Biden abre leve vantagem sobre Trump em pesquisa, apesar de repercussão do debate

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lidera o ex-presidente e provável candidato republicano, Donald Trump, em pesquisa conduzida pela Universidade Marist para a NPR e a PBS News. O levantamento sugere que o apoio ao democrata permaneceu praticamente estável em relação ao mês passado, apesar da crescente pressão para a saída dele da disputa após o debate com Trump.

Entre os eleitores registrados, Biden reúne 50% das intenções de voto e Trump aparece com 48%, de acordo com a sondagem. Os outros 2% disseram estar indecisos. Há 1 mês, os dois rivais estavam empatados com 49% cada.

Quando outros candidatos são incluídos, Trump concentra 43% da preferência do eleitorado e Biden, 42%. Bem atrás, o postulante independente Robert F. Kennedy Jr. tem 8%, seguido de Cornel West (3%) e Jill Stein (2%).

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), refez o anúncio do programa Casa Paulista, desta vez sem participação do governo federal.

Na semana passada, Tarcísio anunciou 30 mil novas unidades habitacionais, em parceria de R$ 1 bilhão com o Minha Casa, Minha Vida, ao lado do ministro das Cidades, Jader Filho, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.

Nesta segunda, 14, o governador divulgou novamente o investimento dando enfoque apenas na iniciativa estadual.

"A gente pode falar sem medo de errar: é o maior programa habitacional da história do Estado de São Paulo. E é o maior programa do Brasil em andamento", disse Tarcísio. "Às vezes, o MCMV (Minha Casa, Minha Vida) não fecha sem o subsídio do Estado. É o subsídio estadual que permite àquele cidadão conseguir comprar uma unidade."

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 14, que é necessário ter um "olhar atencioso" para a PEC da Segurança e criticou as corregedorias das polícias dizendo que não é preciso ter alguém "falando de punição" aos agentes o tempo todo.

"É importante que o governo tenha a iniciativa […] mas tem algumas questões que é preciso corrigir, como, por exemplo, a questão das corregedorias. Você trazer órgãos de instituições externas pra cuidar ou para opinar, a questão da corregedoria, não é o que a gente precisa. O que a gente precisa é de uma Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar, polícias municipais, atuando, evidentemente, sem excessos. Isso é óbvio, ninguém defende de excessos, mas não é estar o tempo inteiro recriminando ou achando algum problema pra poder fazer a punição", afirmou o prefeito durante o lançamento da Frente Nacional do Combate ao Crime Organizado, na Câmara Municipal de São Paulo.

Segundo ele, as punições poderiam desencorajar os agentes a irem às ruas para fazer o enfrentamento ao crime.

O evento foi organizado por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e comandado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), que apresentou um pacote de projetos de lei contra a criminalidade.

As propostas foram separadas entre temas: combate cultural, econômico e estrutural. Entre os cerca de 20 projetos estão um PL contra flanelinhas, CPI do aborto, e internação compulsória.

O ato também contou com a participação do secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, do deputado federal Kim Kataguiri (União), do coordenador do MBL, Renan Santos, entre outros vereadores de todo o País que protocolaram o Projeto Anti-Oruam, que veda as prefeituras de fecharem contratações com artistas que façam apologia ao crime.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), e o vice-prefeito, coronel Mello Araújo (PL), estavam confirmados no evento, mas não compareceram. Segundo interlocutores, o braço direito do governador Tarcísio de Freitas teve um atraso na agenda anterior e seguiu direto para um evento familiar. Mello Araújo informou ao Estadão que também sofreu um atraso na agenda.

O tema da segurança pública tem sido a principal pauta da gestão Nunes, que já indicou interesse de se lançar ao Executivo estadual, gerando atritos com o governador Tarcísio. A indicação de ex-prefeitos da região metropolitana de São Paulo, como Orlando Morando, para cargos nas secretarias municipais também foi visto como um sinal do interesse do prefeito de disputar o pleito, fortalecendo sua relação com outros municípios.

A recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma cirurgia de 12 horas no intestino será longa, e não há previsão de alta. A informação foi dada pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, na manha desta segunda, 14. "Vai ser um pós-operatório muito prolongado. Não há previsão de alta nesta semana", afirmou o cardiologista Leandro Echenique. "Não temos grande expectativas de uma evolução rápida", completou o especialista em cirurgia geral Cláudio Birolini.

A cirurgia de laparotomia exploradora à qual Bolsonaro foi submetido começou às 10h de domingo e se estendeu até a noite. Os profissionais de saúde descreveram o procedimento como "complexo, trabalhoso" apesar de esperado, e o resultado, como "excelente" e "bastante satisfatório".

Inflamação

Na primeira avaliação médica após a chegada a Brasília - na sexta-feira passada -, Bolsonaro estava estável, mas a tomografia identificou um quadro de distensão abdominal e ele apresentava uma elevação dos marcadores inflamatórios (a presença no sangue da proteína C-reativa, ou PCR, indica o nível de inflamação no organismo): enquanto o normal é 1 mg/dL, o dele chegou a 150 mg/DL.

Com isso, os médicos optaram pela cirurgia. Birolini, que conduziu a operação, descreveu a situação do abdome como "hostil, com múltiplas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal, e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias".

Os médicos levaram duas horas de cirurgia mais quatro ou cinco horas de liberação de aderências para acessar a cavidade abdominal de Bolsonaro. Na segunda etapa, foi preciso pensar uma "estratégia para a reconstrução" do órgão. "Só para ter uma ideia, a liberação dessas aderências é feita de forma milimétrica, liberando um intestino que tem três metros e meio", afirmou Birolini. "O intestino dele estava bastante sofrido, o que nos leva a crer que ele já vinha de um quadro de suboclusão há alguns meses."

Echenique relatou que a equipe médica encontrou "muitas aderências" na parede intestinal. As próximas 48 horas serão importantes para que os especialistas verifiquem eventuais intercorrências, como aumento do risco de infecções, de trombose e coagulação do sangue, e da necessidade de medicamentos para controlar a pressão arterial.

Após os primeiros dois dias, haverá uma segunda fase do pós-operatório. Os médicos disseram que será preciso "deixar o intestino descansar, desinflamar, retomar sua atividade, para só depois pensar em alimentação via oral". O ex-presidente vai se alimentar com uma nutrição na veia por enquanto. Questionado se Bolsonaro vai precisar usar uma bolsa de colostomia, que já foi necessária em casos operatórios anteriores, Birolini disse que, "a princípio, não".

'Voltaremos'

Ontem, o ex-presidente usou as redes sociais para agradecer os apoios. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que seu estado de saúde "é estável, mas a recuperação exige cuidados intensivos e será gradual". "No momento, ainda não há previsão para minha alta. Meus mais sinceros agradecimentos para todos neste momento. Um forte abraço em cada um e repito: voltaremos!", escreveu. (COLABOROU RAYANDERSON GUERRA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.