele reagiu reclamando com a oficial encarregada da tarefa.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, cancelou seu pedido de destaque para o julgamento da manutenção da prisão do ex-presidente Fernando Collor. Com o recuo do decano, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, pautou a retomada do julgamento no plenário virtual. O caso será analisado na segunda-feira, 28.

Já há maioria para que os ministros referendem a decisão de Alexandre de Moraes para o início do cumprimento da pena de oito anos e dez meses de reclusão.

Em maio de 2023, Collor foi condenado pelo STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, mas conseguiu adiar o início do cumprimento da pena porque apresentou recursos contra a decisão.

A decisão de Moraes foi remetida ao plenário virtual. Flávio Dino votou pela manutenção da prisão, mas Gilmar Mendes pediu destaque, um mecanismo que interromperia a sessão virtual e remeteria o caso ao plenário presencial. Mesmo depois do pedido de destaque, Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia anteciparam seus votos, formando maioria.

Restam os votos de André Mendonça, Luiz Fux e Kássio Nunes Marques. Cristiano Zanin declarou-se impedido por ter atuado como advogado de Lula em processos da Lava Jato.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 25, sobre o caso envolvendo a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, e o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).

A PGR recomenda que seja realizada uma audiência de conciliação entre os dois. Gleisi entrou com uma queixa-crime por injúria e difamação contra o parlamentar, que sugeriu a formação de um "trisal" dela com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado da ministra.

"Como não se observou, no caso, a regra do art. 520 do CPP, que prevê a tentativa de reconciliação, antes do recebimento da queixa em crimes contra a honra, o Ministério Público Federal opina pela realização do ato", diz a manifestação.

No mês passado, em suas redes sociais, Gustavo Gayer perguntou ao líder da bancada petista na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), se ele aceitaria as falas em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "oferecia" Gleisi aos presidentes do Congresso Nacional.

De acordo com a defesa do deputado, a publicação foi uma resposta a uma fala de Lula sobre a escolha de Gleisi para comandar a SRI, em que ele se refere a ela como uma "mulher bonita" que poderia ajudá-lo a se aproximar dos presidentes das duas Casas. Os advogados também declaram que Gayer não teve a intenção de constranger a ministra.

Durante um evento no Palácio do Planalto, após a posse de Gleisi, Lula afirmou: "Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e do Senado, porque uma coisa que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra das Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância de vocês".