Líder da oposição da Venezuela diz ter sofrido atentado

Internacional
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María Corina Machado, um dos principais nomes da oposição venezuelana, denunciou nesta quinta-feira, 17, no X (antigo Twitter) um atentado contra ela e sua equipe de assessores na cidade de Barquisimeto, no Estado de Lara. De acordo com María Corina, os carros usados na campanha foram destruídos e a mangueira do freio de uma das caminhonetes foi deliberadamente cortada, em um incidente que ela descreveu como "uma tentativa de assassinato".

 

A líder opositora acusou diretamente o ditador Nicolás Maduro pelo ataque ao dizer que "agentes do regime nos seguiram desde (o Estado de) Portuguesa e cercaram o local onde passávamos à noite". Ela também postou um vídeo no qual detalhou que, além de cortar a mangueira de freio de um dos carros, os agentes tentaram sabotar outro veículo, retirando o óleo do motor.

 

Além disso, os carros foram amassados e pichados com tinta branca, segundo a opositora, com mensagens como "Não + bloqueio". "A campanha de Maduro é violenta e ele é responsável por qualquer dano à nossa integridade física", afirmou María Corina, em vídeo postado em suas redes sociais.

 

Intimidação

 

Ainda no X, Edmundo González Urrutia, candidato à presidência apoiado por María Corina Machado, condenou veementemente o que ela classificou como atentado e aproveitou o episódio para denunciar as detenções dos militantes de sua campanha pelo regime chavista.

 

"A intimidação contra María Corina Machado e as recentes detenções de cidadãos e ativistas da nossa campanha são atos de covardia intoleráveis que ameaçam o desenvolvimento do processo eleitoral", escreveu Urrutia.

 

Ele apelou para que as autoridades venezuelanas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a comunidade internacional atuem para garantir um ambiente pacífico no dia 28, data da votação.

 

O incidente ocorre em meio a um contexto de repressão crescente contra opositores políticos na Venezuela. Na terça-feira, Milciades Ávila, chefe de segurança de María Corina Machado há mais de dez anos, foi preso sob acusações de comportamento abusivo contra mulheres.

 

A campanha da oposição alega que Ávila apenas defendeu Urrutia e María Corina do ataque de algumas mulheres em um restaurante, no sábado. A líder opositora classificou a prisão de seu segurança de "provocação planejada" para deixá-los desprotegidos às portas das eleições.

 

Denúncias

 

Em julho, a oposição denunciou a prisão de ativistas em pelo menos quatro Estados venezuelanos. A ONG Foro Penal, que promove a defesa de presos políticos, informou na terça-feira que tem registros de pelo menos 102 prisões ligadas à campanha da oposição na Venezuela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do papa Francisco, morto nesta segunda-feira, 21, e o chamou de representante "do acolhimento, da paz e da esperança" na Igreja Católica. Lula também chamou Francisco de "o mais brasileiro dos argentinos" ao lembrar da paixão dele pelo futebol. O bispo de Roma era torcedor ilustre do San Lorenzo de Almagro, clube de Buenos Aires.

"Embora o dia de hoje seja de muita tristeza, vamos nos lembrar para sempre da alegria do papa Francisco. Do sorriso que iluminava a tudo e a todos, o entusiasmo pela vida, o bom humor, o otimismo e a paixão pelo futebol, qualidade que fazia dele o mais brasileiro dos argentinos", afirmou.

Lula também afirmou que, durante o papado de Francisco, iniciado em 2013, o bispo de Roma teve uma atenção maior com os excluídos. O petista também destacou os alertas feitos por ele sobre a crise climática, as ameaças de destruição do planeta e as recentes guerras.

"Francisco foi o papa de todos, mas principalmente o dos excluídos, os dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não tem voz, das vítimas da fome e do abandono", afirmou Lula.

Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, devem ir ao Vaticano acompanhar o velório do pontífice. Em testamento, Francisco pediu para ser sepultado na Igreja de Santa Maria Maggiore, em Roma. A comitiva presidencial deve ser definida nesta terça-feira, 22, e a data da viagem depende dos protocolos do Vaticano.

Horas depois do Vaticano anunciar a morte de Francisco - que tinha 88 anos - o governo federal emitiu uma nota de pesar. Lula disse que o bispo de Roma foi uma "voz de respeito e acolhimento ao próximo".

"O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", disse Lula, que também decretou luto oficial no País de sete dias como homenagem ao pontífice.

O Vaticano divulgou que Francisco morreu na madrugada desta segunda devido a um acidente vascular cerebral (AVC) e um colapso cardiocirculatório. O novo papa deve ser definido nos próximos dias após um conclave - eleição interna entre os cardeais da Santa Sé.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, vão viajar a Roma para participar do velório do Papa Francisco.

A data da viagem ainda não foi definida, pois, segundo informações de interlocutores de Lula no Palácio do Planalto, depende do protocolo do Vaticano.

Lula deve fechar a comitiva que vai participar do evento nesta terça-feira, 22. Mais cedo, o presidente disse que Francisco foi uma "voz de respeito e acolhimento ao próximo".

"O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", disse Lula, que decretou um luto oficial no País de sete dias como homenagem ao pontífice.

A nota do governo brasileiro elogiou a "simplicidade, coragem e empatia" de Francisco. Lula relembrou no comunicado que ele e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, foram recebidos com "muito carinho" nas vezes em que se encontraram com o religioso.

O Papa Francisco, cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, morreu na madrugada desta segunda-feira, 21. Ele ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos.

O ex-presidente José Sarney está curado da covid-19 e liberado para participar de atividades pela equipe médica dele. O ex-presidente, diagnosticado com a doença na semana passada, vai completar 95 anos na próxima quinta-feira, 24.

Segundo o boletim médico divulgado pela assessoria do ex-presidente, Sarney teve uma boa evolução clínica e um exame realizado nesta quinta-feira, 21, atestou que ele não está mais com coronavírus.

"O ex-presidente José Sarney, diagnosticado com covid-19, apresenta evolução clínica favorável, com melhora importante de seu quadro geral. O exame para detecção do vírus SARS-CoV-2, realizado hoje, apresentou resultado negativo, reforçando a tendência de recuperação. Seguimos acompanhando de perto sua evolução e o liberamos para suas atividades", afirmou a equipe de Sarney.

Sarney foi diagnosticado com covid-19 na última quarta-feira, 16, e teve que cancelar agendas. Nesta segunda, ele participaria de uma cerimônia em Minas Gerais para lembrar os 40 anos da morte do presidente eleito Tancredo Neves, que morreu em 1985, antes de tomar posse do Executivo brasileiro.

Na semana passada, Sarney apresentou sintomas de resfriado e cansaço. Segundo os assessores do ex-presidente, ele também tossia e apresentava coriza.

"O ex-presidente está clinicamente estável, os exames estão dentro da normalidade, não foi necessário interná-lo, ele foi medicado e recomendado repouso por sete dias", dizia o boletim médico divulgado pela cardiologista Núbia Welerson Vieira na última quarta.